ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
E depois?
Depois é o que contam da gente: pode ser alguma coisa ou coisa alguma. Depois é memória. Depois é apenas memória. Depois não há futuro fora das amarras das lembranças dos outros. Depois de nossa estadia, passagem, não há história. E depois é o que a gente deixou por aqui, seja através dos filhos, dos discos, dos livros, dos textos que escrevemos. Até que a frequência dessa lembrança se esvaia com-ple-ta-men-te.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
7 anos de blog.
O número 7 é, com certeza, o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde os tempos imemoriais até os nossos dias. Ele é sagrado, perfeito e poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e pai da numerologia. É também considerado um número mágico. É um número místico por excelência. Indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido. Ele é uma combinação do 3 com o 4.
O 3, representado por um triângulo, é o espírito; o 4, representado por um quadrado, é a matéria. O 7 podemos dizer que é espírito na Terra, apoiado nos quatro elementos, ou a matéria “iluminada pelo espírito”.
É a alma servida pela natureza. O número 4 que simboliza a Terra, associado ao 3, que simboliza o céu, permite inferir que o 7 representa uma totalidade em movimento ou um dinamismo total, isto é, a totalidade do universo em movimento.
O sete é o número da transformação, é a primeira manifestação do homem para conhecer as coisas do espírito. Ao lado do 3, é o mais importante dos números sagrados na tradição das antigas culturas orientais.
Entre os judeus a concepção oriental do 7 se manifesta no Candelabro de sete braços (MENORAH), que representa tanto a divisão em quatro partes da órbita da Lua, que dura 4 vezes 7, quanto os sete planetas.
A vida acontece...
Ninguém disse que a vida é fácil. Enquanto pensamos em outras coisas, ela acontece. Fazemos planos como se tivéssemos a eternidade para colocá-los em prática, mas ela, como num passe de mágica, nos chama à realidade.
A vida bate a nossa porta, tropeçamos nela, ali na próxima curva ela nos espreita. Mas não percebemos a sua presença até que: a porta se abra, a unha se quebre, ou nos deparamos com os seus grandes olhos a nos vigiar.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Da vida moderna nos banheiros higienizados do mundo afora
Como todo mundo já deve saber, nos banheiros modernos, seja no Brasil, seja em qualquer parte do mundo moderno e higiênico, não existe mais papel para secar as mãos. Basta você aproximá-las de um dispositivo com um jato de ar para que em alguns segundos a sua mão fique completamente seca. Isso mesmo! Tão seca que ressecada. E em relação ao ressecamento, você resolve com um creminho qualquer que você carregue, que você empreste, que você, numa loja, no mesmo shopping, use uma pequena amostra grátis.
Bem, o problema da mão
seca será resolvido, em breve. Mas a falta de papel não seria um problema se,
sempre há este se no nosso dia a dia,
mesmo num mundo moderno e tecnológico, você também não precisasse lavar o rosto,
lavar a boca ou escovar os dentes ou se você, assim como eu, cultivasse uma boa
barba.
Aí você entra pra
escovar os dentes e inevitavelmente você molha a sua barba, não toda, mas
aquela parte que se encontra no queixo até o pescoço. Esta mesma parte que, se
molhada, respinga a sua camisa, paletó, casaco, peito, burca ou seja lá o que
você estiver usando ao ir a um banheiro moderno.
Ou se, num calor como o que
faz aqui no Rio de Janeiro em todas as estações do ano, você precisasse também
de lavar rosto para se aliviar um pouco.
E aí, como enfiar a sua
barba, o seu rosto, num desses dispositivos para que o jato de ar dê conta de
lhe secar? Isso é humanamente impossível. Não há alternativa a não ser procurar
no reservado papel higiênico para estes fins. Acontece que ao molhar aquela
parte da barba e sair em busca de um pedaço de papel, mesmo que o reservado esteja
livre, você já respingou a sua camisa, paletó, casaco, peito, burca ou seja lá
o que você estiver usando. Se o reservado estiver reservado, aí sem chances,
melhor mesmo usar logo uma das mãos e secá-las nas calças antes que você saia
como se tivesse tentado tomar um banho no lavabo.
Falar em bom sendo nunca
é uma boa alternativa porque o bom senso para umas pessoas não é para outras e
a lógica do mercado: menos é mais, ou seja, extinguir o uso do papel (o que
também nos remete ao ecologicamente correto) e investir no jato de ar,
significa necessariamente, trocar um pelo outro e não sobrepor alternativas.
O jeito então é o velho
e bom companheiro lenço de papel que se carrega na ausência de outra
alternativa ou simplesmente colocar a barba de molho e seguir a vida.
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Olharam-se uma, duas, três, tantas vezes e em momentos distintos, até que, finalmente, resolveram quebrar o gelo e trocar algumas palavras. Foram tomados por uma paixão instantânea, daquela que não se sabe ao certo como e nem por que?
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Da Série: Músicas que me tocam
Hoje fiquei em casa me lembrando e ouvindo músicas que falam sobre "levantar a poeira e dar a volta por cima" ou "sobre as voltas que o mundo dá" ou "nada como um dia atrás do outro". Meu deus, como temos músicas sobre isso no cancioneiro popular!
A primeira que me veio à cabeça foi Olhos nos Olhos de Chico Buarque e os versos "Olhos nos olhos, quero ver o que você faz ao sentir que sem você eu passo bem demais". Isso é lindo! Produz a sensação de que o tempo é definitivamente o melhor remédio pra tudo. Toda a letra desta música é incrível. É uma bofetada atrás da outra: "Me pego cantando sem mais nem porquê" ou "Quero ver como suporta me ver tão feliz."
E aí vou de uma lembrança a outra. Alcione canta "Nada como um dia atrás do outro, tenho essa virtude de esperar". Beth Carvalho, em Vou festejar, canta os versos "Chora, não vou ligar, não vou ligar, chegou a hora, vais me pagar" num refrão que produz uma satisfação de quem se sente vingado por uma traição.
Vingança de Lupicínio Rodrigues, interpretada por Bethania, tem os seguintes versos: "Eu gostei tanto/ Tanto quando me contaram/ Que lhe encontraram/ Bebendo e chorando/ Na mesa de um bar/ E que quando os amigos do peito/ Por mim perguntaram/ Um soluço cortou sua voz".
Na sequência, Tola foi você de Angela Ro Ro, e os seguintes versos: "E se eu mudei devo a você/ Todo desamor que a vida me ensinou/ Coração aberto, felicidade perto, sou toda amor."
E não tem fim esta lista e vejam que estou apenas apostando na memória.
Ouça, interpretada por Maysa diz o seguinte: "Quando a lembrança/ Com você for morar/ E bem baixinho/ De saudades vc Chorar." Ainda tem Orgulho de um sambista, por Adriana Calcanhoto, com os versos: "Meu povo inteiro chorou e vc sorria/ Pois trocou nossa escola de tempos/ Por um simples amor de três dias/ Sufoquei minha dor em sorrisos para não chorar/ Tudo isso ajudou minha escola a ganhar."
Eu, pelo jeito, poderia ficar mês e meio escrevendo partes de músicas da MPB sobre o amor que vai e a superação da dor. Acho que dá pra ter uma ideia do tanto que se fala sobre perdas amorosas, vinganças, etc etc etc.
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