sexta-feira, 24 de julho de 2009

Nomeado por Ato Secreto afirma que o Senado deveria se orgulhar de tê-lo como funcionário (texto)


O Público e o Privado se confudem na cabeça da Famiglia Sarney. Namorado da neta do Sir Ney declarou-se hoje ao Gl ser um excelente funcionário, ter qualificação mais do que suficiente para ocupar o cargo que ocupa e que por isso o Senado deveria ogulhar-se (sic) de tê-lo como funcionário.
Henrique Dias Bernardes, este é o nome do funcionário por quem devemos nos orgulhar, disse tb que não sabia que a sua nomeação tinha sido encaminhada por meio dos atos secretos. Além disso declarou-se competente, eficiente e que desempenha a sua função de forma muito profissional. O que ele não sabe é que a sua competência pouco importa numa situação dessas porque o Senado não é uma empresa particular da Famiglia Sir Ney e por isso a sua nomeação não seria mais legal pelo fato dele ter ou não formação para o cargo que ocupa.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Se nos E.U.A negros continuam sendo tratados como suspeitos , imagine aqui? (texto)

Um caso, não raro aqui no Brasil, que nos E.U.A provocou certa comoção social me chamou atenção hoje durante a sua veiculação no jornal da TV. Um professor negro ao chegar de viagem e não conseguir abrir a porta de sua casa, por conta de uma chave emperrada, foi denunciado por uma vizinha como se estivesse tentando roubar a tal casa. Segundo a reportagem, o professor, da mais importante universidade dos Estados Unidos - Harvard University, tentou explicar aos policiais o que havia acontecido. Mostrou aos agentes os seus documentos e tb a carteira de professor do Instituto no qual trabalhava, não adiantou. Foi preso, fotografado, fichado.
Segundo Obama, presidente dos E.U.A., negros e latinos continuam sendo tratados na América do Norte como cidadão de segunda classe. Suspeitos acima de qualquer investigação. Se isso acontece lá, imagine o que não acontece aqui sem que os jornais veiculem(?): as minorias, todas elas, sem exceção, são tratadas como cidadãos sem classe. Apanham, são presos, são algemados, violentados sem que isso cause quaisquer comoções. Ou pelo menos, tanta comoção.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mãe (música)

Palavras, calas nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um rei que não tem fim
E brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão Que dor no coração
Cidades, mares, povo rio
Ninguém me tem amor
Cigarras, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o meu caminho e o teu caminho
É um nem vais, nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E, só porque não estais
És para mim e nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti

"Sempre pode piorar" ou "Se mexer, fede". (texto)

E quando a gente acha que tudo está traquilo, que nada mais tem para ser descoberto, eis que uma sequência de diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) com autorização judicial, durante a Operação Boi Barrica, e divulgados na edição desta quarta-feira (22) do jornal O Estado de S.Paulo, revela a nomeação de cargos pela família Sarney no Senado e liga o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao ex-diretor-geral Agaciel Maia na prestação de favores concedidos por meio de atos secretos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Confesso - Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro (música)

Confesso
sei que o amor é uma coisa séria

mas não tem mestre nessa matéria
eu mesmo já fiz miséria por amor
confesso
dei muito murro em ponta de faca
já fui fiel, já virei casaca
mil criaturas já fiz chorar de dor que loucura
já fui deixado na rua da amargura
quando a paixão se desfez
isso mais de uma vez
já fui barão, já cantei de galo
mas já sofri, também fui vassalo
bebi cachaça em gargalo por amor
confesso
já fui o outro em romance alheio
mas lembro bem, também já fiz feio
pois não há presa que escape dessa dor
que tristeza
já fiquei cego, já andei virando a mesa
o que o ciúme me fez, eu nem conto a vocês
foi tanta briga, foi tanta cena
tantos presentes de flor
mas tudo valeu a pena
e eu até virei compositor
eu posso nem ser tão feliz
mas digo uma coisa ao senhor que na vida o que eu fiz foi por amor

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Cinha (texto)

Hoje eu sonhei com uma namorada antiga, acho que o primeiro namoro mais sério. Não me lembro de ter sonhado com ela outras vezes. Tenho boas lembranças desses nossos encontros: conversávamos bastante e andávamos de mãos dadas depois de uma reunião com outros amigos. O que eu mais gostava desse namoro, era ouvi-la cantar. Ela cantava e tocava violão (cantava bem melhor do que tocava). Voz doce e um repertório que gosto de ouvir até hoje. Não por saudades, mas porque me lembra um momento bom da minha vida (sem saudosismos, Alexandre!). Fátima Guedes: "Cheiro de mato":

Ai, ai o mato, o cheiro,o céu
O rouxinol no meio do Brasil
O Uirapuru canta prá mim
E eu sou feliz
Só por poder ser
Só por ser de manhã, manhã, manhã
Manhã, manhã
Nessa clareira o Sol
Se despe feito brincadeira
Envolve quente a todo ser vivente

Taperebá
Canela, tapinhoã, nã nã nã nã
Não faço nada
Que perturbe a doida a louca passarada
Ou iniba qualquer planta dormideira
Ou assuste as guaribas na aroeira
Em contra-ponto com pardais urbanos
Tão felizes soltos dentro dos meus planos
Mais boquiabertos que os meus vinte anos
Indóceis e livres como eu.


Faz muito tempo, muito mesmo que não a vejo, que não tenho notícias...tomara esteja ainda cantando. Fiquei pensando o porquê desse sonho tão distante...e não consegui fazer nenhuma relação...acho que consegui agora, mas é melhor não escrever...

Não há poesia no Estruturalismo! (texto)

Sou professor de linguística na graduação do curso de Letras: Estudos linguísticos I. Segunda-feira às 8h, em ponto, começo a aula. Não atraso. Quer dizer, até hoje, não atrasei, mas na próxima segunda, quem sabe? O conteúdo não é dos mais agradáveis, mas eu gosto: dos neogramáticos à sociolinguística, passando aí pelo estruturalismo europeu e americano, além do gerativismo. Penso sempre, quando dessas aulas, o que os alunos vão aproveitar da teoria para entender como o pensamento linguístico se transformou; penso tb o que vão poder usar quando de suas aulas de língua portuguesa ou estrangeira; penso ainda como poderão explicar para um leigo qualquer o que é a linguagem, quando penso as minhas aulas.
Se isso produz algum sentido (?), só o tempo...daqui uns anos quando eu os encontrar (se encontrar) e num bate-papo menos tenso (agora de professor para professor ou de ex-professor para professor) para saber o que aconteceu.
Percebo muitas vezes que falo sozinho, em sala de aula (que fique claro!). Fora da sala, não percebo ou se percebo não conto. Vejo tb caretas quando, por uma distração, me viro sem avisar e encaro alguns deles. É engraçado...
Uns dormem, outros bocejam e uns até prestam atenção e fazem perguntas...i-na-cre-di-tá-vel, diriam outros. A turma é boa, uma das melhores...mas falta poesia...talvez falte humor...

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...