quarta-feira, 11 de maio de 2011

Da Série Contos Mínimos


Acordou atordoado. De cara não reconheceu o lugar no qual se encontrava. Pensando bem, nem passados alguns minutos se deu conta de onde estaria. Branco demais. Fechado demais. Muito quente. Sentiu apenas que estava em movimento. Vezinquando sentia-se jogado de um lado para o outro. Passos. Cachorro latindo. E a sensação de estar passando por um funil. Uma voz anunciou: Carteiro! E caiu fundo num ambiente ainda mais fechado. Tudo era silêncio e escuro. Ficou dias a espera de novidades. Nada aconteceu. Conclui que o destinatário não se encontrava mais naquele endereço. Nunca mais se achou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pensamento acordado dentro de nós

Há dias em que a cabeça não silencia. O corpo pede sono, mas a mente insiste em continuar — ideias, projetos, pensamentos atravessam a noite...