Desde que a minha mãe morreu (dois meses e uns dias), tenho pensando muito no destino que os nossos objetos, depois que a gente morre, toma. Não é apego ou coisa parecida (e se fosse tb eu não teria nenhum problema em assumir), mas um pensamento que tem se tornado recorrente depois do que nos aconteceu. Eu, assim como muita gente, tenho acumulado, ao longo da minha pequena vida, alguns objetos (tais como CD´s - já foram os LP´s, um dia-; livros, objetos de decoração; utensílios domésticos, móveis, principalmente, e eles, de certa forma, contam um pouco da minha história (pessoal e profissional tb).
Quanto retornei à cada de meus pais e meu padrasto foi me mostrando alguns objetos de minha mãe fiquei tão emocionado com a história que cada um deles tinha: presentes, bijuterias, roupas, fotografias (de ex-alunos, de amigos, de sua história como professora), cartas pessoais, cartões comemorativos, certificados de cursos e tantas coisas que tiveram o seu tempo (não a importância de sua dona) e a sua história independentemente de minha mãe e que, certamente, terão um destino bastante diferente daquele pensado por ela para essas coisas (eu trouxe de recordação um xale vermelho que a presentei numa de minhas vindas ao Rio; o seu baralho de tarô, dois aneis - bijuterias -, e algumas fotografias).
Que destino dar aos meus CD´s? Aos meus objetos pessoais sem muito valor? Aos objetos que enfeitam os móveis de casa (sei apenas que os livros devem ir para uma biblioteca)?
E depois (de tanto tempo), o que acontecem com eles?
Bem, tenho uma ideia, eles se acabam com o tempo.
Que destino dar aos meus CD´s? Aos meus objetos pessoais sem muito valor? Aos objetos que enfeitam os móveis de casa (sei apenas que os livros devem ir para uma biblioteca)?
E depois (de tanto tempo), o que acontecem com eles?
Bem, tenho uma ideia, eles se acabam com o tempo.