terça-feira, 31 de julho de 2012

A novela das 19h finalmente virou novela das 21h

Tava tudo bem com a novela Cheia de Charme, novela divertida, com núcleos que se revesavam na alegria, na descontração e que me alegravam enquanto eu comia alguma coisa. nada melhor nesse mundo do que vc fazer uma refeição alegre. Comer já é bom demais (essa frase seria de uma miga, Sandra Balbo) !!! Comer e se divertir é melhor ainda (em todos os sentidos!).
Era asim que eu me sentia enquanto devorava um prato de macarrão ou uma salada de bacalhau ou um pão com ovo ou uma fritada de atum ou qualquer outra coisa que eu tivesse em casa quando a fome me atormentava.
Com o início dos jogos olímpicos, dei um tempo de comer vendo a novela das 19h, mas hoje, como o vôlei masculino (Brasil vs. Rússia) acabou cedo e e haveria um grande intervalo até a próxima atração, mudei de canal e me deparo com a empregada que é filha do padrão e não sabia com um adolescente revoltado que queria saber quem era o seu pai, com a ex que encontra o seu ex com uma nova namorada e pinta um climão, o atual namorado que encontra a namorada sendo agarada por um cara que ele odeia,  ...péra aí, não era para eu me divertir??!
Mas nem tudo foi ruim, Chayene, sua personal parteira, Fabian, Preta Gil, Socorro sempre salvam o horário menos nobre da TV Globo.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

E dizem que agosto é o mês do desgosto: mentira! Eu espero! (texto)

Dizem que agosto é o mês do desgosto. Que merda se isso for verdade!!! Porque quero me esquecer do mês de julho e não posso imaginar que em agosto as coisas possam piorar.
Hoje, por exemplo, tive duas reuniões no trabalho. A última delas sem quaisquer objetividades. Os amigos reclamam da demora, mas se esquecem de que se a cada fala alguém fizer uma observação, não saimos do lugar.
Às 16h20 estávamos ainda nas inclusões de pauta e a gota d'água no meu copo foi uma pergunta de uma amiga quando devíamos apenas indicar os nomes para uma comissão.
Deus deve mesmo se divertir com a sua criação humana ou deve, certamente, se perguntar (será que Ele tb não é objetivo?) o que foi que eu fiz? Por que eu me meti no meio disso?
É claro que a gente tb se diverte, mas, honestamente, quando a situação está ruim ela não tem meio termo: é merda para todos os lados!!!!

O Homem Mariposa (Elizabeth Bishop)

O Homem-Mariposa

Aqui no alto
o luar amassado penetra nas fendas dos prédios.
A sombra do Homem, pequena como o seu chapéu,
jaz a seus pés, um disco onde cabe um boneco,
e ele é um alfinete com a ponta imantada para a lua.
Ele não vê a lua: observa suas vastas qualidades,
sente nas mãos a luz estranha, nem quente nem fria,
de uma temperatura que os termômetros não medem.

Mas quando o Homem - Mariposa
sobe à superfície, o que só faz raramente,
a lua lhe parece coisa bem diversa. Ele
emerge de uma abertura junto ao meio-fio
e põe-se a escalar, nervoso, as faces dos prédios.
Pensa que a lua é um furo pequeno no céu,
prova de que o céu não serve como proteção.
Embora trema, tem que subir para investigar.

Sobre as fachadas,
medroso, arrastando como um pano de fotógrafo
sua sombra, e pensa que dessa vez vai conseguir
meter a cabeça naquele furo bem redondo
e sair, como de um tubo, em dobras negras na luz.
(O Homem-Mariposa tem de fazer o que mais teme,
e fracassa, é claro: cai, assustado, mas inteiro.

Então retorna
aos túneis subterrâneos onde mora. Saltita,
hesita, e sempre entra no vagão menos depressa
do que pretende. As portas fecham rápido.
Ele fica sempre de frente para o lado errado
e o trem sai a toda, com uma pressa terrível,
sem trocar marcha, sem transição alguma. Ele não sabe
a que velocidade está indo para trás.

Toda noite é levado
por túneis artificiais, e sonha sonhos recorrentes
que lhe passam sob o sono como os dormentes
sob o trem. Não ousa olhar pela janela, para não ver
o terceiro trilho, frasco intacto de veneno,
a seu lado, como um mal a que ele é suscetível
por hereditariedade. Tem de andar sempre
com as mãos nos bolsos, como quem usa um cachecol.

Se você o pegar,
aponte uma lanterna para o seu olho. É só pupila,
uma pequena noite, cujo horizonte estreito
se apreta quando ele olha, e fecha-se. Então uma só lágrima,
seu único pertence, como o ferrão da abelha, brota.
Discreto, ele a colhe e, se você se distrair,
engole. Mas se você olhar, ele a entrega,
fresca como água de fonte, potável de tão pura.



O Iceberg Imaginário
trad. Paulo Henriques Britto

A arte de perder (Elizabeth Bishop)

Uma arte

A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.

Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.

Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.

Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.
- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.


Tradução de Horácio Costa.

sábado, 28 de julho de 2012

Londres 2012

Êba, jogos olímpicos!!! Por mim, 24h ligado em todos os jogos. Claro que mais em uns que noutros, mas ligado. Hoje, judô, vôlei de praia, vôlei de quadra, natação, ansiedade, medalhas...
E sem falar que tudo isso na Inglaterra...abertura muito bonita...atletas...bandeiras...entradas.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...