quarta-feira, 24 de novembro de 2010

De um verde impressionante (texto)

Como eu disse, estou em Natal, RN. Ontem fiz um tour pela cidade com um amigo. Natal é uma cidade linda! O Centro é muito parecido com Santa Teresa, bairro do Rio. Além de belas construções (as semelhanças acabam aqui), as ruas são amplas, limpas, as praias são de um verde impressionante. E é claro que isso não é tudo. Estou sendo muito bem tratado por aqui, já fiz amigos. E faria muito mais se estivesse, por exemplo, uns 3 anos na cidade (rs).
Tem alguma coisa no tempero ou no leite que os nordestinos tomam para que eles sejam tão agradáveis, educados, bem-humorados. Há uma simplicidade no trato que chama atenção de qualquer sulista (tô me considerendo um). É claro que quero morar em Natal! É o meu termômetro. Se quero morar na cidade é porque gostei muito dela. Este ano teria me mudado para BH, Florianópolis, Maringá, pelo menos.
A cidade é enorme. O céu sempre azul. Dizem que são 300 dias de sol no ano. Não duvido. O calor não é aquele insuportável do Rio de Janeiro. Venta o dia inteiro. Não vi nada parecido com Natal em outra cidade do Nordeste (Ne). Salvador, por exemplo, é uma metrópolis, aqui é mais rústico ainda que tb seja uma capital.
O trânsito não é caótico. Hoje fui à universidade de moto (aluguei uma). Quase não consigo voltar a Ponta Negra. Meu GPS nunca funciona, por outro lado aprendi que quem tem boca vai à lona.
Agora estou no terraço da pousado, de frente pro mar. É uma imensidão verde (agora quase escuro). Anoitece cedo por aqui. Amanhece tb cedo.
Bom demais poder estar por aqui e aproveitar a viagem.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Agridem e voltam pra casa como se nada tivessem feito (texto)

Cada vez que vejo novas imagens das agressões ocorridas em SP mais fico revoltado com todos esses fatos. Me pergunto como pode tanta covardia, como é que esses animais agressores (desculpe-me a ofensa aos irracionais que não tem nada com isso, mas é a palavra que encontro para tentar expressar a minha indignação) conseguem fazer isso, voltar pra casa, dormir, continuar a vida como se nada tivesse acontecido?
Não consigo entender definitivamente como nem os pais, nem alguma escola, nem ninguém tenha conseguido dar educação para esses criminosos. Como é que essa gente está solta pelas ruas de SP sem que nada seja feito. São bandidos e estão sendo protegidos pelo silêncio e pela (in)justiça brasileira.
Não se pode caminhar pela Avenida Paulista (ou em qualquer avenida do país) sem achar que se corre perigo (de vida). É vergonhoso como construímos adolescente dessa natureza!
Isso tb é o resultado do que se diz por aí sobre os homossexuais: igreja, ciência, medicina tem parcela de culpa nessas agressões. Já passa da hora da homofobia ser considerada crime passível de penalização. A Lei não acaba com o preconceito, mas pode fazer com que ocorrências como essas diminuam.

Já é Natal (texto)

Fazia tempo que eu não chegava em uma cidade pela primeira vez e era recebido por amigos. Na verdade, fazia tempo que amigos não me esperavam em aeroporto, rodoviária ou afins. Afins então, nem se fale (risos).  Um grande amigo, da época de M. Cândido Rondon estava me aguardando. Ainda bem que lugares e amigos são marcas de nossas passagens por aqui.
Pois estou em Natal, RN. Cheguei por aqui às 14h30 (mais ou menos), depois de uma viagem de 8h de avião. Sabe aquele voa um pouquinho, descansa um pouquinho, voa outro pouquinho e por aí vai? Dormi em Foz do Iguaçu e levantei às 4h30, meu voo era às 6h. E como fiquei preocupado com a hora, dormi bem mal.
O que a gente não faz por um congresso!? Estou inscrito na ABEH, Associação Brasileira de Estudos da Homocultura, por sugestão de um amigo. E apresento o resultado de uma pesquisa na quinta-feira.
Estou em Ponta Negra, uma praia linda, mas cansado da viagem (depois do almoço dormi quase até agora) ainda não a aproveitei. Amanhã será outro dia!
Ah, detalhe, aqui não tem o famigerado horário de verão. O que quer dizer que cheguei às 14h30 (no horário local), a viagem, portanto, durou 9h.
Como você leitor pode perceber, estou meio tonto ainda e estou achando que este pequeno texto não faz nenhum sentido. Mas só amanhã eu para para reescrevê-lo. Por enquanto ficam essas pequenas impressões.


domingo, 21 de novembro de 2010

A cultura da irresponsabilidade, Freud explica (texto)

É claro que toda unanimidade é burra. Toda generalização absurda. E pior ainda quando se coloca todo mundo no mesmo saco! Mas sejamos razoáveis, a cultura do estudante aqui no país quase beira a irresponsabilidade. 
Acho que, é claro que isso é apenas uma impressão (tudo bem que dura quase 25 anos), estudar e os compromissos escolares são quase sempre deixados para depois. São assuntos de segunda ordem.
Difícil encontrar um aluno que chegue na hora da aula, mais difícil ainda aquele que leu o texto para se preparar para a discussão em sala, quase impossível esbarrar com aquele que além de ler o texto praparou alguma questão para fazer quando da sua discussão.
O segundo dia de vestibular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), neste domingo (21), teve 40.041 abstenções. Segundo o reitor da universidade, Aloísio Teixeira, no total, 51.972 mil pessoas realizaram a prova em 12 municípios do Rio. Foram 92.013 inscritos. As provas foram aplicadas em 76 locais.
Ainda de acordo com o reitor, o gabarito será divulgado ainda neste domingo. As notas serão conhecidas no dia 21 de dezembro, o pedido de revisão será em 5 de janeiro e o resultado final sairá no dia 14 do mesmo mês.
“A segunda prova da UFRJ ocorreu sem problemas. Tivemos 7.000 faltosos a mais do que no primeiro dia (15 de novembro), mas a abstenção estava dentro do previsto”, afirmou o reitor. No primeiro dia, foram 32.812 abstenções.
O mais interessante são os motivos alegados para justificar o atraso: "o despertador não tocou"; "moro longe"; "a minha mãe não me acordou"; "o ponto de ônibus fica longe da minha casa"; "não sabia ao certo o local da prova"; "me informaram que eu faria a prova num colégio, mas a informação estava errada" etc. (melhor parar por aqui).
Não li uma justificativa de atraso que o próprio candidato se responsabilizasse pela desisformação, atraso ou coisa parecida ("coisa parecida", então, nem se fale). Toda a (ir)responsabilidade é de alguém que não do próprio. Toda a culpa (e sempre existe um culpado) está fora da minha alçada. Ou seja, criamos monstros que não sabem sequer assumir que estar no horário e local determinado não é tarefa de pais, tios, avós, vizinhos, motoristas etc & tal.
Se eu moro longe, eu tenho que acordar mais cedo para chegar na hora. Preciso conhecer o trajeto antes para saber exatamente como fazer. Tenho que ter certeza do local e sala aonde farei a prova e por aí vai. 
Tem um horário definido no edital de qualquer concurso para que os portões sejam fechados. Não posso arriscar.
Por que é tão complicado assim cumprir com os compromissos, sobretudo com aqueles que de alguma forma definem um pouco a minha vida? Sigmund Freud diria que é uma escolha.

sábado, 20 de novembro de 2010

Caçador de andróides - Blade Runner (filme)

Blade Runner é um filme de 1982. Assisti no cinema e saí impressionado com  seu o argumento. Nunca mais havia parado para revê-lo. Hoje, sei lá por qual motivo, comprei o filme e não resisti. 
O gênero é ficção científica, realizado por Ridley Scott, e se passa em uma futurística, chuvosa e escura Los Angeles de 2019.  
O filme descreve um futuro em que a humanidade inicia a colonização espacial, para tanto cria seres geneticamente alterados - replicantes - utilizados em tarefas pesadas, perigosas ou degradantes nas novas colônias. Fabricados pela Tyrell Corporation como sendo "mais humanos que os humanos", os modelos Nexus-6 são fisicamente idênticos aos humanos, mas são mais fortes e ágeis. Devido a problemas de instabilidade emocional e reduzida empatia, os replicantes são sujeitos a um desenvolvimento agressivo, pelo que o seu período de vida é limitado a quatro anos.
Após um motim, a presença dos replicantes na Terra é proibida, sendo criada uma força policial especial - blade runners — para os caçar e "retirar" (matar). O filme relata como um ex-blade runner - Deckard -  volta à ativa para caçar um grupo de replicantes que se rebelou e veio para a Terra à procura do seu criador, para tentar aumentar o seu período de vida e escapar da morte que se aproxima.
Ao visitar Tyrell, o criador dos replicantes, Deckard conhece sua jovem assistente Rachael, que ignora o fato de que também ela é uma replicante. Rachael tem todas as memórias de uma sobrinha de Tyrell, e apoiada em suas memórias não consegue acreditar que é uma replicante. A cena em que ela é submetida a um teste Voight-Kampff e se convence desse fato é uma das mais comoventes do filme, e levanta questões filosóficas importantes. O policial Deckard se sente atraído por Rachael, sua fragilidade e sensibilidade,  a ponto de se envolver com ela. 
Elenco:
  • Harrison Ford.... Deckard/narrador
  • Rutger Hauer.... Roy Batty
  • Sean Young.... Rachael
  • Edward James Olmos.... Gaff
  • M. Emmet Walsh.... Capitão Bryant
  • Daryl Hannah.... Pris
  • William Sanderson.... J.F. Sebastian
  • Brion James.... Leon
  • Joe Turkell.... Tyrell
  • Joanna Cassidy.... Zhora
  • James Hong.... Hannibal Crew
  • Morgan Paull.... Holden

Desestigma - Edu Krieger (música)

nem tudo que se publica é fato
nem todo galã das oito é rico
nem todo camisa 10 é zico
nem todo cantor de rock é chato
nem todo baiano curte festa
nem todo forró vem do nordeste
nem todo malandro é cafajeste
nem toda riqueza é desonesta
nem todo delito é castigado
nem toda promessa é mentirosa
nem toda roseira é cor de rosa
nem todo carinho é delicado
nem todo patrão é arrogante
nem todo empregado é submisso
nem todo padrinho é padre ciço
nem todo alfaiate é elegante
nem toda modelo diz asneira
nem todo guru tem a resposta
nem toda jogada tem aposta
nem toda tristeza é passageira
nem todo maluco é sem juízo
nem todo grã-fino tem fineza
nem toda pintura tem beleza
nem toda beleza é paraíso
nem todo playboy é maconheiro
nem toda maconha dá larica
nem todo tesão que bate fica
nem todo mendigo quer dinheiro
nem toda mulher tem tpm
nem todo pm quer suborno
nem tudo que é frio já foi morno
nem todo animal que goza geme

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Saudades

Nem sempre se resolve a saudade com uma ligação.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...