segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sou organizado do meu jeito (texto)

Organização não tem meio termo (ou tem?). Não se pode, pelo menos do meu ponto de vista, ser mais ou menos organizado. Ou vc é ou vc não é. Essa história de que se é de um jeito particular organizado, soa estranho. Acabei de ouvir de um grande amigo aqui em Curitiba que: "Sou organizado do meu jeito, se eu coloco o meu colírio, por exemplo, em um lugar sei que vou encontrá-lo naquele lugar."
Fiquei pensando ... como é que alguém pode achar que colocar um colírio, por exemplo, sobre o fogão e encontrá-lo quando o procurar pode ser considerado uma pessoa organizada. Lugar de colírio, por exemplo, não é, definitivamente, sobre o fogão. Ou é?
Sou organizado quase beirando o transtorno obsessivo compulsivo (mais conhecido como TOC) e fico mais impaciente se procuro alguma coisa e perco mais de cinco minutos nessa busca. É claro que isso é um sofrimento tanto para quem é assim quanto para quem precisa conviver com quem se comporta daquele jeito.
Não consigo sair de casa se a cama não estiver arrumada, se tiver louça na pia. Não consigo estudar se o escritório não estiver arrumado, se os livros estiverem fora do lugar ou se eu souber que a área de serviço está desorganizada. Obsessão pura.
Já tentei até psicanalista, mas acho que é mais grave e preciso de um psiquiatra, ou internação. O fato é que gente mais ou menos organizada ... não existe.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Beijo Bandido (CD - Ney Matogrosso)

Regravações se justificam num CD quando o artista acrescenta à música informação, do contrário pra quê cantar o mesmo? Mas estou falando de Ney Matogrosso. Beijo Bandido o mais recente CD do cantor está repleto de regravaões que se justificam.
Estou aqui escrevendo ao som de Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto), para quem não se lembra é aquela com uma rima improvável e única na MPB "o peixe é pro fundo das redes/segredo pra quatro paredes".
É tudo muito bom! Além do excelente repertório regravado, tais como Tango pra Tereza, Nada por mim, Segredo, A bela e a fera, Doce de coco, Mulher sem razão, À distância, entre tantas outras, o CD tem tb inéditas compostas por Vitor Ramil e Luis Bonfá.
O encarte é um presente à parte: fotos lindas e bem cuidadas. Todo no prateado. E, ainda que não tenha nada a ver com as interpretações e nem com a qualidade do trabalho, o cantor continua em forma.

Da Série Contos Mínimos (texto)

Enquanto eu andava pela rua pensando na vida, eles apareceram. Eram muitos. Mal pude notá-los e pouco pude fazer. Dentes, dedo, costelas quebradas. Dores por todo corpo. Eles se divertiam.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bash Backs (texto)

Um movimento surge nos EUA, os Bash Backs (algo como Bater de Volta), como uma forma de revidar a violência que a comunidade GLBT diariamente é obrigada a enfrentar. O grupo afirma que, basicamente, luta pela liberdade como resposta à homofobia e combatem duramente o que chamam de "sistema binário de gênero", o que, segundo eles, é responsável por classificar as pessoas como "machos ou fêmeas".
Pregam o sexo livre, a pornografia e o enfrentamento como forma de refúgio (necessário) para a violência a qual estão submetidos (por fugirem aos padrões "binários" de gênero).
Ah, tb são contra ao casamento gay. Para eles é só mais uma forma de heteronormatização que precisa ser combatida.
Lutam ainda contra o militarismo, o capitalismo, o imperialismo e contra tudo o que for contra a liberdade total e completa.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Verônica (filme)

Acabei de assistir, no Canal Brasil, ao filme Verônica com Andréia Beltrão. Quando em cartaz nos cinemas, não consegui assisti-lo. Aqui em Cascavel sequer chegou às salas de exibição.
Verônica é professora da rede municipal de ensino há vinte anos. Um dia, na escola em que trabalha, ela percebe que ninguém veio buscar Leandro, um aluno de oito anos. Já é tarde da noite quando decide levá-lo em casa. Ao chegar no alto do morro, encontram a polícia e muito tumulto. Traficantes mataram os pais do menino e querem matá-lo também.Verônica foge com o garoto. Ela procura ajuda e descobre que a policia também está ligada ao assassinato dos pais da criança. Sem poder confiar em ninguém, ela decide escondê-lo. Assim, Verônica é obrigada a enfrentar policiais e traficantes para sobreviver. E enquanto procura uma maneira de escapar com o menino, redescobre sentimentos que estavam adormecidos na sua vida solitária e difícil.
Andréia Beltrão, como sempre, impecável. É impressionante como ela encarna um personagem. Não há dúvida de que ela realmente seja essa professora da rede municipal do Rio de Janeiro enfrentando os dessabores da cidade dominada pelo crime organizado.
A direção é de Maurício Farias. O filme é do início de 2009. Praticamente recente. Já deve estar disponível em DVD. Vale à pena ver e conferir um grande roteiro e boas atuações.

3 computadores e nenhum presta (texto)

Já postei aqui, não faz muito tempo, sobre esse martírio (exagero...) digital pelo qual estou passando: 3 computadores que não valem 1. Entram e saem dos cuidados técnicos, funcionam por um tempo e depois, simplesmente, param. Estou outra vez sem poder escrever.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...