Tenho acompanhado via jornais (escritos e falados) o imbróglio em torno da criação da Comissão da Verdade que pretende investigar casos de torturas e desaparecimentos durante a ditadura militar (1964-1985). E a impressão que tenho é a de que alguns militares (em uma leitura enviesada) estão confundindo crimes políticos com torturas, morte de militantes, ocultação de cadáveres, estupros etc. durante aquele período.
Sou pelo provérbio: Quem não deve não teme e acho, assim, como nas declarações do Secretário Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, ministro Paulo Vannuchi, que a Comissão não é contra as forças armadas, bem ao contrário, já que não quer colocar no mesmo saco militares honestos e torturadores, estupradores, matadores.
A Comissão também não pretende revogar a Lei de Anistia (1979) que extinguiu crimes políticos cometidos durante a ditadura ou é uma espécie de revanchismo (como afirmam outros). No entanto, essa reconciliação com a história não pode representar um acobertamento de pessoas que praticaram crimes de lesa-pátria.
A Comissão também não pretende revogar a Lei de Anistia (1979) que extinguiu crimes políticos cometidos durante a ditadura ou é uma espécie de revanchismo (como afirmam outros). No entanto, essa reconciliação com a história não pode representar um acobertamento de pessoas que praticaram crimes de lesa-pátria.