ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
domingo, 18 de setembro de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Faz tanto tempo que não me lembro bem como foi que tudo começou. É possível que esse esquecimento seja uma pista de que não devíamos ter começado absolutamente nada.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Das coisas que não acontecem apenas nas crônicas de Fernando Sabino
Comprei um carro. Isso não seria nada demais se apesar disso eu não soubesse dirigir. Bem, não é exatamente isso, ou melhor, exatamente assim. Vou me explicar.
Faz uns 20 anos que tirei carteira de motorista e desde então eu sempre tive motocicletas. Sempre não, mas desde que tive algum meio de transporte próprio, tive moto. Nunca achei que um dia eu gostaria de ter um carro. Nunca mesmo. Mas a gente quando acha que definitivamente nunca vai querer alguma coisa, não imagina (nunca) que a gente não vai ser a mesma pessoa para sempre. E isso acontece eventualmente. Aquilo que era nunca passou, no último ano, a frequentar a minha vontade.
E assim comecei a cogitar a possibilidade de comprar um carro. Bem, procuro daqui e dali até que encontro um carro possível. Não o desejável, mas, como eu disse, o possível: um carro usado, preto, 2013.
Uma amiga me ajuda a decidir por ele. Assim, faço as contas e acho (que medo!) que é possível comprá-lo. Carro comprado, preciso levá-lo pra casa. Mas como fazê-lo? Essa mesma amiga, agora responsável por mais esta decisão (quando resolvi comprar uma moto bem grande e potente, ela tb me ajudou a decidir), resolveu a questão antes mesmo que ela virasse um problema. Trouxe e colocou na minha vaga (de garagem) o carro novo.
No entanto, continuo a viver sem ele, já que me falta coragem para dirigi-lo. Bem, como sou mais prudente do que medroso (é assim que me vejo), resolvo fazer umas aulas numa autoescola aqui bem perto de casa. Faço cinco aula e me acho ainda inseguro para sair por aí com meu (novo) carro. Faço mais 6 e pronto. Numa manhã decido dar uma voltinha aqui mesmo por perto de casa para saber se sozinho consigo dar conta desse monstro de quadro rodas.
Primeira luta, tirar o carro da garagem. O maior medo é o de bater nos carros ao lado. Com todo cuidado do mundo e sem qualquer noção de espaço, velocidade faço em 10 minutos (isso mesmo, dez minutos de sofrimento) essa tarefa que minha vizinha não leva sequer 2 para realizar.
Num espaço de cinco metros (da minha garagem ao portão de saída), o carro morre umas 3 vezes. Natural, alguns amigos dizem. É assim mesmo, outros afirmam. Mas só eu sei o sofrimento que isso causa. A insegurança que isso agrega a minha nova função de motorista.
Carro na rua, vou eu para o desconhecido. A cada metro rememorando os ensinamentos dos meus professores. Primeira quadra superada. Mais a frente um sinal de trânsito, preciso parar. O problema não é parar e retomar com um carro atrás e a sensação de que eu estou paralisando o mundo, atrapalhando o tráfego.
É claro que o carro morre, é claro que ligo o sinal de alerta porque não consigo sair do lugar. Resolvo nem olhar pelo retrovisor, não quero saber a quantas não andam os carros atrás de mim.
Ufa, consigo dar a partida! Mais a frente uma curva, uma ladeira, um outro sinal, uma placa de rua preferencial, uma descida (adoro descidas!), oito quadras superadas e, finalmente, outra vez o meu portão de (agora) entrada. O carro diante dessa superação, morre outra vez. Mas quem se importa? Estou sozinho tentando entrar em casa.
Aperto o dispositivo e o portão se abre. Entro e, pra minha sorte, sem carros vizinhos. Coloco o carro na minha vaga como se tivesse feito isso desde sempre. Saio do carro e o ombro, as pernas, os braços doem como se sempre tivessem doído desse jeito.
Menos um medo pra hoje.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Ele era puro destino de sua mãe. Ele não se pensava. A mãe se apropriava dos seus atos, de suas palavras e até dos seus pensamentos. Ela falava do seu lugar e em seu nome para explicá-lo a si mesmo. Ela não o ouvia para saber o que ele pensava, pois ele não pensava senão aquilo que ela colocava para que ele pensasse.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Da Série: Contos Mínimos
Era tanto o desejo de ouvir outra vez a voz da minha mãe (ou o medo de não ouvi-la outra vez) que acabei me esquecendo de dizer tudo o que eu sabia em todas as línguas possíveis. Acabei falando apenas a língua dela.
sábado, 16 de julho de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)
Espumas ao vento (Accioly Neto)
Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim Um grande amor não se acaba assim Feito espumas ao vento Não é coisa de momento, raiva pa...
-
Enquanto a formiga Carrega comida Para o formigueiro, A cigarra canta, Canta o dia inteiro. A formiga é só trabalho. A cigarra é só c...
-
Ontem, último capítulo da novela Caras & Bocas (já postei alguns comentários sobre ela), bastantante satisfatório! Como sempre , casame...
-
(para Helena Quintana) As coisas que não conseguem ser olvidadas continuam acontecendo. Sentimo-las como da primeira vez, sentimo-las fora d...