sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para sapato cavalo de aço
Anos 70 (e poucos): sapato cavalo-de-aço, calça boca-de-sino, cigarro de chocolate, cabelos compridos e muita vontade de crescer para ser alguma coisa além de ser criança e achar o mundo uma chatice. Cresci, calça jeans e camiseta todos os dias, cabeça raspada (não por opção), cigarro nem de chocolate. O mundo nos anos 2000 (e poucos) está cada vez mais chato.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Da Série: Contos Mínimos

Resultado de imagem para numa banheira morteQuase cena de filme: sozinho numa  banheira. Meu coração parou. Fiquei ali por longos dias até que dessem falta de mim. Eu nunca estava em outros lugares. Finalmente descoberto enquanto a carne se desprendia de mim.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Se vc souber que...

Se você souber que seu o professor de português é gay, altera o conteúdo da disciplina? Se você souber que o seu ator predileto é bissexual, altera a qualidade da sua interpretação? Se você souber que foi uma trans que te atendeu naquela loja moderna, altera o seu interesse pela roupa? Se você souber que sua escritora preferida é lésbica, altera o conteúdo do livro? Se você souber que a médica que te salvou é uma travesti, altera a sua vida? Pense nisso.

sábado, 16 de setembro de 2017

No olho do furação

Resultado de imagem para no olho do furaçãoAchei que esta semana não acabaria nunca. De pré-defesa de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) à defesa de mestrado, passando por aulas (graduação e pós) para preparar e 2 bancas de qualificação de mestrado, além de estágio (2 noites, três duplas) para acompanhar, sem falar nas visitas em casa (ainda bem que elas se viraram melhor do que eu poderia supor, inclusive ajudando). 
Esta semana começou no fim de semana passado porque eu precisava terminar uma apresentação para me dedicar à leitura dos TCC´s cujas bancas aconteceriam na manhã de segunda. 
Não sei se isso acontece com todo mundo, mas diante de tantas obrigações me bate um medo de não ter energia e vontade para realizá-las: não consigo escrever sem ler (antes) e não consigo escrever se eu não estiver relaxado suficientemente para poder refletir sobre o texto que deverá ser escrito.
Bem, eu sabia que a semana terminaria, mas no olho do furacão nem sempre a gente tem essa percepção tão clara. Acordava tenso e cansado porque eu precisava sempre na noite anterior estar atento e forte. 
É claro que na eminência do furação passar, eu deixei de fazer algumas coisas: ir à academia, por exemplo, além de cumprir uma promessa feita a uma das duplas de estágio (não consegui ir à escola entregar os documentos para a realização das aulas). 
Bem, paciência...faço na outra semana. Ufa!

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Como resistir à ansiedade da escrita e da apresentação de um trabalho?

Resultado de imagem para escreverNão é muito fácil escrever sobre o processo de produção de um artigo, apresentação de trabalho ou coisas desse tipo, mas vou tentar. 
Fui convidado para um evento no Rio de Janeiro, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), para compor uma mesa-redonda sobre Resistência: "Discurso de resistência: marcas de existência", no dia 22 de setembro.
Faz uma semana que estou pensando nessa apresentação. Pensando significa estar esboçando ideias em forma de pensamentos soltos. Claro que eu já tinha uma ideia inicial sobre o que escrever, uma vez que tenho um capítulo de livro escrito e publicado sobre Resistência.
Reli este capítulo e selecionei algumas passagens que eu considerei importantes para esta apresentação: vou falar sobre as formas de resistência dos sujeitos LGBTTQI+ (Lésbicas, gays, travestis, transexuais, queer, intersexo e quem mais chegar para compor essa sigla). Além disso, como temos um livro sobre resistência (Discurso, resistência e...), reli alguns capítulos desse livro tb para me organizar melhor em relação à teoria que me dará suporte para pensar o tal texto de apresentação.
Resultado de imagem para escreverE da mesma forma como fiz com a releitura do meu capítulo, separei trechos importantes dessa outra leitura para usar na apresentação.
No final da semana passada, comecei a escrever o tal texto. E hoje, pela manhã, uma primeira versão ficou pronta. Reli com cuidado e fiquei com a impressão de que ele estava desorganizado e vago demais. Não era apenas impressão. Fiquei tenso com isso.
Bem, depois do almoço (e de pensar bastante durante a refeição sobre essa desorganização), cheguei em casa e reorganizei alguns parágrafos de forma que houvesse uma sequência mais lógica em relação à minha proposta e intenção.
Mesmo assim, o texto não ficou nem pronto e muito menos da forma como eu pudesse achar que já estava bom. Parei mais um momento e voltei para a leitura agora não mais sobre resistência (esta etapa foi superada), mas sobre os sentidos sobre a homossexualidade (ao longo dos séculos XIX, XX e XXI) de forma que eu pudesse pensar nos deslocamentos e assim chegar as formas de resistência.
Parar para esta leitura foi fundamental, porque falo muito em discurso médico e, assim, reler esse discurso foi importante para perceber como colam à homossexualidade sentidos dos séculos XIX e XX.
Eu sou muito inseguro para escrever e mais ainda para apresentar trabalhos (ainda que eu faça isso há muito tempo). Ter um tempo razoável para pensar, repensar, escrever e reescrever um texto, para mim é fundamental. Eu preciso desse tempo porque ele me deixa um pouco mais seguro e alegre com o trabalho que me propus fazer. Um trabalho nunca fica bom suficientemente de forma que eu fique totalmente satisfeito com ele. Isso nunca aconteceu. Mas, pelo menos, já sei como funciono nessas situações e assim preciso me organizar com alguma antecedência para me fortalecer.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Curitiba novamente

Resultado de imagem para curitiba
Fazia um bom tempo que eu não viajava para Curitiba. Uns 8 meses mais ou menos. Vim no carnaval para não ficar sozinho em Cascavel, como aconteceu no natal e no réveillon. Fiquei por aqui poucos dias, quase que num retiro espiritual, uma vez que carnaval não é o forte da cidade.
Estava com saudades da cidade e dos amigos. Acabei de chegar, praticamente. E ainda não vi ninguém. Mas já agendamos almoço, café, cinema e certamente muitos risos para o nosso encontro. Não vejo a hora de estar com eles. Agora, vou descansar um pouco: um banho para relaxar e uma boa cama para dormir. Amanhã será um lindo dia!

sábado, 19 de agosto de 2017

Será que ficou bom?

Adoro brincar de arrumar a casa: trocar os móveis de lugar e  assim experimentar um espaço diferente daquele que eu tinha e usava. Faço isso com frequência até conseguir uma disposição com mais espaço e mais harmonia. Nem sempre dá certo.
Estou neste apartamento faz quase 3 anos e hoje, mais uma vez, troquei a sala de lugar. Não foi fácil por conta dos fios da TV à cabo (e da internet) além da tomada do telefone (que precisa ficar próximo ao aparelho da TV à cabo para funcionar).
O bom desse troca troca é poder limpar aonde não se pode com muita frequência por conta dos móveis mais pesados (ou, no meu caso, por conta da disposição deles, uma vez que não tenho móveis pesados na sala).
Fiquei alguns dias pensando em qual seria o melhor lugar para a TV para evitar o reflexo de fora (a claridade que vem da janela). Como tenho janelas em duas paredes, a TV só não receberia o tal reflexo de fora se ficasse justamente numa parede com janela.
Numa das duas paredes seria impossível por causa daqueles fios (fios curtos para uma longa distância), sobrava apenas uma parece (a que é inteira uma janela), mas havia um pequeno problema: a saída para a sacada. 
Bem, como não havia outra alternativa, inviabilizei uma parte da janela-porta (que dá para a tal sacada) e coloquei diante dela o móvel com a TV. Ficou meio entulhado. Não! Ficou bastante entulhado. Não funcionou como eu imaginava, mas pelo menos, experimentei esse outro jeito para a sala.
Agora, como sugestão de um amigo, vou deixar alguns dias assim e ver se me acostumo ou não com essa disposição. Se não, volto para o estágio anterior e pronto.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...