sábado, 3 de setembro de 2011

A china do céu cinzento, mas de chineses coloridos (texto)


Cheguei a Pequim, tentei abrir o blog para postar um pequeno texto e nada de conseguir acesso. Tentei algumas vezes e só depois dessas tentativas me dei conta de que há uma grande censura aqui na China às mídias independentes, sejam elas quais forem. Tratem elas de quaisquer temas.
Queria postar apenas as minhas primeiras impressões sobre esta nova fase da viagem, mas pelo visto, não vai ser possível. Não, pelo menos, da forma tradicional: escrevo, posto, corrijo, posto.
Talvez eu peça um amigo aí do Brasil para postar o texto pra mim. Se ele estiver sendo lido, usei essa alternativa.
Pequim é enorme, como todas as outras cidades por onde passei. Verticalíssima ao extremo. Um trânsito caótico, como o de Hong Kong. Talvez um pouco mais.
Hoje pela manhã, já recebemos uma aula de diversidade. O café da manhã tinha de tudo e um pouco mais, frutas, comidas salgadas, sucos, cafés. Sabores e cheiros bastante diferentes. Comi quase tudo o que eu pude, experimentei frutas e comidas distintas.
Depois do café, fomos ao Templo do Céu. Um lugar incrível. Um templo rodeado de um jardim imenso. E o mais interessante, um espaço público ocupado por senhores e senhoras, quase todos aposentados, ficamos sabendo. Ali eles conversam, jogam, tricotam (homens e mulheres).
Ouvimos um coral ensaiando em um dos lados desse imenso jardim. Cantando músicas nacionalistas. Não faço ideia da letra que cantavam (sei apenas que eram como hinos enaltecendo a pátria, talvez o regime, talvez a Revolução Cultural), mas me emocionei com a cantoria. Na verdade, nos emocionamos com aquela música. Foi incrível. Fiz algumas fotos bem interessantes e posto aqui assim que conseguir eu mesmo escolher algumas delas.
Em seguida fomos à Cidade Proibida e viramos na Praça da Paz Celestial o centro das atenções. Muitos adolescentes vieram pedir para tirar fotos conosco. Bem engraçado para quem acha que ser ocidental é não ser exótico, diferente. Foi divertido estar desse lado. E não fomos parados apenas duas vezes, foram seguidas vezes, sem falar naqueles que nos fotografavam disfarçadamente.
Finalmente entramos na Cidade Proibida. Tudo muito maior do que eu pudesse supor. Palácios enormes, espaços enormes entre eles. Uma imensidão. Andamos mais ou menos umas 4h e não demos conta de um terço da Cidade. Foram 14 anos com um milhão de trabalhadores na construção dessa Cidade. Não poderíamos mesmo em 4h dar conta de conhecer tudo.
Fiquei encantado com tudo o que eu vi.
O que mais me chamou a atenção, além dessa grandeza toda, foi o comportamento dos chineses. Eu imaginava que eles fossem silenciosos, comportados, tímidos. Não, nada disso. São falantes, barulhentos e muito simpáticos. Entre o Palácio e a Cidade, uma amiga e eu, entramos numa espécie de mercado popular. Todos sorriam, paravam para fotos, nos cumprimentavam de alguma forma. Aquela China do céu cinzento, sem sol, distante, logo foi substituída por um lugar caloroso. Muito feliz de estar por aqui.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Os 10 mil budas (fotos)


































Os 10 mil budas (fotos)


Os 10 mil budas (fotos)


O templo dos 10 mil budas (fotos)


Os 10 mil budas (fotos)


kowloon (texto)

Hoje, saímos bem cedo de Taipa para Kowllon, Hong Kong. Fomos ao templo  dos 10 mil budas.
O templo fica numa pequena montanha, subimos centenas de degraus. A maior surpresa aconteceu logo no início do caminho: os budas dourados nos saudando durante todo o percurso. Dezenas que se tranformaram em centenas ao longo desse caminho até o templo. No pátio desse templo, algumas centenas de budas espalhados por todos os lados. Todos muito coloridos.

Um pouco antes de entrarmos no templo, recebemos uns barquinhos de papel para que queimássemos enquanto fizéssemos pedidos. Antes de ir embora, fui ao crematório para pedir saúde, para pedir felicidade, paz, tranquilidade.
Entrei, finalmente, no templo dos 10 mil budas. Fiquei extasiado com a quantidade de budas dourados de todos os tamanhos e por todos os lados. As 4 paredes tomadas de estátuas até o teto. Tudo grandios, muito iluminado, muito colorido. Milhares de budas postos lado a lado, milimetricamente separados.

Fiquei emocionado de estar ali diante de tanta beleza. Os detalhes me impressionaram, cada um desses budas, dentro do templo, estava numa posição diferente. Seus rostos e olhos se expressavam tb de forma diferenciada. Tudo me impressionou.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...