segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Quando os opostos não se opõem (texto)

Hoje eu fiquei parte do meu tempo, enquanto caminhava pela cidade, pensando sobre o fim das férias. Segunda quinzena de janeiro, mais alguns dias, estou de volta à universidade. Pensando sobre voltar e recomeçar o ano letivo: turma nova, disciplina antiga (terceira edição), concurso vestibular, aula no mestrado, orientação, publicação, reuniões, concursos públicos, bancas, provas, diários de classe, preparação de aula (é bem possível que eu tenha me esquecido de tantas atribuições ainda). Tudo isso é muito cansativo, sobretudo no segundo semestre, quando a gente não aguenta mais nada.
Prometi a mim que este ano alguma coisa vai mudar: não participo mais de tantas comissões (o que já reduz bastante o número de reuniões) e quero me dedicar mais a produção de textos. Preciso publicar mais e com mais qualidade.
Apesar de tudo isso, trabalho e prazer (em princípio opostos) não se opõem tanto quando a gente faz o que gosta. Gosto de dar aulas. Gosto de preparar as aulas, gosto de chegar em sala de aula e falar sobre o que li e discutir (quando isso acontece) o texto, e responder as perguntas. Gosto tb de orientação, de poder, com o aluno, construir pontos de vista sobre um objeto; gosto um pouco menos de corrigir provas e de preencher diários (mas não dá para gostar de tudo, eu acho).
Não dá mesmo para separar prazer e trabalho, o corpo da mente, recreação e educação, porque se completam.
É claro que sempre torço para uma turma com alunos interessantes e interessados (se não der para ser toda ela que pelo menos seja uma grande parte); torço tb para encontrar textos mais agradáveis (nem sempre isso é possível) sobre a linguística e a análise do discurso.
Além de tudo isso, voltar sempre é bom: tem sempre os bons amigos nos aguardando com um abraço bem apertado e um sorriso largo estampado no rosto. E isso vale por um ano inteiro!!!!

2 comentários:

  1. Um dia, talvez eu consiga, asssim como você, descrever o trabalho como um prazer; ainda não encontrei tal situação. Talvez tenha uma visão distorcida, ou não... Sobre os amigos, isto com certeza não irá faltar!!! Abraço!

    ResponderExcluir
  2. Tomara que todos os seus desejos sejam realizados!
    Bjs

    ResponderExcluir

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...