Estive na casa dos meus pais, primeira vez depois da morte de minha mãe. Foi muito grande a emoção de estar por lá e não encontrá-la. Estranho demais o que senti. Meu padrasto foi me encontrar no portão com os olhos cheios de lágrimas. Eu me segurei até onde foi possível. Mas ao mexer nos seus objetos pessoais, nas nossas fotografias, nas cartas recebidas e enviadas, nos cartões de natal que lhe enviei, nos bilhetes que guardei com brincadeiras ou lembranças para um de nossos dias, nas suas cartas de tarô, nos anéis, cordões, não deu para não me emocionar.Muitas lembranças. Muita saudade. Mas a certeza de que ela agora está melhor do que estava. Sem sofrimento. E a gente vai levando...




