ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
sábado, 23 de maio de 2015
Da Série Contos Mínimos
Ele sempre vinha com a mesma conversa fiada. Achava que o tempo para refazer o mal-feito era ilimitado.
Precisou ouvir com todas as letras para compreender: Diferentemente de um jogo perdido ou de uma aposta que não deu em nada, e que é possível, no outro dia, jogar outra vez, arriscar de novo, a confiança perdida não dá segunda chance.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Memórias
Faz muito tempo que recebi esse recadinho triste e carinhoso de uma amiga que sabe o que diz e sabe como dizer:
"Alexandre, as mães não morrem. Elas ficam por aí piscando o olho pra gente - "cuidado, menino"; "ponha o casaco"; "vai mais um café, meu filo?", iluminando de memória o que a vida nos reserva. De memória e de ternura, pode crer." (Bea)
E sabe-se lá porquê eu não me lembrava mais dele, até que, de repente, me confronto, numa busca por mim mesmo, com um pedacinho de página online e lá estava ele me esperando.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
O homem quase nu
Das
situações que não acontecem apenas nas crônicas de Fernando Sabino ... Fiquei
preso do lado de fora do meu apartamento.
Tal
qual O homem nu, resolvi, logo depois de
acordar, fazer um café, mas me lembrei da plantinha que fica à porta de entrada
do meu apartamento: ela estava reclamando água, faz alguns dias.
Café no fogo vou até a plantinha para lhe dar água. Um vento
+ uma porta que abre apenas por dentro = combinação dos infernos.
A porta
bateu. Fico atordoado por alguns minutos. Mas me lembro de que estou sozinho, o
café está no fogo e ninguém mais além de mim e da diarista (que está sabe
lá onde) tem as chaves de casa. Desespero. Desespero total.
Estou com a roupa de dormir, com a cara amassada, barba
amassada. Por que molhar aquela maldita planta justamente naquele
momento? Me perguntei algumas vezes antes de pensar no que fazer.
Desço correndo os três
andares. Sinto cheiro de café. Abro a porta da rua e interfono para
o apartamento da síndica. Ninguém atende. O alarme da porta da rua dispara
(depois de 30 segundos). Fecho a porta. Abro-a novamente e interfono para meu
único conhecido no prédio. Ninguém atende. Subo desesperado os 3 andares (agora me
pergunto, pra quê?). Fico parado diante da minha porta alguns eternos segundos.
Continuo atordoado. O café está pronto.
Desço dois
andares, bato na porta do tal vizinho (único conhecido). A sua esposa me
atende. Explico esbaforido a situação (alguém teria que abrir a porta da rua
para eu entrar). Saio enlouquecido em busca de um chaveiro. Corro como nunca
havia feito antes. Em menos de duas quadras encontro um e explico, quase sem
fôlego, a situação. Um rapaz me acompanha. O cheiro de café inunda todo o bairro.
Subimos os três andares em meio minuto. Ele abre a porta, em 3 segundos, usando
apenas uma chave de fenda.
As pernas
ainda bambas, entro na cozinha e apago o fogo. Ofereço café para o rapaz
que não aceita e agradece. Eu lhe pago, ele vai embora e aproveito o café que
já está pronto faz algum tempo
terça-feira, 12 de maio de 2015
Da Série Contos Mínimos
Era engraçado observar como as pessoas se comportavam diante daquela situação. Definitivamente, não era possível ficar indiferente. Mas as pernas trêmulas, os olhares desconfiados, as bocas a produzir sons de desaprovação, os joelhos batendo e as mãos suadas também não eram a melhor forma de lidar com aquilo.
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