Se você souber que seu o professor de português
é gay, altera o conteúdo da disciplina? Se você souber que o seu ator predileto
é bissexual, altera a qualidade da sua interpretação? Se você souber que foi
uma trans que te atendeu naquela loja
moderna, altera o seu interesse pela roupa? Se você souber que sua escritora
preferida é lésbica, altera o conteúdo do livro? Se você souber que a médica
que te salvou é uma travesti, altera a sua vida? Pense nisso.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
sábado, 16 de setembro de 2017
No olho do furação
Achei que esta semana não acabaria nunca. De pré-defesa de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) à defesa de mestrado, passando por aulas (graduação e pós) para preparar e 2 bancas de qualificação de mestrado, além de estágio (2 noites, três duplas) para acompanhar, sem falar nas visitas em casa (ainda bem que elas se viraram melhor do que eu poderia supor, inclusive ajudando).
Esta semana começou no fim de semana passado porque eu precisava terminar uma apresentação para me dedicar à leitura dos TCC´s cujas bancas aconteceriam na manhã de segunda.
Não sei se isso acontece com todo mundo, mas diante de tantas obrigações me bate um medo de não ter energia e vontade para realizá-las: não consigo escrever sem ler (antes) e não consigo escrever se eu não estiver relaxado suficientemente para poder refletir sobre o texto que deverá ser escrito.
Bem, eu sabia que a semana terminaria, mas no olho do furacão nem sempre a gente tem essa percepção tão clara. Acordava tenso e cansado porque eu precisava sempre na noite anterior estar atento e forte.
É claro que na eminência do furação passar, eu deixei de fazer algumas coisas: ir à academia, por exemplo, além de cumprir uma promessa feita a uma das duplas de estágio (não consegui ir à escola entregar os documentos para a realização das aulas).
Bem, paciência...faço na outra semana. Ufa!
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Como resistir à ansiedade da escrita e da apresentação de um trabalho?
Não é muito fácil escrever sobre o processo de produção de um artigo, apresentação de trabalho ou coisas desse tipo, mas vou tentar.
Fui convidado para um evento no Rio de Janeiro, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), para compor uma mesa-redonda sobre Resistência: "Discurso de resistência: marcas de existência", no dia 22 de setembro.
Faz uma semana que estou pensando nessa apresentação. Pensando significa estar esboçando ideias em forma de pensamentos soltos. Claro que eu já tinha uma ideia inicial sobre o que escrever, uma vez que tenho um capítulo de livro escrito e publicado sobre Resistência.
Reli este capítulo e selecionei algumas passagens que eu considerei importantes para esta apresentação: vou falar sobre as formas de resistência dos sujeitos LGBTTQI+ (Lésbicas, gays, travestis, transexuais, queer, intersexo e quem mais chegar para compor essa sigla). Além disso, como temos um livro sobre resistência (Discurso, resistência e...), reli alguns capítulos desse livro tb para me organizar melhor em relação à teoria que me dará suporte para pensar o tal texto de apresentação.
E da mesma forma como fiz com a releitura do meu capítulo, separei trechos importantes dessa outra leitura para usar na apresentação.
No final da semana passada, comecei a escrever o tal texto. E hoje, pela manhã, uma primeira versão ficou pronta. Reli com cuidado e fiquei com a impressão de que ele estava desorganizado e vago demais. Não era apenas impressão. Fiquei tenso com isso.
Bem, depois do almoço (e de pensar bastante durante a refeição sobre essa desorganização), cheguei em casa e reorganizei alguns parágrafos de forma que houvesse uma sequência mais lógica em relação à minha proposta e intenção.
Mesmo assim, o texto não ficou nem pronto e muito menos da forma como eu pudesse achar que já estava bom. Parei mais um momento e voltei para a leitura agora não mais sobre resistência (esta etapa foi superada), mas sobre os sentidos sobre a homossexualidade (ao longo dos séculos XIX, XX e XXI) de forma que eu pudesse pensar nos deslocamentos e assim chegar as formas de resistência.
Parar para esta leitura foi fundamental, porque falo muito em discurso médico e, assim, reler esse discurso foi importante para perceber como colam à homossexualidade sentidos dos séculos XIX e XX.
Eu sou muito inseguro para escrever e mais ainda para apresentar trabalhos (ainda que eu faça isso há muito tempo). Ter um tempo razoável para pensar, repensar, escrever e reescrever um texto, para mim é fundamental. Eu preciso desse tempo porque ele me deixa um pouco mais seguro e alegre com o trabalho que me propus fazer. Um trabalho nunca fica bom suficientemente de forma que eu fique totalmente satisfeito com ele. Isso nunca aconteceu. Mas, pelo menos, já sei como funciono nessas situações e assim preciso me organizar com alguma antecedência para me fortalecer.
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Curitiba novamente
Fazia um bom tempo que eu não viajava para Curitiba. Uns 8 meses mais ou menos. Vim no carnaval para não ficar sozinho em Cascavel, como aconteceu no natal e no réveillon. Fiquei por aqui poucos dias, quase que num retiro espiritual, uma vez que carnaval não é o forte da cidade.
Estava com saudades da cidade e dos amigos. Acabei de chegar, praticamente. E ainda não vi ninguém. Mas já agendamos almoço, café, cinema e certamente muitos risos para o nosso encontro. Não vejo a hora de estar com eles. Agora, vou descansar um pouco: um banho para relaxar e uma boa cama para dormir. Amanhã será um lindo dia!
sábado, 19 de agosto de 2017
Será que ficou bom?
Adoro brincar de arrumar a casa: trocar os móveis de lugar e assim experimentar um espaço diferente daquele que eu tinha e usava. Faço isso com frequência até conseguir uma disposição com mais espaço e mais harmonia. Nem sempre dá certo.
Estou neste apartamento faz quase 3 anos e hoje, mais uma vez, troquei a sala de lugar. Não foi fácil por conta dos fios da TV à cabo (e da internet) além da tomada do telefone (que precisa ficar próximo ao aparelho da TV à cabo para funcionar).
O bom desse troca troca é poder limpar aonde não se pode com muita frequência por conta dos móveis mais pesados (ou, no meu caso, por conta da disposição deles, uma vez que não tenho móveis pesados na sala).
Fiquei alguns dias pensando em qual seria o melhor lugar para a TV para evitar o reflexo de fora (a claridade que vem da janela). Como tenho janelas em duas paredes, a TV só não receberia o tal reflexo de fora se ficasse justamente numa parede com janela.
Numa das duas paredes seria impossível por causa daqueles fios (fios curtos para uma longa distância), sobrava apenas uma parece (a que é inteira uma janela), mas havia um pequeno problema: a saída para a sacada.
Bem, como não havia outra alternativa, inviabilizei uma parte da janela-porta (que dá para a tal sacada) e coloquei diante dela o móvel com a TV. Ficou meio entulhado. Não! Ficou bastante entulhado. Não funcionou como eu imaginava, mas pelo menos, experimentei esse outro jeito para a sala.
Agora, como sugestão de um amigo, vou deixar alguns dias assim e ver se me acostumo ou não com essa disposição. Se não, volto para o estágio anterior e pronto.
domingo, 30 de julho de 2017
Em quanto tempo musical?
Faço desde a adolescência uma aposta comigo mesmo sobre conseguir terminar alguma tarefa de casa (refiro-me à limpezas, organização, em geral) durante a execução de alguma música (algum álbum, alguma faixa, algumas faixas).
Fazia tempo que não brincava comigo mesmo assim. Fazia muito tempo mesmo. Ontem à noite, alguns amigos vieram a minha casa e, é claro, mesmo que tenham ajudado com a louça e não sejam pessoas bagunceiras, a casa ficou desorganizada.
Com "desorganizada" entenda-se: garrafas espalhadas, copos, talheres e pratos sujos, chão empoeirado e com marcas de pisadas, banheiro interditado para circulação etc.
Aí, acordei cedo e resolvi que enquanto estivesse ouvindo Dire Straits, Brothers in arms, eu deveria ter a casa organizada e limpa como a entreguei aos amigos ontem à noite. Foi nostálgico relembrar essa brincadeira esquecida nesses últimos anos.
domingo, 9 de julho de 2017
Que tal um filhote de tartaruga?
Meus dias têm sido, desde que o Lacan chegou, limpar xixi e cocô. Como ele ainda não pode sair de casa por causa das vacinas, tudo (inclusive correr, latir, rosnar, roer, teimar) é feito entre a cozinha e a lavanderia. Quando ele está bem calmo (coisa rara para um filhote que não seja de tartaruga, suponho), eu o levo até o sofá da sala para ficar ali comigo vendo TV. Ele fica calmo por uns 3 segundos, no máximo.
Eu acordo cedo, incluindo os finais de semana, para colocar comida, trocar a água e limpar, limpar, limpar. Ele já havia aprendido a fazer o xixi na fralda higiênica, mas faz dois dias que não tem acertado. Na verdade, ora acerta, ora erra (é que de tão cansado, os erros me parecem muito mais frequentes e pesados).
Não é uma fase boa e continuo apostando na próxima: poder sair com ele para caminhar na rua e brincar nos parques para, finalmente, conseguir me divertir um pouco fora de casa.
Estou bem cansado e se eu pudesse dar um conselho a alguém sobre ter um filhote preso num apartamento, eu diria, não o tenha porque não é fácil, sobretudo se vc morar sozinho.
Ontem à noite, ele infernizou a minha vida. Eu tenho outras coisas para fazer além dele e, como ele está restrito àquela área, precisei colocar uma grade entre a cozinha e os quartos para que a ventilação não fosse afetada e eu pudesse assim, sem precisar fechar a porta, saber o que acontece com ele: eu estava no escritório tentando ler uma dissertação e ele não parou de latir. Nos intervalos desse latido, ou ele roía a tal grade ou tentava puxar o tapete e como não conseguia latia ainda mais: latia para mim e para o tapete. Fez isso até me irritar de tal maneira que me levantei e briguei com ele: o que mudou? Absolutamente na-da. Só sossegou na hora em que decidi desligar o computador e me trancar no quarto, aí ele entendeu que era hora de dormir.
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