Há algo de belo na vulnerabilidade que o choro expõe. Ele abre um portal para o outro, permitindo que quem nos vê, nos sinta, nos alcance. Ao chorar, dizemos sem dizer: “estou aqui, humano como você, com as mesmas dores e esperanças”. E nesse momento, é como se as barreiras do mundo se desmanchassem. Um choro não precisa de tradução; é universal, compreendido por todos, de qualquer lugar ou cultura. Ele nos lembra que, no fundo, compartilhamos a mesma essência, essa necessidade de sentir, de amar, de pertencer.
E depois de chorar, vem o alívio, como uma chuva que limpa o céu para que o sol brilhe novamente. Chorar nos esvazia do que pesa, nos renova. É como se a alma, ao derramar-se, encontrasse espaço para respirar de novo. É um ritual silencioso de cura, um reencontro consigo mesmo. Então, da próxima vez que o coração pedir para chorar, permita-se. É um gesto de coragem, de aceitação, de amor por si mesmo. Porque é no ato de chorar que, paradoxalmente, encontramos força para seguir em frente.
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