sábado, 1 de maio de 2010

Da Série Contos Mínimos (texto)

Combinaram que daquele dia em diante nunca mais falariam sobre aquele assunto. Muitas dores. Nada mais para se fazer. O silêncio seria o tiro de misericórdia.

Da Série Contos Mínimos (texto)

As expectativas de cada um eram distintas. Ele não a esperou como ela esperava que fosse. Não tinham a mesma vontade de se ver. Não se viram. O presente comprado ficou para que um amigo, em comum, entregasse. A vida sempre continuava.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Adoções homo e heterossexuais (texto)

O fato da justiça e mesmo de grande parte da opinião pública (se é que opinião púbica exista) ser contra a adoção de crianças por casais gays se deve, principalmente, ao fato de que se diz, por aí, que a orientação sexual dos pais de alguma forma influenciaria a orientação da criança adotada. Bobagem total! Sem nenhum fundamento que comprove essa besteira. Na verdade, tenta-se justificar o preconceito criando uma situação inusitada.
Pesquisas realizadas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) constata que pais homossexuais cuidam muito bem de seus filhos, tão bem quanto casais heterossexuais podem cuidar.
Talvez um problema pelo qual a criança (a adotada por pais homosexuais) passe e tenha que receber ajuda em relação a isso seja na escola, justamente porque, como a maioria das escolas não está preparada para receber sequer alunos gays, não estaria tb preparada para receber filhos adotivos de casais homossexuais.
Fiquei pensando nisso, hoje, principalmente, porque li notícias de uma procuradora (aposentada) da justiça que espancava, humilhava a menina que estava sob a sua guarda (provisória).
Não houve nenhuma voz contrária, por exemplo, a esta adoção, porque a procuradora estava acima de qualquer suspeita. No entanto, aonde menos se espera (pelo menos o senso comum) é que mora verdadeiramente o perigo.
Uma outra questão importante é a que desconstrói o fato de que a orientação dos pais poderia influenciar a orientação sexual da criança: homossexuais, até onde se sabe, são, em tese, filhos de pais heterossexuais e nesse caso não houve nehuma influência dessa orientação em relação aos filhos. Por que o inverso aconteceria?
Não é uma questão definitiva, mas uma questão a se pensar.  
Tenho um grande amigo que é gay e que adotou uma menina. Ela é uma menina muito bem educada, recebeu muito carinho desse cara, e o chama de pai.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dias não, dias sim (texto)

Vivo reclamando do meu trabalho por aqui, certo? E é claro que essas reclamações têm fundamento ou eu estaria enlouquecendo. Mas hoje não vou reclamar não. Bem ao contrário. Hoje foi escrever sobre um trabalho que ando produzindo com um aluno: Rafael. Nos encontramos hoje pela manhã para que ele me mostrasse o que anda escrevendo sobre o que anda lendo e analisando (estamos analisando cartas enviadas às colunas psicanalíticas para compreender o funcionamento desses textos publicados: as cartas enviadas por leitores e as respostas dadas por uma psicanalista  em uma clínica online).
O Rafael (este aí da foto), é importante dizer, tb é aluno de psicologia e por isso lida muito bem com os conceitos abordados naquela coluna. Ele é bem tranquilo e eu muito agitado ainda que eu tenha idade suficiente para ser tranquilo e ele agitado.
Fiquei surpreso (não que eu duvidasse da sua capacidade) com a sua competência em termos de análise do texto. Ele, um iniciante em pesquisa, está levando o trabalho muito a sério a ponto de me emocionar com a leitura que ele fez dessas cartas. Como fiquei feliz com o texto que ele me trouxe!!!
Além disso, ele sabe ouvir e sabe tb falar. Já tive bons orientandos em iniciação científica (nem posso reclamar disso: Alessandro, Marcinha, Juliane, Fábio etc.), mas este assunto, como me interessa muito, tem mesmo me tomado.
Hoje foi um bom dia.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...