terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

C’EST FINI (texto)

Na verdade ainda não acabou o carnaval, o horário oficial é meia noite de terça-feira, mas o clima chuvoso não deixa dúvida de que o feriado de carnaval acabou mesmo. Entre mortos e feridos salvaram-se quase todos! Não se pode reclamar depois de um domingo cheio de sol, de reencontros com velhos amigos, de sombra e água fresca (claro que tudo tem um preço e por aqui é bem caro) de uma terça-feira chuvosa e cinzenta. Pior seria ficar em casa curtindo o carnaval sozinho diante da TV. Não, acho que essa comparação foi muito forçosa. Pior seria se tivesse chovido todos os dias...pronto redenção total.
O saldo, e não o salto, é positivo e operante. Agora é pensar na aula de segunda-feira.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ida Gomes (texto)

Triste surpresa saber que a atriz Ida Gomes foi enterrada nesta segunda-feira. A lembrança mais antiga que tenho dela é em "O Bem Amado", eu era bem pequeno, mas como muitos capítulos da novela foram gravados em Sepetiba, bairro do Rio em que meus avós moravam, eu me divertia e acompanhava de perto "Dorotéia", uma das "Irmãs Cajazeiras". Vi ainda alguns filmes, lembro-me agora de "Copacabana" e, em 2003, da peça "Tio Vânia". Não sei ao certo quantos anos de carreira tinha, mas de qualquer forma, atuou ativamente na TV, no cinema e no teatro, além de ser a dubladora oficial de Bette Davis. Fica então essa notinha como forma de homenagem e de lembrança dessa grande atriz nascida na Polônia, criada na França até os 13 anos e brasileira de algumas décadas.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A minha alegria atravessou o mar (texto)

Hoje foi um dia especial, (re)encontrei amigos de longas datas. Muito bom ver que as pessoas estão bem e ainda acreditando no carnaval como forma de confraternizar. Esta festa na Ilha foi a oportunidade de encontros especiais: novos amigos, velhos amigos, novos-velhos amigos. Um dia cheio de sol, de mar tranquilo, de música, de caipirinha, de riso frouxo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Blá Blá Blá (texto)

Chegamos à Ilha por volta das 15h. Um sol intenso na estrada. O trânsito tb intenso, mas sem congestionamento. Foram 4h de muita conversa. Gosto de ouvir quem tem o que dizer. A conversar é um dos melhores passatempos e por que não dizer prazeres. Falar muito nunca é sinônimo de falar qualquer coisa quando se encontra alguém que observa o cotidiano, que se observa o tempo todo e consegue, o mais complicado, transformar o visto em palavras.
É claro que poucas pessoas têm essa capacidade, mas eu, homem de sorte, conheço muitas delas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Entre o eu "auto-afirmação" e o "arrogante" (texto)

Hoje, no almoço com alguns amigos, lembramos de casos de pessoas que adoram a primeira pessoa do singular como o tema central de qualquer conversa: "eu posso, eu faço, eu consigo, eu trabalho, eu vou, eu fiz, o meu é assim, o meu é assado, o meu faz mais sucesso, eu sou reconhecido etc. etc. etc." Cada um de nós teve um caso para relatar: desde a amiga de uma amiga que não se conformava com o sucesso alheio, ou seja, que não fosse seu próprio sucesso, a ponto de chegar para uma visita e, antes mesmo de cumprimentar a dona da casa, perguntou se o apartamento tinha sido comprado à vista ou financiado, até um conhecido meu que, dia desses, num telefonema eu consegui contar 30 usos do "eu" numa conversa de 10 minutos por telefone.
É interessante notar, se é que existe fato interessante num situação dessas, é que o outro (aquele que usa o "eu" o tempo todo) não consegue ouvir nada que não seja a sua própria história, seu próprio umbigo e quer o tempo todo o centro do picadeiro. Carência, insegurança, auto-afirmação, narcisismo, arrogância ou seja lá o que for só produz efeito se tem plateia. Por isso, acredito, temos uma parcela grande de culpa quando contribuímos com esses comportamentos. Dar atenção para uma criatura como essa é mesmo alimentar a fome do outro.
É um desvio sério de comportamento: um gato que se vê leão, e pior, um gato que quer ser visto como leão. Da mesma proporção, acredito, considerando às diferenças, o magro que se vê gordo, o bonito que se vê feio, o mentiroso compulsivo e por aí vai.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mas também há dias... (texto)

Da mesma forma como as coisas boas passam, passam tb as ruins. E hoje já é outro dia. Dia desses uma grande amiga me falou daquele presentinho chinês, aquele pedacinho de papel dobrado com a seguinte frase escrita: "Isso também vai passar." e que a gente deve abrir ou quando estiver muito triste ou alegre demais.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Há dias que (texto)

Hoje o dia foi bem ruim. Faz tempo não me sinto dessa forma: desanimado, sem ânimo para nada, vontade de nem ter saído da cama, nada me agrada, nem música consegui ouvir. Desses dias que a gente tem vontade de pular e acordar no dia seguinte pra ver se faz mais sentido estar por aqui (aqui é igual a qualquer lugar). Mas nem isso é possível porque apesar da gente estar se sentindo esquisito o mundo continua rodando da mesma forma.
Nem posso dizer que a chuva tem alguma culpa, o mal tempo, o céu nublado, as ruas molhadas. Já vi dias bem piores. Estou com uma sensação de nada feito. Talvez se eu pudesse falar com alguém sobre isso...se eu conseguisse me concentrar num filme...se eu tivesse vontade de TV...mas nada está onde devia agora.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...