Dia 14 próximo faz seis meses que desembarquei em Portugal para, como alguns sabem (engraçado achar que estou escrevendo para alguém), estudar.
Foram, como dizem, muitas emoções, desde as mais estressantes, como a burocracia, comum a todos, sem exceção, os países, ou ainda como resolver, foi uma peregrinação inútil, as questões para receber uma medicação do Brasil (que nao existe a dosagem por aqui), até as sensações mais agradáveis, como sair de um lugar de coitadinho, de vítima, de colonizado e passar a gerir o meu dia a dia ocupando um lugar de quem não está pedindo qualquer favor a nenhum português ou a nenhuma instituição portuguesa. Tenho uma bolsa de estudos do Brasil e o meu contato na univ. de Coimbra tb tem benefícios com a minha vinda para o programa.
Hoje, ando pelas ruas de Lisboa, principalmente, sem aquela insegurança primeira que me deixava angustiado. Preciso chegar a algum lugar e voltar para casa e nada pode/deve me atrapalhar.
Claro que não passei por todos os lugares, nem conheço um terço dessa cidade, pequena, é verdade, mas sei me localizar bem. Depois de algumas esquinas desconhecidos, consigo saber aonde estou e como devo fazer para chegar/sair, voltar ou começar tudo outra vez.
A saudade é proporcional ao tempo afastado, mas, preciso ser honesto, depois que comecei a frequentar as aulas na Univ. de Coimbra me sinto um pouco mais integrado ao país. Antes eu estava apenas fazendo coisas sozinho demais: indo à biblioteca nacional e passando uma grande parte do meu dia lendo os jornais portugueses.
Na sexta-feira passada, todas as sextas tenho aulas na pós-graduação da comunicação social em Coimbra, fui convidado por duas colegas de aula para almoçar e isso me deixou muito feliz. É uma integração. São duas brasileiras, há, em sala de aula, um número enorme de brasileiros se pensarmos que estamos em outro país, que, não compartilhamos, quase sempre, o mesmo ponto de vista sobre os temas discutidos, mas que são, como eu, adultas o suficiente para separar uma coisa da outra. Foi um almoço agradável, falamos, praticamente sobre o carnaval em Portugal.
As viagens tb são outra parte importantes dessa minha chegada por aqui. Estou perto de quase todos os lugares que gostaria de conhecer. Me prometi, a partir de fevereiro, viajar, pelo menos, uma vez por mês para os lugares desconhecidos. O que seria mais do que suficiente e muito mais do que eu imaginei fazer durante a minha vida.
Viajar para um brasileiro não é nada fácil. Nós, professores, podemos vezinquando viajar para algum congresso com algum auxílio da própria universidade, já que ela tb se beneficia desse subsídio.
Bem, acho que é isso, por enquanto.
Viajar para um brasileiro não é nada fácil. Nós, professores, podemos vezinquando viajar para algum congresso com algum auxílio da própria universidade, já que ela tb se beneficia desse subsídio.
Bem, acho que é isso, por enquanto.
Alexandre, vc está escrevendo para alguém, sim! Sou uma das pessoas que acompanham suas peripécias pela terrinha lusitana, esperando sua volta! Bom saber que já está mais "em casa"! Bjs, Érica
ResponderExcluirAlexandre, vc está escrevendo para alguém, sim! Sou uma das pessoas que acompanham suas peripécias pela terrinha lusitana, esperando sua volta! Bom saber que já está mais "em casa"! Bjs, Érica
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