terça-feira, 14 de junho de 2016

Uma negação gritando por socorro

Nesta semana eu sonhei com um bilhete, que eu encontrava sobre a minha cama, de um tio que se despedia de mim. Era apenas isso: uma despedida. E o bilhete era assinado, simplesmente por Tio. É claro que eu não acho que os sonhos sejam presságios, que os sonhos sejam um aviso, que os sonhos me revelem o futuro. 
Eu acredito que o sonho seja de verdade a manifestação do meu inconsciente: e sendo assim, ele me diz alguma coisa. Em despedida tem ida, tem despe, tem pedi(e), tem pedida, tem despedi (e), tem es(x)pedi(e), tem des-pedir, ou seja, des-desejar. Tem uma negação gritando por socorro.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Da Série Músicas que me tocam

Fazia um bom tempo que eu não ouvia o CD Milagreiro de Djavan. 15º álbum do cantor, lançado em 2001. 
Lembro-me que foi, como acontecia com quase todos os discos dele, amor a primeira vista. Fiquei logo apaixonado pela música Farinha, primeira faixa deste LP. Que som delicioso para dançar e ouvir. Um forró animado. Não dá pra ficar parado. Bem, o CD todo é muito bom!
Hoje, sabe-se lá o motivo...assim como quem nada quer...entre um tempero e outro, de repente, me deu uma saudadezinha deste disco e começo a ouvi-lo.
Ouço tudo, danço, canto. Vou relembrando as letras e pensando nesse momento da minha vida: me preparando para me mudar do interior do Paraná para o Rio de Janeiro para fazer o doutorado na UFF. Tempo bom! Cheio de expectativas.
Entre uma lembrança e outra o disco vai chegando ao fim e...o finalzinho é ainda mais emocionante: Cair em si, última faixa deste LP, é pra mim, uma obra de arte. É uma canção linda demais: um casamento perfeito entre a música a letra e a voz de Djavan.
Não parei mais de ouvi-la. Inclusive estou fazendo novamente enquanto escrevo esse post.
Vale ouvir, conferir e se deliciar com esta canção. Vou postar aqui duas versões, uma do cantor/autor e outra de uma cantora amadora, Bárbara Barcellos, que tb arrasa na interpretação da música. Espero que gostem!

sábado, 4 de junho de 2016

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para o homem invisivelAos poucos fui aprendendo a arte de ser invisível. Passando pelas ruas sem que ninguém me visse. Entrando ou saindo dos lugares públicos sem ser notado. Falando sozinho. Perguntando pra ninguém. Incolor, inodoro, absolutamente vivendo a minha ausência.

Chutando o balde

Sei muito pouco sobre política, sei nada sobre economia, sou completamente ignorante para compreender como são realizadas as articulações entre os poderes, mas se eu fosse a Dilma e o PT (isso mesmo, os dois juntos ao mesmo tempo) eu chutava o balde completamente.
Um bico por dia até o balde não poder ser reconhecido como tal. Primeiro, insistia na tese de um plebiscito popular sobre as eleições diretas este ano para presidente da república. Depois, deixava bem claro que se esse plebiscito fosse validado pela população haveria um compromisso dela, sobretudo (porque é uma mulher de palavra), em levá-lo até as últimas consequências.
Não há outra forma de, no Senado, a presidenta obter os votos necessários para voltar ao Planalto se não se opuser veementemente contra esse lixo de política que está sendo feito também pelo próprio PT.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Não gosto de contar com o ovo no cu da galinha

O preço que pagaremos por nossa ingenuidade (ou burrice) não vai ser pequeno. Acreditar em que os grampos envolvendo os políticos do PMDB e de outros partidos podem fazer com que a presidenta Dilma permaneça no Planalto vai enterrar a possibilidade de eleições diretas. Talvez essa possibilidade de eleição seja a única alternativa dos partidos de esquerda nas atuais condições.
Não dá para levar a sério o fato de que um ou dois senadores estão querendo rever os seus votos. Isso me parece muito mais um golpe midiático do que qualquer outra coisa. Além disso, contar com essa pequena possibilidade já é perceber que as escutas não produziram absolutamente nada em termos do reconhecimento de que o Golpe é um Golpe.
Se as tais escutas pudessem alterar a percepção desse plano a ponto de deslocá-lo de forma que muitos senadores (e não apenas dois) estivessem balançados, teríamos sim a esperança de que esse quadro pudesse se reverter. Mas não é isso que está acontecendo. Vamos mais uma vez ser massacrados pelos senadores com o aval do Supremo Tribunal Federal (que estará no comando do processo) legitimando esses votos de forma a nos impossibilitar de questionar o leite derramado.
Os partidos de Esquerda precisam se organizar em torno de um plebiscito popular sobre as eleições diretas para presidente da república (ainda este ano) se se quiser de verdade adiar a tomada definitiva do governo por esses vampiros que se instalaram.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Da Série: Contos Mínimos

Nem vírgula nem ponto final. Tampouco dois pontos ou exclamações. Fomos para o outro reticências. E ontem, ao primeiro acorde de uma velha música, te encontro mais uma vez. 

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...