Um comentário recente me fez pensar muito a respeito das conquistas do coração: "Tudo que o Homem consegue dominar ele destrói" (Luciano Lopes* do Geração Coca-cola).
Fiquei tocado com esse comentário, justamente porque vesti a carapuça (coube certinho na minha cabeça). Não que eu nunca tivesse me dado conta disso. É claro que sim. Li muito, ainda na adolescência, O Homem e suas Viagens de Drummond e lá essa ideia está bem posta e clara. Mas o interessante foi a forma como esse comentário me bateu: sou um cara que gosta de ouvir (talvez mais do que falar. Sou um observador (nunca seria um ligador)) e ouço sempre as mesmas histórias sobre relacionamentos (tanto dos que têm um quanto dos que gostariam de ter).
O substantivo que melhor adjetivaria as relações é Insatisfação. Não conheço ninguém que esteve/está satisfeito com a sua situação (seja ela qual for). Sempre se tem pouco e se quer mais. Sempre! Sempre se quer aquele(a) que não se tem. E só se quer se não o tem. É uma questão de tempo: a ponte vai ruir.
O homem é um conquistador nato: caçador por natureza. Descobridor de todos os mares (os nunca antes navegados, inclusive). Um desbravador. Do tipo que torna a dor menos brava enquanto não atinge o alvo. O trocadilho ficou feio!
A paixão é mesmo fugaz. Não dura. É perecível. E, definitivamente, não estamos dispostos (seja lá o que isso signifique). Nem os opostos se atraem nem os iguais querem estar juntos. Incrível! Parece que estou determinista demais, né? Um exemplo apenas se alguém conhece outra história, por favor.
Há sempre um lado cedendo para que haja equilíbrio (eu escrevi equilíbrio?!). A balança pende para um lado, quase sempre. E dessa forma, apenas, existe a possibilidade de uma relação. Do tipo, Sou infeliz, mas tenho um marido.
E aí, continuo conjecturando, quem sabe não seja exatamente assim uma relação: o desequilíbrio, a insatisfação, a (im)possibilidade da conquista, do domínio. Quem sabe não seja a incompletude que nos preencha?
* o blog é bem interessante, vale à pena dar uma olhada, postar um comentário, segui-lo. O autor é um menino (pela fotografia) mas a idade diz pouco, ou muito pouco, sobre sensibilidade.
A paixão é mesmo fugaz. Não dura. É perecível. E, definitivamente, não estamos dispostos (seja lá o que isso signifique). Nem os opostos se atraem nem os iguais querem estar juntos. Incrível! Parece que estou determinista demais, né? Um exemplo apenas se alguém conhece outra história, por favor.
Há sempre um lado cedendo para que haja equilíbrio (eu escrevi equilíbrio?!). A balança pende para um lado, quase sempre. E dessa forma, apenas, existe a possibilidade de uma relação. Do tipo, Sou infeliz, mas tenho um marido.
E aí, continuo conjecturando, quem sabe não seja exatamente assim uma relação: o desequilíbrio, a insatisfação, a (im)possibilidade da conquista, do domínio. Quem sabe não seja a incompletude que nos preencha?
* o blog é bem interessante, vale à pena dar uma olhada, postar um comentário, segui-lo. O autor é um menino (pela fotografia) mas a idade diz pouco, ou muito pouco, sobre sensibilidade.
É bem essa a realidade... nunca estamos nem estaremos satisfeitos com coisa alguma.
ResponderExcluirAdorei o texto!