sábado, 21 de agosto de 2010

1ª Mostra de Filmes da Diversidade Sexual em Cascavel (texto)

Alguns alunos do curso de Letras 1º e 2º ano, mais uma aluna do 4º ano de Pedagogia e ainda a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná estão promovendo a 1ª Mostra de Filmes da Diversidade Sexual em Cascavel.
A programação dará conta da sigla LGBTT, ou seja, filmes que discutam questões referente às Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros. Além da exibição de filmes, está programado um debate sobre a diversidade sexual, sempre à partir do filme do dia para produzir as discussões.
Contamos com a presença de professores dos cursos de História, Filosofia, Letras, Ciências Socias, além de liderança LGBTT do Paraná para promover o debate.
A data ainda não está definida, mas sabemos que será entre os dias 17 e 26 de setembro em diversos pontos aqui em Cascavel. Assim que toda a programação esteja finalizada divulgo um pouco mais aqui no blog.
Maiores informações no site (ainda não está no ar justamente por conta desses ajustes finais) produzido, tb pelos alunos, para o evento. 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dois prédios em construção e uma avenida larga (texto)

É impressionante como eu atraio bêbados na rua. Posso sair duas vezes no mesmo dia e, ba-ta-ta, tem um mais alcoloizado tentando alguma conversa comigo. Agora mesmo, na saída do shopping, perto de casa, um me parou na rua:
- Jovem (me chamou!)! (Pensei, deve mesmo estar mamado para se dirigir a mim com esse vocativo).
- Opa! (Repondi meio com pressa e sem muita paciência).
Sabe? Tem 2 prédios como aquele ali em construção e uma avenida grande...
- Hum (sem sabe aonde ele ia chegar).
- Sabe onde fica? (me perguntou).
Sem entender muito bem, fiz cara de quem não havia compreendido a pergunta.
- (Muito senhor de si,  repetiu) Tem dois prédios em construção como aquele ali (apontando para um prédio em construção) e uma avenida larga, vc sabe onde fica?
- Não, não sei.
Ele agradeceu e continuou a sua caminhada.

UFRJ vai destinar 20% de vagas para cotas sociais no vestibular de 2011

A decisão sempre gera polêmica, mas vale à pena pensar sobre a reserva de vagas em universidades públicas
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acaba de aprovar, por apenas dois votos de diferença, o percentual de 20% de vagas para cotas sociais - ações afirmativas, para facilitar o ingresso de estudantes de baixa renda familiar e do sistema público de ensino, menos as escolas da rede federal e os colégios de aplicação ligados as universidades. 
A medida já vale para o vestibular de 2011. A votação contempla a proposta da reitoria e rejeita a alternativa de estudantes e funcionários de destinar 35% das vagas para as cotas. Anualmente, a UFRJ oferece 8 mil vagas. 
O placar final da votação no conselho universitário foi de 20 a 18. 
A UFRJ propõe bolsas de estudo para cotistas Os conselheiros decidiram ainda sobre as vagas que serão divididas entre o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o vestibular tradicional. Quarenta por cento das vagas serão destinadas ao sistema de seleção do MEC e os outros quarenta por cento para o processo seletivo da UFRJ.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

To Sir, With Love (texto)

Hoje, tive com os alunos do primeiro ano do curso de Letras uma conversa bastante séria. Daquelas de professor para aluno. Fiquei muito incomodado com o resultado das provas, sobretudo porque apostava que elas seriam, depois dos exercícios, monitoria, explicações, leituras de um texto bem simples etc., bem melhores do que foram.
Nem a conversa foi boa nem o pós-conversa me foi satisfatório. Primeiro, porque não acredito que ela, a conversa, produza qualquer efeito. Não vejo nenhum momivento de mudança. Depois, porque me coloquei num lugar que não gosto de ocupar:  o professor preocupado com as despreocupações desses(as) meninos(as). 
Vou me explicar melhor para não parecer que não estou nem aí para eles(as). Estou, é claro, mas não acho que na universidade a gente tenha essa função, a de dizer ao aluno como ele deveria se comportar para ser um aluno melhor. Sobretudo porque se o cara escolhe determinado curso, pressupõe, pelo menos para mim, que ele tenha afinidades com as disciplinas do projeto político pedagógico.
Mas nem sempre é desse jeito, ou melhor, nunca é assim. Num curso de Letras, normalmente, os alunos chegam porque é um curso relativamente tranquilo para a entrada numa universidade pública. Tranquilo quer dizer, menos concorrido, se comparado a outros cursos.
Isso, quase sempre, quer dizer que temos alunos que queriam fazer medicina, jornalismo, psicologia, veterinária, engenharia, e tantos outros cursos possíveis oferecidos pela instituição, mas que, por algum motivo, não acreditavam que passariam na seleção desses outros cursos e por isso optaram pelas Letras.
E isso quer dizer tb que ao optarem por um curso que não era a sua primeira opção, acabam se desestimulando porque a quantidade de leitura, de produção de textos, de cobrança em termos de escrita e leitura é imensa. Além, é claro, de conhecimento da língua que eles quase nunca têm.
É um curso que parte, talvez equivocadamente, do princípio  de que esses alunos tenham conhecimentos básicos de gramática, experiência de leitura e escrita o que não corresponde à realidade. E fora algumas disciplinas (as que trabalham com leitura e produção de texto, exclusivamente), as demais esperam resultados. E eles não chegam, satisfatoriamente, no tempo dessas disciplinas.
Fiquei aqui me lembrando da miha vida escolar. E por isso o título do post (Ao mestre com carinho), justamente porque foi um filme que marcou a minha adolescência (revi diversas vezes na sessão da tarde). Nessa história, um professor negro, interpretado pelo grande ator Sidney Poitier, enfrenta (e o verbo é esse mesmo) uma turma bastante arredia em relação a sua presença (o fato dele ser negro, sobretudo).
É claro que o filme, Hollywoodiano, acaba bem. O professor conquista a turma e é conquistado por ela. Nem sempre a realidade corresponde aos filmes de Hollywood.
Senti saudades de alguns professores: Terezinha (primeira professora), Márcia, Aidê, Elder, Mademoiselle Regina, Delnavi, Rubens, Conceição, Gustavo, Laplana, Maria Luiza (a preferida), Rosa Hermann, Marli, Toninho, Pitta, Jonair, Paulo, Ana Maria, Rosa Gens (literatura, brasileira na universidade), Cecília (latim, na universidade) e tantos outros cujos nomes não me lembro agora.
Eles fizeram algumas diferenças na minha vida, primeiro pela seriedade com que lidavam com a profissão, depois pela atenção e carinho dispensados a mim.
Nunca tive com os meus professores uma relação mítica, eles fuequentavam a minha casa porque eram amigos, sobretudo os do ensino fundamental, da minha mãe e eu tinha com eles uma relação pessoal bastante próxima. Nunca os vi como heróis, mas como batalhadores pela profissão.
Ser professor é, para mim, uma sorte. Estar em sala de aula é divertido. Quase sempre, pelo menos. Embates, como o de hoje, fazem parte tb do nosso dia a dia. E se não nos atentarmos para esses percalços, pode até surgir uma desânimo. Dias melhores virão. Conto com isso.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pontualidade (texto)

Sou muito pontual (e se não acreditam, podem perguntar aos meus amigos, alunos, colegas de trabalho etc.), não gosto de deixar que me esperem. Em contrapartida, odeio esperar cinco minutos.
É claro que, com o passar dos anos, fui ficando menos irritado com o atraso dos outros (quase todo mundo se atrasa ... né?). De qualquer forma, fico incomodado com a falta de compromisso com o tempo alheio (alheio = a meu tempo).
Eu sempre tenho, lá na universidade, mil duzentas e cinquenta e três coisas e meia para fazer durante o dia e se um indivíduo se atrasa por meia hora (se é que meia hora pode ser considerado um atraso) os compromissos, num efeito dominó, acabam ficando por fazer.
Hoje foi um dia desses. Marquei com um professor às 13h30 para uma revisão e ele chegou às 15h (eu queria lhe cortar uma das mãos, mas seria acusado de extremista). Às 16, tinha uma reunião importante e não consegui chegar em virtuude desse sujeito.
Tentamos remarcar a reunião para uma outra data e não foi possível tb por conta do compromissos dos outros. Ou seja, perdi a oportunidade de participar de decisões importantes por conta do descompromisso de alguém.
Por que somos tão discplicentes com o horário? Por que quase ninguém é pontual? Por que ser pontual é = a ser chato? Por que não nos colocamos no lugar do outro quando se trata de marcar um horário e não o cumprir? Por que o brasileiro se atrasa tanto? Por que, por que, por que?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Frio (pergunta)

Como é que alguém pode se sentir bem num clima desses?

Quando o amor acontece (texto)

Fazia muito tempo que eu não me interessava por ninguém. Interesse pessoal, quero dizer, porque interesse profissional sempre acontece. É claro que os interesses profissionais tb têm a ver com o pessoal,  mas não é sobre isso que estou escrevendo. Entendeu ou quer que eu desenhe?!
Continuando,  meu coração andava mesmo vazio, sem se animar por nada e nem por ninguém. Na verdade, interesse houve sim, mas não reciprocidade. E aí os dias iam passando e eu ia preenchendo esse vazio com os amigos, o trabalho, os livros, o blog, com a linguística (não necessariamente nesta ordem), enfim, com coisas que nem de longe substituem (de verdade) uma boa companhia.
Ah, não sou do tipo que acha que é impossível ser feliz sozinho (é sim!). Mas estou falando de companhia, pessoas.
E aí, quando menos a gente espera, surge um luzinha que faz os olhos brilharem e o coração bater mais forte, num ritmo quase esquecido. Não estou dizendo que há reciprocidade, que finalmente me encontro enamorado ou coisa parecida. Não, ainda não é isso, mas quem sabe?

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...