quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Lá e aqui.

Impressionante como viajar e estar longe do trabalho alterou o meu humor. Não podia ser diferente. O trabalho tem me desgastado demais. Odeio burocracia e, pior, saber que preciso resolver alguma coisa. Fico ansioso de pensar que há algum processo aguardando parecer. Fico ansioso com as reuniões que preciso pautar e com tanto desrespeito por parte do governo estadual com as universidades. Prazer zero!!!! Meu coração dispara só de pensar que preciso voltar.

Não estava muito animado para viajar...fazer malas... organizar a casa... mas foi por o pé na estrada e tudo mudou...

Tudo deu certo na viagem mesmo com a paralisação dos aeroviários. Nenhum atraso. Ao contrário. Cheguei uns minutos antes do previsto. Minha mala chegou sem problemas. O taxista que me trouxe para a casa, no Rio, muito educado. Trânsito normal. Apartamento limpo e organizado. Obrigado, Marina por cuidar tão bem do meu apartamento.

Uns dias para ir chegando ao Rio...sempre é assim. Chego fisicamente, mas aos poucos vou internalizando que estou por aqui. Ontem dei umas voltas pelo Centro. Fui aos lugares que não posso deixar de ir. Amo essa cidade, se estou de férias...amo de verdade, mesmo sabendo de todos os problemas pelos quais ela tem passado.

Parte da cidade é linda e organizada. Além disso, tem os amigos...não consigo encontrar todos/todas, mas saber que estou por perto e que posso encontrá-las/encontrá-los é um alívio.

Gosto do silêncio do meu apartamento. Gosto do silêncio dos vizinhos. Gosto de poder ouvir música sem carro, moto acelerando, gente gritando pela rua. É interessante que ao pensar no barulho incômodo da cidade me refiro a uma cidade do interior do Paraná e não a uma grande capital. Mais interessante ainda é pensar no silêncio no Rio de Janeiro em detrimento dos ruídos de Cascavel.

Lá, moro numa esquina onde os carros e as pessoas estão presentes o tempo todo, a qualquer hora do dia. Aqui, estou no coração da Lapa, mas num lugar muito tranquilo. Ouço às vezes as ambulâncias, a polícia, o corpo de bombeiros passando e só.


Este apartamento me traz boas lembranças...passei por aqui bons momentos da minha vida. Ele me lembra a minha mãe, o doutorado, os amigos da pós-graduação, o carnaval, a praia...a cidade que ferve, o Circo Voador, e os amigos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

VAMBORA - Adriana Calcanhotto

Entre por essa porta agoraE diga que me adoraVocê tem meia horaPra mudar a minha vidaVem, vamboraQue o que você demoraÉ o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroDentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroNa cinza das horas
Entre por essa porta agoraE diga que me adoraVocê tem meia horaPra mudar a minha vidaVem, vamboraQue o que você demoraÉ o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroDentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casaAinda tem você na salaPorque meu coração disparaQuando tem o seu cheiroDentro de um livroNa cinza das horas

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Sextou!!!!

Faz um bom tempo que não apareço por aqui. Tenho cantado mais, trabalhado mais, dormido mais, escrito mais textos acadêmicos do que me dedicado à escrita criativa. Acho que é uma boa explicação para não estar por aqui de forma mais frequente. Hoje, bateu saudade!!!

A proposta era a de escrever com frequência, mas estatisticamente está comprovado que fui, ao longo do tempo, escrevendo com menos frequência. Por isso não gosto de estatísticas...

Dia desses, uma grande amiga, Zaíra, me disse que deu uma passadinha por aqui para ler as novidades. Aí, muito provavelmente, a coisa mais nova que ela leu foi sobre a minha festa de aniversário de 20 anos.

Acho que tenho feito poucas coisas que gosto tanto. Vivo a ilusão (assim como muita gente) de que tenho a vida inteira para fazer todas as coisas do mundo. Ledo engano. Eu bem sei disso (assim como muita gente tb sabe).

Tenho feito nada, para ser bem sincero, além de descansar no fim de semana. Claro que descansar é fundamental, sobretudo, depois de uma semana pesada. As semanas têm sido pesadas ultimamente. Hoje, por exemplo, foi um dia daqueles.

Cheguei cedo ao trabalho e não saí da frente do computador até, praticamente, a hora do almoço. Depois do almoço uma reunião. E a sensação é a de que fiz pouco. Sobrou trabalho para amanhã. De segunda à quarta, normalmente, é bem corrigo. Mas quando me dou conta: sextou! E sextou novamente, e já é outra sexta-feira e já é segunda novamente e quando a gente percebe, já foi embora abril, maio e junho e já vivemos em julho de 2022.

Bom, acho que não escrivi sobre nada. Ou escrevi sobre o tempo que escapa.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Apertos de mãos são fundamentais

Voltamos ao presencial na universidade. Hoje vamos fechar a primeira semana. Claro que estamos todos preocupados com o retorno, não sabemos o que pode acontecer. Sobretudo, num momento em que a ômicron está num nível de circulação alto. Muito contágio na cidade e no país.

Até agora, tudo está bem organizado por aqui: alunos com máscaras, as salas abertas, distanciamento, álcool em gel nos corredores. Sinceramente, acho que estamos aqui, na universidade, mais seguros do que em outro lugar, por conta desse controle.

E sem falar na aula presencial, não tem como comparar com o ensino remoto: no presencial há o quadro, os alunos participam muito mais. Não há delay. Não há internet que cai, computador que não funciona. Me sinto muito mais à vontade em sala de aula do que me senti um ano e meio via computador. Aquilo não é aula, é qualquer coisa, menos aula.

Vamos esperar para ver o que acontece...espero que a situação sanitária melhore a ponto da gente se sentir menos preocupados. Que a gente possa se aproximar mais: abraços são fundamentais, apertos de mãos tb.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Um dia de cada vez.

 Ando desanimado como nunca estive. Não tenho alegria de fazer absolutamente nada. Ando cansado demais para bater papo, para escrever, para ler. Eu já era um cara impaciente, mas isso foi potencializado. Sabe quando vc quer apenas estar sozinho? As conversas me enjoam, o dia a dia me deixa exausto. Vou fazendo o que vou fazendo por obrigação. Vou cumprindo tabela. Um dia de cada vez. Uma vez por dia. Não sei quando me percebi assim.


domingo, 25 de abril de 2021

Estou morando no trabalho

Fiquei/fico nesse último ano e meio pensando na contradição de sentir, por um lado, a eternidade desta pandemia, e, por outro, o tempo que me/nos escapa. 

Tenho reclamado muito de estar em casa e de não ter vida social. O trabalho tem nos consumido todo o tempo: inclusive aquele dedicado ao descanso (de estar em casa fazendo nada). 

Estou morando no trabalho e perdi o controle do limite entre aquilo que é exclusivamente da ordem profissional e da ordem pessoal. Não sei exatamente se essas ordens eram tão separadas assim, mas a impressão atual é que esse limite inexiste. Tenho até tentando um controle, mas, assumo, que nem sempre é possível.

Desde de março de 2020, estou praticamente trabalhando em home office. Como estou na coordenação de um curso, acabo fazendo trabalhos presenciais uma vez que nem tudo é possível de forma remota. Não é uma grande parte do trabalho, talvez uns 20% do total daquilo que é minha atribuição. O resto acontece via internet: sentado diante do computador, falando para alguém ou falando sozinho.

O que me espanta é, como disse acima, saber que um ano e meio depois estamos vivendo o pior momento da pandemia aqui no Brasil, que continuamos (grande parte da população que pode estar) em casa, mas que o tempo corre desesperadamente. Última semana de abril de 2021. Os meses nos atropelando, os finais de semana consumidos pelo trabalho: de todas as ordens e a sensação de dever não cumprido, de estar em falta com alguma coisa, do trabalho que não acaba, de correr de um lado para o outro batendo cabeça.

É claro que há produção (muita produção, por falar nisso!). Os convites não param de chegar. Nem sempre é possível dizer "não"! Demandas de todos os lados e cada vez mais somos solicitados. Fica a sensação de um vazio... e uma pergunta no ar (sem resposta): pra quê?

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Quero esquecer 2020.

 

2020 será um ano fantástico para TI - Startupi

Não ando inspirado para escrever. Quando isso acontece, e tem acontecido muito, significa que estou com muito trabalho, com prazos curtos para finalizar muita coisa. Estamos assim desde o início desta pandemia: a universidade pensa que home office significa ter tempo demais para muito mais, além daquele tempo que vc já não tinha antes. 

A universidade nos consome. Tudo é para ontem. Tudo tem um prazo curtíssimo e agora, me parece, que este prazo curtíssimo encolheu.

Home office é vc consigo. Tente falar por telefone com alguém na instituição? Estresse! Consegui organizar uns contatos-chave e com estes vou me organizando para dar conta do que tenho que fazer.

Não vejo a hora de entrar em recesso. Vou fugir para um lugar sem internet, sem telefone, sem rede social, sem lugar.

Para não ficar sabendo de absolutamente nada. Quero esquecer 2020!

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...