Definitivamente,
2011 não foi um ano fácil, mas não estou aqui para falar da minha vida
particular, ainda que eu não tenha como separá-la completamente do que escrevo
aqui no blog. Mas a proposta é falar,
exclusivamente, dele. Vou tentar.
Escrevi
muito e não me dei conta do tanto de linhas que imprimi aqui nesta tela, foram
mais de 3750 linhas, dava, quase
para uma tese de doutorado, meio chinfrim, não posso negar, mas uma tese, de
qualquer maneira.
Algumas
vezes faltaram ideias para escrever, bem verdade, mas no geral, elas apareceram
inspiradas, sobretudo, pelo site da Globo
(G1), pelas revistas Época, Junior, Trip, Superinteressante, pelos
jornais Folha de São Paulo, O Globo,
Estadão, pela TVs aberta ou fechada,
pelas viagens que fiz, pelos assuntos que ouvi na rua, pelas conversas com
amigos ou pelas experiências no trabalho (em relação a este, dava um blog
inteirinho apenas sobre esses dias e eu ainda por cima me desentupiria), por
textos a mim enviados sem, necessariamente, ter alguma relação com o blog, mas
que acabaram ilustrando alguma reflexão.
Procurei
escrever sobre tudo, gosto desse exercício de pensar nos assuntos que me encontram,
sejam eles quais forem: futebol, cidades, violência, livros, comida, amizade, sexualidade,
enfim. Se música, então, aí é um prato cheio.
Foram
mais ou menos 250 pequenos textos e
imagens. Foram mais de 10 viagens
que me ajudaram com inspirações diversas. Fiquei fora do ar, por conta de Pequim, mas fui salvo pelo Alexandre que recebia meus textos e os
publicava (dá para perceber pela disposição das fotos publicadas por ele que não
eram as mesmas usadas por mim, mas elas ficam assim até para evidenciar aquele
momento censura).
Foi
muito bom, em muitos momentos, ter, este ano, o blog para poder escrever. Escrever é uma maneira que encontrei de,
além de me expressar e estar em contato com o mundo (muitas vezes inalcançável
geograficamente), extravasar as minhas angústias, frustrações, irritações,
alegrias, felicidades, surpresas, encontros, despedidas. Pude, através dos
textos, compartilhar lugares que vi, pessoas que conheci, sons que ouvi,
amizades que reafirmei. Através do blog
viajei por muitos lugares, ri, chorei. Quase uma análise.
Nunca
parei por aqui sem a vontade de escrever. Bem ao contrário, sempre parti do
prazer do texto. Quando não havia vontade, simplesmente não escrevia. Obrigação
não combina com a escrita, digo, com essa escrita que aqui produzo.
Obrigado
a todos que por aqui passaram e deixaram (ou não) algum comentário. Eu também
escrevo para ser lido, mas não para que concordem comigo, ao contrário, gosto
(também) quando há discordância porque assim posso pensar o por outro lado.
Obrigado a todos. Um 2012 cheinho de
vida, seja lá o que isso possa significar pra cada um de nós.