terça-feira, 11 de junho de 2024

O dia dos namorados

O Dia dos Namorados deve ser todos os dias. Não há como superar em um dia a falta dos demais dias na relação entre casais (sejam como forem os casais). 
Não se pode ter tudo. Ninguém nos completa. Não completamos ninguém. Mas, creio, que deve haver um mínimo de respeito e reciprocidade nas relações. Isso não é o máximo? Não, isso é o mínimo!
Quando a gente gosta muito, a gente acredita que o outro/e a gente pode mudar. E aí se alimenta dessa esperança de que no próximo fim de semana será diferente. Não será! Não seremos outros. 
Não há relação possível se uma parte não vê/não crê na necessidade de mudança. 
A vida em um relacionamento não pode ser uma vida de solteiro, de quem vive sozinho. Sempre haverá de se abrir mão de alguma coisa. Lembrem-se: não se pode ter tudo. Alguma coisa precisa ficar fora para que a relação seja mais ou menos saudável.
Não me afeto mais com um dia que seja para fingir que tudo está bem quando tudo está ruim. Quando uma parte se diverte e a outra fica na expectativa de que vai ser... sempre no futuro...vai ser diferente.
Não estou com isso dizendo que não existam relações amorosas saudáveis. Nem muito menos dizendo que há relações sem conflitos: toda relação supõe que haja ruído na comunicação. Mas que os ruídos sejam pensados e resolvidos e que, sobretudo, não se repitam como um disco arranhado "repetindo, repetindo, repetindo, como num disco riscado, o velho texto batido, dos amantes mal-amados."
E assim, encerro. Finalizo. Ponto final. Aberto para as novidades.



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