Tenho, às vezes, a impressão de que o tempo parou.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A Um Ausente (Carlos Drummond de Andrade)
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Templo é dinheiro (texto)
Heliocentrismo - Hélio Schwartsman - Folha de São Paulo, 03/12/2009
"Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo.
Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.
Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja.
Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial."
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A Igreja Católica outra vez (texto)
Simone Scatizzo, de 79 anos, bispo aposentado de Pistoia (centro-norte da Itália) suscitou a ira dos grupos homossexuais italianos nesta sexta-feira (5) ao se declarar contrário a que os gays "declarados e ostensivos" possam comungar, ao considerar a homossexualidade "uma desordem, um pecado que exclui da comunhão".
Scattizo fez essas declarações ao portal de internet italiano "Pontifex.Roma". Ele disse que a homossexualidade "é uma desordem e que praticá-la e fazer ostentação da mesma é um pecado que exclui da comunhão".
No entanto, ele acrescentou que se um homossexual se aproximar dele para comungar não poderia se negar, já que não sabe se essa pessoa "teria se confessado, se arrependido e mudado de vida".
As palavras do prelado foram duramente criticadas nas páginas web dos grupos de gays, lésbicas e transexuais da Itália, assim como pelo presidente do maior coletivo gay do país, o Arcigay, Aurelio Mancuso, que denunciou uma "estratégia ofensiva e discriminatória do Vaticano".
Segundo Mancuso, "o Vaticano coloca na boca de bispos idosos aposentados as coisas mais horríveis contra os gays, com o objetivo de atacar a dignidade destas pessoas".
"O Vaticano de maneira hipócrita não tem nem sequer o valor de se expressar diretamente e levar sua guerra contra quem afirma livremente sua identidade. Os gays, lésbicas e transexuais fieis devem de deixar de lado esta igreja fascista, homófoba e cúmplice da violência", afirmou Mancuso em nota.
Da mesma forma que fez Scattizi, no passado outros prelados aposentados também se mostraram contrários a dar a comunhão aos gays, como afirmou o prelado emérito de Grosseto, Giacomo Babini, que qualificou a homossexualidade como "um pecado gravíssimo" e assegurou que ele jamais daria a comunhão "a alguém como Vendola".
Ele se referia a Nicki Vendola, presidente da região sulina de Apúlia, que se define publicamente como comunista e católico, e é homossexual declarado.
Babini também qualificou de "aberrante a prática da homossexualidade", disse que era um "vício contra a natureza" e se mostrou contrário a que as prefeituras financiem casas aos casais homossexuais.
Não foi o único, o bispo aposentado de Lucera-Troia, Francesco Zerrillo, disse há vários dias que "seria preciso convidar" os gays para não se aproximar da comunhão, "para não alimentar o escândalo da comunhão aos gays".
Nesse mesmo portal de internet, o cardeal mexicano e ex-ministro de Saúde vaticano, Javier Lozano Barragán, de 78 anos, afirmou no dia 2 de dezembro do ano passado que os transexuais e os homossexuais "jamais entrarão no Reino dos Céus, já que tudo o que vai contra a natureza ofende a Deus".
Domingo (texto)
Do latim dies Dominicus (dia do Senhor). Por influência religiosa, o primeiro dia da semana, aquele a que se deve dedicar à oração e ao descanso. Amado ou odiado por muitas pessoas. Tem aquele que odeia porque ele precede à segunda-feira e, geralmente, funciona, sobretudo nas pequenas cidades, como um feriado (não há comércio etc. e tal), além de lembrar o Faustão e o Fantástico, Gugu e Silvio Santos.
Eu gosto justamente porque é um dia de descanso. Justamente porque funciona como um dia especial (sem muito o que fazer). Porque posso acordo sem nenhuma obrigação (a não ser quando dou aulas na segunda-feira) e a qualquer hora. Por exemplo, são 11h04 e acabei de tomar o café da manhã. Posso ficar o dia inteiro fazendo o que eu gosto (mentira, né?). Ah, não importa muito se não posso fazer exatamente o que eu gosto, mas pelo menos não preciso fazer o que não gosto. E se isso não é um bom motivo para gostar de domingo...
Em Cascavel os domingos são muito iguais: almoço no shopping (que fica ao lado de casa) e depois um cafezinho (porque almoçar sem um cafezinho depois, não dá). Vezinquando, quando os amigos estão por perto, vamos ao Crostini (comida boa demais!!!), atendimento no mesmo nível. Ou quando estou bem descansado (isso pode acontecer até julho, mais ou menos) eu mesmo preparo a comida em casa.
Este ano tenho 2 bons motivos para isso (ganhei dois livros de receitas) e curto, mesmo que sozinho, experimentar. Não sou nenhuma Nanci, Sil, Sandro,Vanise, Rita Félix, Fátima ou Cris na cozinha (sei reconhecer), mas como o que preparo sem cara feia. Um bom domingo para todos!!!!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
O mundo conspira (rs) (texto)
Estou em casa. O concurso não saiu. Melou totalmente. Achei quase tudo tão quente (inclusive o ar-condicionado do quarto), não gostei de trocar um jantar por pizza (fui até acusado, injustamente, de ser o único no mundo a não gostar de pizza), sem falar da distância entre a cidade onde moro e Santo Antônio da Platina, disseram que eu estava fazendo birra ...o concurso não saiu do papel. E não pensem que fiquei feliz. Não fiquei. A data será remarcada e lá estarei eu de novo.
Tudo aquilo pode ter sido realmente um pouco chato, mas conheci pessoas interessantes. Gente boa há em qualquer lugar que se vá. E tenho sorte em conhecê-las.
Bom ter ido a Santo Antônio da Platina.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Eu já estou com o pé nessa estrada, qualquer dia a gente se vê (texto)
Mal cheguei em casa e descobri que nem deveria ter desfeito a mala. Já estou outra vez na estrada. Que saco! Acabei de chegar, não descansei (não vi meus amigos) e em mais uma missão. Percorremos mais de 900 quilômetros, 7h de viagem, e em Santo Antônio da Platina. Nunca ouviram falar? Nem eu. Mas isso pouco importa. Vim para trabalhar e pronto.
A cidade é bem pequena. O hotel engraçado (seja lá o que isso signifique). Vamos sair agora para comer. Deus nos proteja! Preconceito? Não. Medo.
(...intervalo do jantar...).
Não sei se já disse que sou chato. Se não, lá vai. Sou chato. Odeio trocar jantar por pizza. Odeio pizza. Mas como sou minoria. 4 contra um. Fui à pizzaria. Comi picanha (tudo bem acompanhar, mas daí para um rodízio de pizza é muito).
Por enquanto é isso...Boa noite!
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