Acostumado com um Almodóvar que escreve e filma mulheres, me deparei com uma história masculina: Mateo Blanco (Lluís Homar), cineasta e roteirista, sofre um acidente de automóvel que lhe deixa cego e sem o amor da sua vida. Ele decide, então, que Mateo deveria morrer junto com sua amada Lena (Penélope Cruz). Assim, apaga uma parte de si, passando a encarnar a persona que tinha escolhido no reino literário, o pseudônimo com o qual assinava seus livros: Harry Caine. Harry usa a cegueira para apurar os outros sentidos.
Catorze anos mais tarde - o momento em que o filme começa -, Mateo/Harry reconta sua história a Diego (seu filho, o que ele ignora). Trata-se de uma saga dilacerante de amor louco, fatalidade, ciúme e traição, na qual o escritor cego exuma e ressuscita a sua identidade "póstuma".
Não sei bem se gostei do filme. Acho que estou acostumado com um outro Almodóvar, com as suas mulheres e as histórias em torno delas. Talvez eu precise rever o filme (noutra oportunidade) para poder afirmar com mais certeza se gostei ou não.
Não sei bem se gostei do filme. Acho que estou acostumado com um outro Almodóvar, com as suas mulheres e as histórias em torno delas. Talvez eu precise rever o filme (noutra oportunidade) para poder afirmar com mais certeza se gostei ou não.