Hoje, resolvemos, Vanise e eu,
não seguir com o grupo pelo tour
organizado. Ela porque estava com uma grande dor de cabeça e eu porque estava
com dor nas pernas de ontem e com receio de não comer num horário, digamos,
normal. E aí, depois de uma noite de sono bem dormida, de não acordar tão cedo
e de um café da manhã meio ocidental, saímos para nos aventurar pela cidade. O
nosso objetivo era chegar ao Museu de
Xangai.
Resolvemos pedir ajuda no hotel
e fomos, de cara, desencorajados pelo recepcionista, que nos disse que era
longe demais para irmos a pé. É claro que não demos bola e, armados de mapa,
tênis confortável, saímos em busca do Museu perdido. Na verdade, perdido
estávamos nós. Andamos em círculo, descobrimos horas depois que o mapa estava
de cabeça para baixo, caminhamos duas horas e mais uma vez estávamos próximos
do hotel de onde havíamos saído. Inacreditável como os chineses conseguem se
encontrar numa cidade tão cheia de letreiros indecifráveis, mapas de cabeça
para baixo e nenhum falante de português. Inaceitável isso. Se eu fosse uma
autoridade, mudava tudo isso. Não dá para andar por aqui nessas condições.
Pegamos um táxi. Mostramos o
endereço do Museu em chinês, porque
esperávamos que tudo aquilo fosse acontecer. E aconteceu. Sabe aquele tipo de
gente que diz que o universo conspira? Conspirou.
Fomos parados perto do Museu por
4 chineses adolescentes encantados com os cabelos encaracolados de Vanise. Eles
perguntaram em inglês até o número do meu tênis. Mas como estavam animados para
perguntar nem ouviam direito as nossas respostas, não as minhas, pelo menos.
Conversei sei lá como com o menino do grupo enquanto Vanise era sabatinada por
outra adolescente. Tiramos fotos, trocamos email, juramos amizade eterna.
E partimos para o Museu que hoje
era free, minha aposta era porque no
dia 7 de setembro (ah, aqui já era 7 de setembro) os chineses liberavam a
entrada. brasilcentrismo total.
Antes de iniciarmos a nossa
maratona pelos salões, passamos pela lojinha e compramos mil coisinhas
incríveis: ímãs de geladeira, cadernos de anotações, baralho, pinceis,
chaveiros, postais. Uma festa!
Eram várias as exposições:
caligrafia, roupas típicas, arte maori, máscaras, cerâmica de séculos antes de
Cristo. Enlouqueci com tanta informação. Pensei que fosse passar pela China sem
saber um pouco dessa outra cultura. Não passei. Fiz fotos incríveis de tudo o
que podia ser fotografado.
Voltamos bastante cansados para o
hotel. Vamos arrumar as malas porque amanhã estamos de volta ao ocidente.
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