Ficar no lugar de quem só desacredita na Polícia não seria justo (comigo). O fato de terem prendido o Nem, o chefe do tráfico da Rocinha, sem uma vítima (como de costume nessas ações policiais), tem méridos.
Não sei bem como andam as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Um morador de favelas ocupadas talvez tenha outra percepção dessas Unidades.
De qualquer forma, acho que o fato de um governador colocar a mão no vespero (o do crime (des)organizado) já é alguma coisa. Muito se dizia e nada era feito nesse sentido, no Rio. A bandidagem dava as cartas, inclusive e muitas vezes, com o apoio da própria polícia.
É claro que tenho minhas dúvidas quanto ao processo de ocupação de favelas da zona sul do Rio enquanto outros bairros (da periferia) ficam ao deus dará.
É claro tb que a cidade não se torna segura da noite para o dia, sobretudo em relação à impressão que se tem sobre ela (isso demora muito para ser desfeito). Acho que um carioca não tem a sensação de segurança. Não sei se em algum lugar aqui, no país, exista essa sensação.
Ontem ouvi uma entrevista de uma antropóloga, Alba Zaluar, na GloboNews, falando da ação conjunta entre as polícias (militar, civil e federal) em relação à prisão do chefe do tráfico da Rocinha, ressaltando o sucesso da operação. No entando, ela destacou a humilhação pela qual passou criminoso durante a sua prisão.
É evidente que muita coisa ainda precisa ser modificada, mas não dá para não se sentir um pouco mais esperançoso quanto à segurança do Rio de Janeiro.
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