ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
sexta-feira, 31 de março de 2017
quarta-feira, 29 de março de 2017
quarta-feira, 22 de março de 2017
quinta-feira, 9 de março de 2017
E lá se vão 11 anos
Em uma sexta-feira, do dia 10 de março, de 2006, às 9h30 da manhã, na Universidade Federal Fluminense, eu iniciava a minha apresentação de defesa da tese de doutorado: A Homossexualidade e a AIDS no imaginário de revistas semanais (1985-1990).
Não é sobre a defesa e nem sobre a tese que pretendo agora escrever, mas sobre aqueles dias que se seguiram a este ritual.
Foi uma mistura de alegria, pela defesa, pela conquista, pelo fechamento de uma etapa da minha vida profissional. Foi tb um momento importante da minha vida pessoal (na verdade, nem dá para separar uma da outra, uma vez que elas se misturam), tendo em vista que depois de 4 anos no Rio eu teria que voltar para Marechal Cândido Rondon (cidade do extremo-oeste do Paraná, onde em morava à época).
Voltar significava/significou deixar uma rotina para trás e reaprender a viver em Rondon. Cidade muito pequena e sem, praticamente, nada para fazer além do trabalho.
Claro que lá eu tinha (tenho) os grandes amigos e voltar me daria a oportunidade de reencontrá-los. Sem falar nas aulas na graduação: acho que nada me dá mais prazer do que isso.
Mas eu deixaria uma história pelo Rio: e o que mais me entristeceu foi saber que aqueles encontros semanais com Maria Claudia e Vanise ficariam no passado, os contatos mais próximos com a Cláudia Leopoldino e a distância da orientadora (da orientação).
Aprendi tanto nesses 4 anos. Me conheci muito tb nesse período. E fiz grandes amigos nessa época: Juscelino, Erik, Ana Paula, Lulu, Edson e outros que neste momento não me lembro. Além disso, os amigos de sempre que eu deixaria de certa forma de encontrar com a mesma frequência: Nanci, Vera, Robson, Serginho, Renatinho, Dórian, Sebastian. Alguns desses, mal sabia eu que não iria encontrar mais.
A gente perde e ganha, mas leva algum tempo para compreender como isso funciona. Bem, estou aqui, depois desse tempo relembrando, reconstruindo um momento que, agora, não me parece tão triste como foi.
Tive sorte de viver isso. E serei muito grato por esse tempo.
segunda-feira, 6 de março de 2017
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
O tempo da amizade
O tempo da escrita de uma dissertação nem sempre coincide com o tempo da construção de uma amizade. Dificilmente coincide. Definitivamente não coincide.
A escrita de uma dissertação tem (salvo raras exceções) um tempo já-estabelecido, um já-la que obriga o mestrando a compreender uma teoria, a pensar em um projeto, a selecionar o seu corpus de análise (é claro que as etapas não são necessariamente essas e nem estão distribuídas exatamente nesta ordem).
Portanto, há um tempo fechado para que a letra maiúscula do primeiro parágrafo e o ponto final do último estejam postos numa encadernação.
O tempo da amizade é outro. É o tempo da afinidade. E não há, em hipótese alguma, um prazo para que isso aconteça: pode ser imediatamente. Pode ser logo que se conhece alguém. Pode depender de um outro acontecimento. Pode acontecer depois de algum tempo. Depois de muito tempo.
Portanto, há um tempo aberto, talvez, escancarado, para que o olhar de um encontre o coração do outro e haja reciprocidade entre olhos e corações.
Só não existe um tempo da amizade fora desse encontro entre corações e olhos.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
E esse silêncio todo me atordoa. Atordoado, permaneço atento.
É claro que bate uma grande frustração com tudo o que anda acontecendo na política nacional. Na maior parte das vezes, indignação. Noutras, raiva diante da minha impotência. O que se pode fazer diante de tudo isso? A impressão é de que há uma passividade enorme dos inconformados: minha, sua, de todos nós.
Temer é um lixo. Não tenho dúvidas. Mas um lixo com apoio da maioria dos deputados e senadores e assim faz e acontece. Faz o que quer e quanto quer. Se não faz exatamente no momento do desejo, bastam alguns acordos para que as coisas aconteçam.
A cada dia, um direito a menos. Um escândalo a mais. É só o que leio e ouço. Não nos grandes meios de comunicação. Estes não merecem mais respeito.
Os golpistas felizes. Indicação de Alexandre de Moraes para defender os indefensáveis. Blindagem dos corruptos na cara de pau. Moro parabeniza a indicação do plagiador ao STF. Delações que não dão em nada. Tudo se pode dizer de alguns políticos.
A Vaza Jato não trata com a mesma arrogância uns e outros. Uns são mais, bem mais, do que outros.
Os jornais fingindo que dão notícias: silenciam para não precisar dizer o que não querem dizer. E mesmo desmascarados, como foi o caso da Folha, nesta semana, pelo The Intercept Brasil, não repercute porque TVs, jornais, revistas estão nas mãos de poucos e todos apoiadores do Golpe.
Me arrepio quando ouço falar em "Modernização das leis trabalhistas", "Flexibilização do trabalho", sei que se trata de prejuízo para o trabalhador. Faltam empregos. Segurança nem se fala....
O STF fingindo que tem um peso e uma medida. Carmem Lúcia e suas declarações sem efeitos: mais do mesmo. Tudo da (meia) boca-pra-fora. Moreira pode, Lula não! Tudo na mais perfeita ordem e tranquilidade, como se nada houvesse acontecido.
E esse silêncio todo me atordoa. Atordoado, permaneço atento.
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