Justifiquei a minha ausência nas eleições, mas, sinceramente, não era isso que eu gostaria de ter feito. Queria ter dado o meu voto. Brigou-se tanto por democracia política e justifico meu voto? Uma pena!
Mas fazer o quê? O Rio de Janeiro não é logo ali e como, mais uma vez, achei que iria viajar para votar, não transferi meu título.
A justificativa começou bem cedo. Como sou um cara bem organizado eu sabia com toda a certeza capricorniana onde estava o título de eleitor. Não precisava buscá-lo ontem à noite, justamente porque ele só podia estar num único lugar: no arquivo de documentos. Não estava! Como assim, não estava? Revira, retira, sacode, despeja, folheia, nada de título.
Encontrei justificativas antigas, fotos de amigos, documentos da minha mãe, caderneta da 6 série, cartão de vacina, vacina do cachorro, cpf (o bege), dispensa de incorporação (com uma foto impressionante e irreconhecível: tinha até cabelo, um bigode safado e uns pelos onde devia ter barba), certificados diversos, declarações seculares. Mas e o título? Na-da dele aparecer.
Apelei para quem? São Longuinho! Exatamente isso! O Padroeiro dos Desorganizados ou Esquecidos. Prometi, já que o assunto era sério, 15 pulinhos (veja bem, 15 pulinhos aos 45 (de idade e do segundo tempo) só poderia mesmo ser um assunto sério).
O título do seu texto resume o seu papel de cidadã.
ResponderExcluirParabéns!
Sem esperança o pregresso freia, o alimento não chega, a saude e a educação nao desembarca..
bjos