Período pós-vestibular não é dos melhores para muitos lados. Mais trabalho a cada 5min. Pelo menos agora encaro como parte do trabalho. Eles chegam e eles vão.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Cláudia Wonder (texto)
A primeira vez que ouvi falar de Cláudia Wonder foi em 1986 numa coluna do escritor Caio Fernando Abreu no Estadão. Ele publicou em sua coluna no jornal o artigo “Meu amigo Claudia”, no qual rendeu uma afetuosa homenagem àquela que no palco e na vida era bem assim: uma maravilha, um espanto.
Depois dessa coluna, sempre ouvi histórias sobre a Cláudia. Ela era irreverente acima de qualquer coisa. Não era óbvia, a começar pela escolha do nome. Ela era Marco Antonio Abrão, mas virou Wonder.
Se esperavam dela o amor pelos musicais à Judy Garland, ela apresentava Lou Reed com sua banda Jardins das Delícias. Se a queriam fazendo lipsinck na boate, ela preferia integrar a trupe do lendário diretor de teatro Zé Celso na peça O Homem e o Cavalo. Se a queriam alienada e fútil, ela se mostrava politizada, a favor da democracia no fim da ditatura e ativista dos direitos civis para gays, lésbicas e trans.
Claudia começou sua carreira artística fazendo shows em boates e no teatro. Com participação em mais de dez montagens (algumas delas com o Teatro Oficina), 13 filmes – entre eles, Carandiru – um álbum solo FunkyDiscoFashion (2007), gravado com Edson Cordeiro, além do livro Olhares de Claudia Wonder – Crônicas e Outras Histórias (2008).
Marcou época no lendário clube paulistano Madame Satã, e toda sua irreverência ficou conhecida na noite underground paulistana da década de 80. Entre as concorridas performances apresentadas no “Satã”, não há como esquecer o banho de Claudia, numa banheira de groselha, de onde “espirravam” atitudes e protestos. Tanta ousadia conquistou não só Caio F., como Cazuza, Zé Celso e tantos outros amigos – famosos e não famosos – que se tornaram fãs da artista. “Ela tinha uma voz tênue, rouca, uma roqueira quase sem voz. Mas ela tem a voz e a voz da alma dela é fortíssima”, disse o diretor Zé Celso no documentário de Dácio Pinheiro.
Claudia deixa não só uma herança cultural formidável, mas, sobretudo exemplo de dignidade como bem registrou Caio Fernando Abreu. E esse tipo de herança não se perde. “Esbarraremos” com Claudia pelas esquinas de São Paulo – e em tantas outras por aí – cada vez que a arte prevalecer e a intolerância sucumbir. Disse Zé Celso: “Claudia Wonder não foi, Claudia Wonder é a história dessa cidade ainda”. Divas não morrem.
Amanhã é segunda-feira. Não acredito! (texto)
Cheguei no sábado às 12h45 em Foz do Iguaçu. Podre, depois de 8h de viagem e nada de sono. Meu voo saiu às 3h10 de Natal. Uma parada estratégica no Rio para uma conexão.
Assim que cheguei em casa, depois de um banho e nada de poder dormir, fui à universidade. Detalhe, minha última refeição foi o jantar de sábado.
Preparamos o campus para o vestibular. Trabalhamos até às 18h. Dormi até às 5h de domingo e voltei para o batente. Trabalhamos até às 14h. Pedi comida, finalmente, e desmaiei. Ainda estou cansado, as pernas doem.
E sem acreditar me lembro que amanhã é segunda e tudo recomeça sem trégua.
De qualquer forma, ainda que eu esteja cansado, a viagem foi muito boa. A-do-rei Natal. Gostei demais da comida. Das pessoas e do congresso.
A ABEH vai crescer muito, principalmente se depender da sua coordenação e dos associados. Há muito o que se pensar, escrever, publicar, discutir. O próximo encontro será em Salvador em dois anos. Estarei por lá, espero!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
De um verde impressionante (texto)
Como eu disse, estou em Natal, RN. Ontem fiz um tour pela cidade com um amigo. Natal é uma cidade linda! O Centro é muito parecido com Santa Teresa, bairro do Rio. Além de belas construções (as semelhanças acabam aqui), as ruas são amplas, limpas, as praias são de um verde impressionante. E é claro que isso não é tudo. Estou sendo muito bem tratado por aqui, já fiz amigos. E faria muito mais se estivesse, por exemplo, uns 3 anos na cidade (rs).
Tem alguma coisa no tempero ou no leite que os nordestinos tomam para que eles sejam tão agradáveis, educados, bem-humorados. Há uma simplicidade no trato que chama atenção de qualquer sulista (tô me considerendo um). É claro que quero morar em Natal! É o meu termômetro. Se quero morar na cidade é porque gostei muito dela. Este ano teria me mudado para BH, Florianópolis, Maringá, pelo menos.
A cidade é enorme. O céu sempre azul. Dizem que são 300 dias de sol no ano. Não duvido. O calor não é aquele insuportável do Rio de Janeiro. Venta o dia inteiro. Não vi nada parecido com Natal em outra cidade do Nordeste (Ne). Salvador, por exemplo, é uma metrópolis, aqui é mais rústico ainda que tb seja uma capital.
O trânsito não é caótico. Hoje fui à universidade de moto (aluguei uma). Quase não consigo voltar a Ponta Negra. Meu GPS nunca funciona, por outro lado aprendi que quem tem boca vai à lona.
Agora estou no terraço da pousado, de frente pro mar. É uma imensidão verde (agora quase escuro). Anoitece cedo por aqui. Amanhece tb cedo.
Bom demais poder estar por aqui e aproveitar a viagem.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Agridem e voltam pra casa como se nada tivessem feito (texto)
Cada vez que vejo novas imagens das agressões ocorridas em SP mais fico revoltado com todos esses fatos. Me pergunto como pode tanta covardia, como é que esses animais agressores (desculpe-me a ofensa aos irracionais que não tem nada com isso, mas é a palavra que encontro para tentar expressar a minha indignação) conseguem fazer isso, voltar pra casa, dormir, continuar a vida como se nada tivesse acontecido?
Não consigo entender definitivamente como nem os pais, nem alguma escola, nem ninguém tenha conseguido dar educação para esses criminosos. Como é que essa gente está solta pelas ruas de SP sem que nada seja feito. São bandidos e estão sendo protegidos pelo silêncio e pela (in)justiça brasileira.
Não se pode caminhar pela Avenida Paulista (ou em qualquer avenida do país) sem achar que se corre perigo (de vida). É vergonhoso como construímos adolescente dessa natureza!
Isso tb é o resultado do que se diz por aí sobre os homossexuais: igreja, ciência, medicina tem parcela de culpa nessas agressões. Já passa da hora da homofobia ser considerada crime passível de penalização. A Lei não acaba com o preconceito, mas pode fazer com que ocorrências como essas diminuam.
Já é Natal (texto)
Fazia tempo que eu não chegava em uma cidade pela primeira vez e era recebido por amigos. Na verdade, fazia tempo que amigos não me esperavam em aeroporto, rodoviária ou afins. Afins então, nem se fale (risos). Um grande amigo, da época de M. Cândido Rondon estava me aguardando. Ainda bem que lugares e amigos são marcas de nossas passagens por aqui.
Pois estou em Natal, RN. Cheguei por aqui às 14h30 (mais ou menos), depois de uma viagem de 8h de avião. Sabe aquele voa um pouquinho, descansa um pouquinho, voa outro pouquinho e por aí vai? Dormi em Foz do Iguaçu e levantei às 4h30, meu voo era às 6h. E como fiquei preocupado com a hora, dormi bem mal.
O que a gente não faz por um congresso!? Estou inscrito na ABEH, Associação Brasileira de Estudos da Homocultura, por sugestão de um amigo. E apresento o resultado de uma pesquisa na quinta-feira.
Estou em Ponta Negra, uma praia linda, mas cansado da viagem (depois do almoço dormi quase até agora) ainda não a aproveitei. Amanhã será outro dia!
Ah, detalhe, aqui não tem o famigerado horário de verão. O que quer dizer que cheguei às 14h30 (no horário local), a viagem, portanto, durou 9h.
Como você leitor pode perceber, estou meio tonto ainda e estou achando que este pequeno texto não faz nenhum sentido. Mas só amanhã eu para para reescrevê-lo. Por enquanto ficam essas pequenas impressões.
domingo, 21 de novembro de 2010
A cultura da irresponsabilidade, Freud explica (texto)
É claro que toda unanimidade é burra. Toda generalização absurda. E pior ainda quando se coloca todo mundo no mesmo saco! Mas sejamos razoáveis, a cultura do estudante aqui no país quase beira a irresponsabilidade.
Acho que, é claro que isso é apenas uma impressão (tudo bem que dura quase 25 anos), estudar e os compromissos escolares são quase sempre deixados para depois. São assuntos de segunda ordem.
Difícil encontrar um aluno que chegue na hora da aula, mais difícil ainda aquele que leu o texto para se preparar para a discussão em sala, quase impossível esbarrar com aquele que além de ler o texto praparou alguma questão para fazer quando da sua discussão.
O segundo dia de vestibular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), neste domingo (21), teve 40.041 abstenções. Segundo o reitor da universidade, Aloísio Teixeira, no total, 51.972 mil pessoas realizaram a prova em 12 municípios do Rio. Foram 92.013 inscritos. As provas foram aplicadas em 76 locais.
Ainda de acordo com o reitor, o gabarito será divulgado ainda neste domingo. As notas serão conhecidas no dia 21 de dezembro, o pedido de revisão será em 5 de janeiro e o resultado final sairá no dia 14 do mesmo mês.
“A segunda prova da UFRJ ocorreu sem problemas. Tivemos 7.000 faltosos a mais do que no primeiro dia (15 de novembro), mas a abstenção estava dentro do previsto”, afirmou o reitor. No primeiro dia, foram 32.812 abstenções.
O mais interessante são os motivos alegados para justificar o atraso: "o despertador não tocou"; "moro longe"; "a minha mãe não me acordou"; "o ponto de ônibus fica longe da minha casa"; "não sabia ao certo o local da prova"; "me informaram que eu faria a prova num colégio, mas a informação estava errada" etc. (melhor parar por aqui).
Não li uma justificativa de atraso que o próprio candidato se responsabilizasse pela desisformação, atraso ou coisa parecida ("coisa parecida", então, nem se fale). Toda a (ir)responsabilidade é de alguém que não do próprio. Toda a culpa (e sempre existe um culpado) está fora da minha alçada. Ou seja, criamos monstros que não sabem sequer assumir que estar no horário e local determinado não é tarefa de pais, tios, avós, vizinhos, motoristas etc & tal.
Se eu moro longe, eu tenho que acordar mais cedo para chegar na hora. Preciso conhecer o trajeto antes para saber exatamente como fazer. Tenho que ter certeza do local e sala aonde farei a prova e por aí vai.
Tem um horário definido no edital de qualquer concurso para que os portões sejam fechados. Não posso arriscar.
Por que é tão complicado assim cumprir com os compromissos, sobretudo com aqueles que de alguma forma definem um pouco a minha vida? Sigmund Freud diria que é uma escolha.
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