Era tanta baixa estima que mesmo bêbado não ficava alto.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
domingo, 3 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
A bíblia como o único parâmetro para explicar o mundo (texto)
Nada contra quem carrega a bíblia embaixo dos braços e a cada fala cita um provébio, salmo ou alguma passagem para justificar os comportamentos humanos.
Nada contra quem acha que tudo é possessão. Uma dor de cabeça é um demônio que habita o corpo.
Nada contra quem acha que a miséria é uma provação. Que o sofrimento é o desejo de Deus.
Nada contra nenhuma religião. Nada contra pastores, padres, pastoras, papas, pais e mães de santo, entidades, santos, espíritos desencarnados, profetas.
Nada contra quem acha que tudo é possessão. Uma dor de cabeça é um demônio que habita o corpo.
Nada contra quem acha que a miséria é uma provação. Que o sofrimento é o desejo de Deus.
Nada contra nenhuma religião. Nada contra pastores, padres, pastoras, papas, pais e mães de santo, entidades, santos, espíritos desencarnados, profetas.
Enfim, tenho por princípio: cada um é o que pode e o que se pode diz respeito apenas a cada um. Eu sou o que eu posso, não o que eu quero ser.
A partir disso, não posso admitir que se use um livro, seja ele qual for, como parâmetro único para explicar, justificar, impelir comportamentos.
Tô cansado, muito mesmo, de responder provocações que giram em torno da normalidade heterossexual em detrimento da anormalidade homossexual. Isso não me diz mais nada. Não tenho tempo para isso, meu trabalho me consome de tal forma que tenho selecionado, com muito critério, o que ler. Antes, quando da graduação, eu lia tudo, tudo me interessava.
Continuo me interessando por muitas coisas, mas cada vez menos por pessoas que se interessam apenas por verdade absoluta, única, de uma só mão.
O site da ABGLT foi invadido nesta madrugada, dia 02, por ráqueres que por lá postaram textos. Um deles um enunciado sobre Bolsonaro (o tal deputado sexista, racista, homofóbico, burro) para a presidência da república. O que sozinho já seria o suficiente para me calar.
Não se pode esperar de um presidente comportamentos que desrespeitem a Constituição, por exemplo. Todos somos iguais perante a Lei e isso significa que Todos, sem exceção, temos os mesmos direitos. Ou teremos cidadãos de segunda classe. Não sou de classe alguma.
Como se pode esperar de um presidente declarações racistas, preconceituosas, homofóbicas, ou coisas parecidas?
Não se pode esperar de um presidente comportamentos que desrespeitem a Constituição, por exemplo. Todos somos iguais perante a Lei e isso significa que Todos, sem exceção, temos os mesmos direitos. Ou teremos cidadãos de segunda classe. Não sou de classe alguma.
Como se pode esperar de um presidente declarações racistas, preconceituosas, homofóbicas, ou coisas parecidas?
O outro, um texto com base numa leitura bíblica de inteligência tão duvidosa que tb não merece comentário. Nenhum. Deus criou o homem e a mulher. Deus criou o sexo para procriação. Deus criou a boca para o beijo? Sexo anal só acontece entre dois homens? Todo sexo tem por objetivo se multiplicar? Cansei. Por que não: Nada acontece sem que seja vontade dEle?
Não sei muita coisa, ou melhor, sei quase nada, mas tenho a certeza apenas de que estamos perdendo o nosso tempo com brigas sem propósito, que não nos levam a lugar nenhum, mas que produzem sofrimento.
Estranho, eu acho, falar em nome de deus para produzir sofrimento, separação, desigualdades, ódio, diferenças. Mais estranho ainda se achar no lugar de poder falar em nome dele. Mas como disse há algumas linhas, cada um acha o que pode e não o que quer.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
Para Lamentar (texto)

Parece que o ilustre deputado tem se sentido ultrajado pela presença de homossexuais, sugiro que ele procure no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar tanto ultraje.
Fico desconfiado que as suas noites estejam sendo atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis. Ou ele não estaria tão incomodado com a sexualidade dos outros. A foto aí acima é para contribuir com essas possíveis fantasias.
Porque até onde sei, pessoas bem resolvidas sexualmente não ficam preocupadas, por exemplo, se a colega de trabalho é apaixonada por uma mulher, se o vizinho dorme com outro homem?
Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.
Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo.
(a partir do texto de Dráuzio Varella - publicado aqui neste blog no dia 10 de dezembro de 2010)
NOTA PÚBLICA

A resposta de Bolsonaro foi: “Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”. Após ser acusado de racista, o parlamentar lançou nota afirmando que “A resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay (…). Reitero que não sou apologista do homossexualismo (sic), por entender que tal prática não seja motivo de orgulho.”. Em outro momento, na mesma entrevista, o Deputado também disse que jamais poderia ter um filho gay.
Aproveitando-se da falta de instrumento legal que criminaliza atos homofóbicos, Bolsonaro tem se notabilizado como destilador contumaz de ódio e intolerância contra a população LGBT. Agora, o referido Deputado tenta esquivar-se da acusação de racismo – crime tipificado na legislação brasileira -, agredindo e injuriando novamente a população LGBT.
Com tais posições e declarações, Bolsonaro reforça a sua faceta homofóbica, racista e sexista, agindo, de forma deliberada, com posturas incompatíveis com o decoro e a ética exigida de um representante da sociedade brasileira no Congresso Nacional, especialmente considerando os princípios da democracia e do respeito à diversidade do povo brasileiro.
O CNCD/LGBT endossa todas as representações apresentadas por Parlamentares junto a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal e requer ao Procurador Geral da República a instauração de investigação criminal para apuração do crime de racismo (Art. 20 da Lei 7.716/89) e injúria e difamação ( Art. 139 e 140 do código) contra a população de mulheres e LGBT.
terça-feira, 29 de março de 2011
José Alencar - 17 de outubro de 1931/ 29 de março de 2011(texto)
O câncer mata milhares de pessoas todos os anos. Todos os dias, sem exceção, recebemos notícia de alguma vítima da doença. Morrer de câncer não é, portanto, nenhuma novidade.
Nunca votei no Partido Republicano Brasileiro (PRB). Nem sabia, antes de conhecer o vice de Lula, da sua existência. Nunca acompanhei a trajetória política de José Alencar, no entanto, a minha simpatia por ele foi imediata.
Acompanhamos, via mídias, a sua luta diária contra a doênça desde os primeiros anos ao lado de Luís Inácio Lula da Silva. O que mais me impressionava no homem era a forma com a qual encarava a doença: ele parecia não desistir nunca da vida. Além disso, o que não é pouco, não perdia o humor, não perdia a paciência diante das câmeras.
Não sei quem ele foi além do que eu li e acompanhei durante todos esses anos. Não sabia a sua idade, o nome da cidade natal, os partidos pelos quais passou, nada além do que me era fornecido pelos meios de comunicação.
Não soube nunca de envolvimentos seus com desvios de verbas, licitações ilícitas, nomeação de parentes para cargos públicos, nada que manchasse a sua trajetória pública. Ou seja, uma grande exceção num cenário repleto de escândalos envolvendo parlamentares.
Fiquei triste com a notícia de sua morte. Lamento mesmo, mas sobre a morte, ele nos disse: "Não tenho medo da morte, porque não sei o que é a morte. A gente não sabe se a morte é melhor ou pior. Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho. Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele.”
segunda-feira, 28 de março de 2011
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