Tenho muitos amigos que são ou que foram meus alunos entre os meus melhores amigos. Nunca separei o fato de ser aluno da possibilidade de fazer parte da minha vida, até porque eles, querendo ou nao, por um período, pelo menos, fazem/fizeram parte da minha vida.
E posso fazer aqui uma lista enorme de ex-alunos que eu tenho um carinho enorme. Só não o farei porque sei que, certamente, vou me esquecer de algum e não quero parecer injusto.
É claro que tb tenho ex-alunos que nao gostam de mim ou que querem me ver morto, mas o post nao é sobre essa raça-ruim. (rs)
Faz uns 20 anos que saí do Rio de Janeiro para trabalhar no Paraná e bem antes disso eu já estava em sala de aula, no ensino fundamental e médio. Trabalhei em diversas escolas no Rio de Janeiro, quase todas na zona oeste (principalmente em Campo Grande, Santa Cruz, Itaguaí, entre outros bairros). E deixei por lá grande amigos.
Alguns eu consegui reencontrar ou não perdi o contato, mesmo estando longe durante todo esse tempo. Na verdade, eu quero dizer que eu estava trabalhando fora do Rio, mas mantinha contato com a cidade por conta da família, dos amigos etc. As férias, quase todas eu passava no Rio e encontrava alguém em algum momento.
Mas, não foi assim com todos eles.
Eu tinha um aluno chamado Marcelo, do Colégio Analice, em Campo Grande, que já era um grande amigo por vários motivos: ele era muito bem humorado, era engraçado, me tratava da mesma forma como ele tratava os seus amigos, era inteligente, gente boa, meio malandro, ou seja, tinha todas as características que fazem de alguém uma pessoas especial, pelo menos, pra mim.
Ficamos muitos anos sem nos ver, sem nos falar etc. Aí com essa história de Rede Social tomando conta da internet no Brasil eu passei a procurá-lo, sem qualquer sucesso desde 2009, quando participava do Orkut.
Sempre dava um jeitinho de, ao encontrar algum amigo em comum, perguntar se tinha alguma informação da criatura ou procurar entre os amigos se ela estava por lá. Tudo em vão, foram mais de 15 anos sem notícia, sem qualquer notícia e a chance de reencontrá-lo ficava cada vez mais distante porque em 15 anos um adolescente muda muito.
Aí, sem que eu estivesse pensando nele ou procurando, vejo uma fotografia, numa página de uma amiga que eu sequer imaginava amiga dele, parecida com ele. Olhei, olhei, olhei outra vez...vi a marcação Marcelo Pereira e me lembrei do sobrenome, esquecido durante todo esse tempo. Batata!!!! Era aquele cara lá do final dos anos 80.
Mandei uma menagem inbox e fiquei ansioso esperando por alguma resposta. E veio logo a confirmação de que se tratava da mesma pessoa. Foi uma felicidade enorme reencontrá-lo, principalmente porque estava bem, feliz, realizado.
A forma como ele se dirigiu a mim não me deixou com qualquer dúvida: ainda éramos amigos.
Sei que redes sociais servem tb para isso. Sei que ela cumpriu o seu dever de aproximar, ainda que virtualmente, os nossos dias. Foi um reencontro especial.
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