terça-feira, 10 de março de 2009

Eu quero ser um milionário! (filme)

Assisti hoje ao filme Quem quer ser um milionário? Sem entrar na celeuma (houve? semprá há em torno dos campeões) sobre o merecimento do prêmio de Melhor Filme de 2008 dado pela Academia de Cinema, preciso registrar que filmes que tratam de redenção (essa é a minha impressão, apenas) são sempre bem recebidos pelo grande público: sejam os membros da Academia sejam os críticos ou demais expectadores. Quem quer ser um milionário? é um filme de redenção. Um menino pobre, favelado, órfão, vítima de inúmeras violências (fome, abandono, assassinato de sua mãe, entre tantos outros flagelos) consegue em um programa de televisão, daqueles comuns nos anos 70/80 aqui no Brasil*, de perguntas e respostas, valendo a cada acerto um montante de dinheiro, tornar-se um milionário. Ele, com sua história triste, mobiliza o país inteiro em torno do programa. Todos, é claro, torcendo para que ele seja o grande vencedor, uma metáfora da vitória por deslizamento em um país de contradições sociais, de pobreza, da miséria que se mostra.
Além disso (o que não é pouco), corre, paralelamente, A história de amor entre duas crianças (crianças, sobretudo pobres e abandonadas, encatam) que ultrapassa toda a sorte de desencontros.
Pode parecer que eu tenha achado o filme apelativo demais. Achei mesmo! Mas achei tb que Bombaim ou Mumbai tem muito de Brasil e por isso me pegou! Gostei do filme, vejo outra vez.
* O céu é o limite, com J. Silvestre; A grande chance, com Flávio Cavalcanti; 8 ou 800, com Paulo Gracindo e Silvia Bandeira (dos que me lembro agora)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Oitentona (texto)

No domingo, 8 de março, a apresentadora e cantora Hebe Camargo completou 80 anos de idade. Em geral, passo batido quando os temas são as festinhas de celebridades, aniversários de atrizes, lançamento de novelas etc. Essas coisas não me interessam, mesmo. No entanto, completar 80 anos e estar atuando num mercado que valoriza, principalmente, o corpo definido, o escândalo sexual, a reconstituição do hímen, o preço que se pagou num modelo de tal estilista, a prótese de silicone, o carro de sei lá quantos milhões, a juventude em detrimento do talento, a bunda em forma de jamelão, abacaxi, melancia, mamão, acho que os seus oitanta anos na ativa é um bom motivo para um post.
Hebe, com um estilo que foge até aos padrões televisivos (elencados acima), continua firme e forte (nesta idade faltam oportunidades até para notinhas em revistas de fofocas) às segundas à noite num horário (20h) nobre do SBT concorrendo com o que se tem de "melhor" nas demais emissoras. Ela está distribuindo energia, bom humor e muita alegria para quem possa duvidar de que chegar aos 80 não seja sinônimo de decadência e de aposentadoria. Gracinha!!!!!

sexta-feira, 6 de março de 2009

8 de março (texto)

Que Diferença não signifique perigo, exclusão, silêncio, violência, humilhação! E todos os dias sejam de mulheres e homens!
Bethania, Odete, Nanci*, Cris, Teresa*, Rosana*, Cida*, Sandra*, Sil, Mônica*, Narda, Rita*, Gil, Vera*, Ingrid, Cátia, Magali, Heloísa, Deise, Daysa, Elba,* Célia*, Celi, Geó, Cota, Margareth, Elia, Carolina, Terezinha*, Vanise, Lulu, Elis, Ana*, Valdeci, Clarice*, Isabel*, Ivonete, Grace, Neide*, Nika, Silvia*, Bebeth, Rosana*, Sandra*, Maria*, Socorro*, Marcinha, Fátima, Elpy, Rosilda, Mara, Vanda, Márcia*, Rose*, Neidir, Conceição*, Suely, Sâmara, Climene, Bárbara, Maria Lúcia, Delnavi, Soninha, Ceres, Suzana, Roseli, Ilce, Inara, Maria Luiza, Marluci, Greice, Bia, Jaci, Juci, Ivonete, Carla, Selma, Alessandra*, Marlene, D. Neném, Rosinha, Ângela, Madelon, Cinha, Lúcia*, Lucimara, Nádia, Rosalra, Carla*, Josy, Patrícia, Sol, Mírian, Clariane, Júnia, Mara, Meire, Carla*, Cláudia, Adriana, Miri, Lizzie, Gabriela*, Paula, Luciane*, Marina, Aline, Nicinha, Palmira, Dora, Raimunda, Elvira, Zilda, Zaíra, Suely, Maud, Fernanda, Marly, Rosa Herman, Carmem, Wilma, Andréia, Tânia.
*nomes iguais para mulheres diferentes

"E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto E nenhum no marginal" (texto)

A Igreja Católica faz o seu papel: o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, excomungou a mãe e a equipe médica envolvida no procedimento de abordo de menina de 9 anos, estuprada por padrasto e grávida de gêmeos. Dom José Sobrinho afima que "A lei de Deus está acima de qualquer erro humano."
Estranho seria se Ela, a Igreja, interpretasse o fato de outra maneira Não sei por que tanta indignação com a atitude do Arcebismo. Ela, a atitude, está coerente com tantas outras: a visão que se tem do uso da camisinha ou anticoncepcional, em acordo com a posição que se tem sobre a homossexualidade, ao holocausto, à escravidão dos negros, à bruxas na Inquisição etc. etc. etc. etc. etc.
Nesta sexta-feira (6), o arcebispo disse que o padrasto não pode ser excomungado: "Ele cometeu um crime enorme, mas não está incluído na excomunhão", afirmou Sobrinho. "Esse padrasto cometeu um pecado gravíssimo. Agora, mais grave do que isso, sabe o que é? O aborto, eliminar uma vida inocente."
Os médicos, a mãe e tantos de nós estamos cientes da necessidade do abordo. A interrupção da gravidez é prevista por lei quando resulta de estupro ou põe em risco a vida da mãe. No caso da menina de 9 anos respondia aos dos critérios. Ponto.

quarta-feira, 4 de março de 2009

"Minha gente! Não me deixem só! Eu preciso de vocês." (texto)

Finalmente o pedido de Fernando Collor de Mello foi atendido! Renan Calheiros e José Sarney, o PMDB e o DEM ouviram as preces do ex-presidente da república e o elegeram Presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, derrotando a candidata do PT, a senadora Ideli Salvatti.
A história começou com a campanha de Sarney para a presidência do Senado, o líder do PMDB, Renan Calheiros, conterrâneo de Collor, ofereceu uma Comissão em troca do apoio a Sarney.
E havia quem acreditasse que os moradores da Casa da Dinda tinham se regenerado. A mansão e seus ex-moradores já foram sinônimos de decadência política, mas eis que das cinzas ressurge o Príncipe das Alagoas.

terça-feira, 3 de março de 2009

21 de dezembro de 2012 (texto)

No domingo, 1 de março, ouvi, meio de longe uma história sobre o fim do mundo em 2012. Só que eu estava no banho e não deu para saber detalhes dessa nova previsão. Aí ontem à noite no History Channel assisti a reportagem completa sobre as intepretações que alguns estudiosos fizeram de algumas quadras de Nostradamus e a relação dessas quadras com previsões dos Maias e de alguns escritos egípcios sobre o juízo final. A data provável é 21 de dezembro de 2012.
Aí fiquei pensando aqui comigo mesmo e meu umbigo e meus botões sobre esse fim do mundo tão próximo e inesperado. Já que estamos no início de 2009 e não tinha sido informado sobre o fim dos tempos. Na verdade eu andava mesmo desconfiado de que o mundo estava acabando: veja bem, temos uma novela na Rede Globo que se passa na Índia e a língua oficial é o Português do Brasil (Laura Cardoso, Tony Ramos, Márcio Garcia são indianos?!). Sejamos honestos, é ou não motivo para desconfiar de que alguma coisa não anda bem? Além dessa aberração, os jornais, quase todos eles, só falam de 2010, mais precisamente das eleições presidenciais, esquecendo-se completamente do ano em que estamos (só para lembrar, 2009). Um cachorro é a atração principal do carnaval do Rio. Ele teve mais destaque do que a Mocidade Independente de Padre Miguel. Luana Piovani quase encontra, pela milésima vez, Dado Dollabela. Ah, ele tem que andar com uma fita métrica porque precisa manter 250m de distância da "atriz". Suzana Vieira encontrou, pelo décima vez, o grande amor de sua vida. Ainda tem o BBB 9 e todas as novelas da Record, os casos escandalosos de políticos donos de castelos, mansões.
Tô começando a acreditar que Nostradamus tem razão.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Reuniões (texto)

Odeio reunião! Odeio ficar mais de uma hora sentando resolvendo problemas! Odeio ficar sentado! Odeio problemas! Alguns vão dizer que eu estou odiando demais. Mentira. Suporto alguns encontros desde que sejam objetivos, mas uma coisa é objetividade e outra coisa são as reuniões. Se um está presente o outro não vem, porque são como orcas e baleias-azuis (cão e gato; gato e rato; leão e hiena), não se misturam. Entendo que as reuniões são necessárias, só não entendo a quantidade delas. Mais, não entendo por que elas são tão parecidas, para não dizer iguais. Na universidade há uma quantidade tão grande delas que mesmo aquele que tem (se é que é possível) alguma simpatia se chatea.
Cheguei por volta das 7h40 para a minha aula. Almocei. Às 14h tínhamos uma reunião do colegiado do curso. Meu deus, já sofro por antecedência. Depois da reunião uma outra reunião para tratar de um evento, mas antes disso, uma reunião para avaliar o desempenho de uma colega.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...