quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Top 100

Depois de uma passadinha pelo blog Ele não, Ela sim, da Ana Carolina e do João e de ler o texto sobre a trilha sonoro de nossas vidas (Top five), fiquei aqui pensando que músicas seriam as escolhidas para compor essa tal trilha sonora. 
Diferentemente do casal, eu não conseguiria escolher apenas as cinco mais. De jeito nenhum. Talvez porque eu tenha mais do que o dobro da idade de cada um deles, ou ainda por não saber viver sem música. Se estou em casa, no trabalho, de férias, no banho, tem sempre uma musiquinha me acompanhando. Em casa, na infância e adolescência, minha mãe ouvia música e cantava o tempo todo. E é claro que isso me influenciou.
Tenho quase certeza de que não consiguiria fechar nunca essa seleção, mas posso até arriscar um top 100.
Aqui não há uma hierarquia, mas uma seleção de acordo com o  que a memória vai fornecendo. Ah, essa seleção é de uma música e de um intérprete:
1. True - Spandau Ballet
2. Fullgás - Marina Lima
3. It Doesn´t Really Matter - George Michael
4. Deixa o verão - Los Hermanos
5. Tão Bem - Lulu Santos
6. Certas Coisas - Lulu Santos
7. Um certo alguém - Lulu Santos
8. Álibi - Maria Bethania
9. Esse Cara - Maria Bethania
10.  A História de Lilly Braun - Gal Costa
11.  Casa pré-fabricada - Maria Rita
12. Desta vida, desta arte - Marina Lima
13. Este Ano - Marina Lima
14. Essas coisas que eu mal sei - Marina Lima
15. Grávida - Marina Lima
16. Acontecimentos - Marina Lima
17. O meu sim - Marina Lima
18. Não sei dançar - Marina Lima
19.  Virgem - Marina Lima
20. Charme do mundo - Marina Lima
21. It´s Not Enough - Marina Lima
22.  Deixa Estar - Marina Lima
23. Para um amor no Recife - Paulinho da Viola
24.  No escuro - Marina Lima
25. Carinhoso - Marisa Monte e Paulinho da Viola
26. Diariamente - Marisa Monte
27. Morro velho - Elis Regina
28. Atrás da Porta - Elis Regina
29. Alô, Alô, taí Carmem Miranda - Elis Regina
30. Estrela, Estrela - Gal Costa
31. Nem pensar - Kleiton e Kledir
32. Gente humilde - Ângela Maria
33. Anos dourados - Maria Bethania
34. Todo sentimento - Elizeth Cardoso
35. Faxineira das canções - Elizeth Cardoso
36. Doce de coco - Elizeth Cardoso
37. Violão - Elizeth Cardoso
38. Saudades dos aviões da Panair - Elis Regina
39. Joana Francesa - Ângela Ro Ro
40. Só nos resta viver - Ângela Ro Ro
41. Mora na filosofia - Mônica Salmaso
42. Canto de Ossanha - Elis Regina
43. Estopim - Ná Ozzetti
44. O Samba e o Tango - Carmem Miranda
45. Mil perdões - Ney Matogrosso
46. A banda - Nara Leão
47. Brasil Pandeiro - Novos baianos
48. Acabou chorare - Novos baianos
49. Sem você - Paula Morelenbaum
50. Lança Perfume - Rita Lee
51. Baila Comigo - Rita Lee
52. Shangrilla - Rita Lee
53. Caso Sério - Rita Lee
54. Além do Horizonte - Nara Leão
55. As curvas da Estrada de Santos - Elis Regina
56. Detalhes - Roberto Carlos
57. Por isso eu corro demais - Roberto Carlos
58. The Englishman In New York - Sting
59. Roxanne - Sting
60. Say It Isn´t So - Billie Holiday
61. Reconte-Moi - Stacey Kent
62.  I Still Haven´t Found What I´m Looking For - U2
63. Me deixa em Paz - Alaíde Costa
64. Tendo a lua - Paralamas do Sucesso
65. Esse brilho em seu olhar - Léo Jaime
66. Preciso dizer que eu te amo - Marina Lima
67. Outono - Djavan
68. Sete mil vezes - Caetano
69. Tola foi você - Ângela Ro Ro
70. Love is stronger than pride - Sade Adu
71. O segundo sol - Cássia Eller
72. Luz dos olhos - Cássia Eller
73. Relicário - Cássia Eller
74. Paladar - Fátima Guedes
75. Condenados - Fátima Guedes
76. Tanto que aprendi de amor - Fátima Guedes
77. Desacostumei de carinho - Fátima Guedes
78. Poema - Ney Matogrosso
79. Smoken Gets in Your Eyes - The Platters
80. Cry me a river - Ella Fitzgerald
81. Blue Skies - Wilie Nelson
82. Aracaju - Vinícius Cantuária
83. Na baixa do Sapateiro - Caetano
84. Saigon - Emílio Santiago
85. Dias de Lua - Emílio Santiago
86. Perfume Siamês - Emílio Santiago
87. Lembra de mim - Ivan Lins
88. Peter Gast - Vânia Bastos
89. Louco por você - Vânia Bastos
90. Vai saber - Marisa Monte
91. Beija eu - Marisa Monte
92. Vambora - Adriana Calcanhotto
93. Metade - Adriana Calcanhotto
94. Inverno - Adriana Calcanhotto
95. Monsieur Binot - Joyce
96. Essa Mulher - Elis Regina
97. Bolero de Satã - Elis Regina e Cauby Peixoto
98. Canção da América - Elis Regina
99. Redescobri - Elis Regina
100. Feminina - Joyce

Bonus track
1. Aprendendo a joga - Elis Regina
2. O trem azul - Elis Regina
3. Um girassol da cor do seu cabelo - Diana Pequeno
4. Se eu quiser falar com Deus - Elis Regina
5. O bêbado e a equilibrista - Elis Regina
6. Eu hein Rosa - Elis Regina
7. As aparências enganam -Elis Regina
8. Basta Um dia - Clara Nunes
9. Camarim - Elizeth Cardoso
10. Refém da solidão - Elizeth Cardoso
11. Prá rua me levar - Ana Carolina 
12. Meu vício é você - Alcione

E a lista não ia terminar nunca mais. As cem foram com muita tranquilidade. E nem consultei os meus CD´s. Vou acrescentar no bonus mais algumas depois de uma rápida consulta.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ítaca - Constantino Kavafis (poesia)

Postei aqui neste blog no dia 3 de janeiro de 2010 o poema Ítaca do poeta Constantino Kavafis. E apesar de considerá-lo, o poema, incrível ele ficou nesse recente passado.
No entanto, recebi ontem um comentário, em forma de poema, de alguém que deu uma passadinha por aqui e aí recuperou essa memória que nunca eu deveria ter esquesido. Aí vai, outra vez, Ítaca

Se partires um dia rumo à Ítaca
Faz votos de que o caminho seja longo
repleto de aventuras, repleto de saber.
Nem lestrigões, nem ciclopes,
nem o colérico Posidon te intimidem!
Eles no teu caminho jamais encontrarás
Se altivo for teu pensamento
Se sutil emoção o teu corpo e o teu espírito tocar
Nem lestrigões, nem ciclopes
Nem o bravio Posidon hás de ver
Se tu mesmo não os levares dentro da alma
Se tua alma não os puser dentro de ti.
Faz votos de que o caminho seja longo.
Numerosas serão as manhãs de verão
Nas quais com que prazer, com que alegria
Tu hás de entrar pela primeira vez um porto
Para correr as lojas dos fenícios
e belas mercadorias adquirir.
Madrepérolas, corais, âmbares, ébanos
E perfumes sensuais de toda espécie
Quanto houver de aromas deleitosos.
A muitas cidades do Egito peregrinas
Para aprender, para aprender dos doutos.
Tem todo o tempo Ítaca na mente.
Estás predestinado a ali chegar.
Mas, não apresses a viagem nunca.
Melhor muitos anos levares de jornada
E fundeares na ilha velho enfim.
Rico de quanto ganhaste no caminho
Sem esperar riquezas que Ítaca te desse.
Uma bela viagem deu-te Ítaca.
Sem ela não te ponhas a caminho.
Mais do que isso não lhe cumpre dar-te.
Ítaca não te iludiu
Se a achas pobre.
Tu te tornaste sábio, um homem de experiência.
E, agora, sabes o que significam Ítacas.

Constantino Kabvafis (1863-1933)
in: O Quarteto de Alexandria - trad. José Paulo Paz.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Da Série Contos Mínimos

Ficava ali parada sem reconhecer ninguém. Calada num mundo que era feito, sobretudo, de silêncio.

Biutiful e o que a gente tem com tudo isso?

Uma amiga postou no Facebook um pequeno comentário sobre o filme Biltiful de Alejandro González Iñárritu (o mesmo diretor de Babel, Amores brutos), segundo ela, o filme era um chute no estômago.
Eu me prometi não fazer mais nenhum comentário sobre filmes, porque, como eu já disse e digo sempre quando não cumpro a promessa, tem sites especializados aos montes para isso aqui na net.
Biltiful não é só um chute bem dado no boca do estômago (como ela escreveu), é muito mais do que isso (apesar de que uma pancada bem dada nessa região nos deixa mesmo sem ar, com muita dor, mas passa). Biutiful é uma dor que não passa, porque somos golpeados durante 147 min, sem dó.
Saímos do cinema (Sil, Nanci e eu) meio atordoados e, claro em uníssono, pensando em como essa nossa vidinha classe média-burguesinha-consumista é fútil. 
Não que não soubéssemos disso: preocupação com o número de fios do lençol de algodão egípcio ou a viagenzinha à Europa nas férias de final de ano.
O filme não trata da futilidade das nossas vidas, por outro lado, mostra o quanto é insuportável (o adjetivo ainda não é esse) a vida de muitas outras pessoas enquanto outras tantas não estão nem aí. Não se dão conta, na melhor das hipóteses.
Javier Bardem incrível, mas Blanca Portillo deu um show de interpretação. Não deixou nada a desejar em se tratando de atuação. Interpretações cruas, no melhor dos sentidos.
Vale à pena rever o filme e quando os cinemas aqui em Cascavel deixarem de passar apenas o mesmo, o já visto, corro para uma das salas.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A cura do envelhecimento (texto)

Acabei de passar por um banca de revistas e de ler essa texto da capa, aí ao lado, da Revista Galileu
Fiquei pensando aqui com os meus botões*: desde quando envelhecimento é uma doença que precisa ser curada? 
Quando eu era criança a velhice ainda não era uma doença. Não se falava em vida eterna (digo, com a conotação de beleza for ever) e nem mesmo em ser jovem aos 60 e poucos anos.
Não havia, pelo menos que eu me lembre, essa ditadura da juventude. A minha avó já era uma senhora com comportamento, vida e pele de uma senhora, sem que isso fosse infelicidade, desgraça, coisa ruim.
Todo mundo precisa estar inteiro, não por saúde, mas porque é necessário, porque o mercado exige, porque a gente se exige e sofre quando não consegue, e não se consegue, naturalmente, atingir o padrão de beleza e juventude estampados em todas os lugares. 
Basta ser jovem para ser feliz! Compramos essa ideia e acho que é tarde para envelhecer, naturalmente.

*pensar com os botões não é nada jovem.

Da Série Contos Mínimos

Como um velho disco de vinil arranhado, pulando sempre na mesma faixa e na mesma frase: repetindo, repetindo, repetindo.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...