Hoje nos despedimos como se não fôssemos mais nos ver. Um misto de vazio e de ser novamente dono do meu dia. Quando alguém vai embora leva consigo os seus sons.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
segunda-feira, 6 de julho de 2020
sexta-feira, 22 de maio de 2020
Meu coração está muito triste!

Nós dividimos momentos importantes da infância à vida adulta: dividimos as brincadeiras de criança (as bonecas), dividimos as músicas que gostávamos, dividimos cinemas, bailes, amigos, conversas, dividimos muitas histórias e gargalhadas (daquelas que a barriga não aguenta de tanta dor), segredos, dividimos as modas, dividimos o colégio, dividimos comida, dança, carona, café da manhã, almoço, janta, irmão, mãe, cama. Nós éramos uma família que o coração juntou.
Da última vez que nos encontramos ficamos muito emocionados porque esse encontro era um encontro da amizade, do carinho, dos corações, da certeza de que vivemos e éramos um do outro.
Nos falamos ainda este mês. Vc me mandava sempre um recadinho em forma de coração, flor, abraço e me escreveu dizendo que se estivesse por perto, ia cuidar de mim...
Que triste saber que vc nos deixou.
domingo, 17 de maio de 2020
Quanta tristeza!
A foto era uma forma de expressar a minha indignação diante das manifestações, daquele dia, no Brasil contra o isolamento social Hoje, por aqui, passamos dos 15 mil mortos. 15 mil 663 mortos oficiais para ser mais exato. E a impressão é a de que esses 15 mil e 663 mortos tb não nos dizem respeito: estão lá, em outras cidades e capitais, em sua maioria, são pessoas estranhas e por isso não precisamos nos solidarizar.
Que tristeza!
sexta-feira, 27 de março de 2020
segunda-feira, 23 de março de 2020
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso. E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras, com flores e cantos. O inverno, te lembras, nos maltratou; não havia flores, não havia mar...Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.”
Do livro "A Traição das Elegantes", Rubem Braga.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Cada um no seu quadrado
Sou professor, acho que já escrevi isso aqui mais de mil vezes, num curso de letras (na graduação e na pós graduação). Tenho orientandos tanto aqui quanto lá. Os de lá estão, naturalmente, iniciando uma jornada científica. Tudo muito básico. Os de cá já têm uma experiência profissional que os coloca numa etapa mais adiantada: são formados, em geral trabalham, sabem ler e escrever com autonomia. Tudo isso funciona na teoria, apenas na teoria.
Tenho alunos da iniciação científica que dão shows em suas apresentações, que escrevem com muita maturidade e que leem muito bem.
Por outro lado, tenho alunos do mestrado e do doutorado que dão o maior trabalho. Vc diz uma coisa e eles fazem outra. Você sugere uma leitura e eles nem aí para a sua sugestão. Você indica uma correção e eles te ignoram completamente.
Aprendi (mais ou menos) a conviver com esses alunos de forma que não confundo mais o trabalho deles com os meus. Eu leio com muita atenção o que me mandam, faço todos os comentários que julgar necessário, estabeleço um prazo para a reentrega e o resto é por conta deles.
Se fizerem o trabalho direitinho, vão apresentá-los para uma banca e vou defendê-los. Se não fizeram....
Havia um tempo em que eu ficava me culpando pelo trabalho mal feito. Não faço mais isso. Cada um tem uma função nessa relação e pronto.
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