segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estudo identifica proteína capaz de impedir a multiplicação do HIV em determinadas células (Nature)


Modelo tridimensional do vírus da aids
Pesquisadores da Universidade de Manchester, da Inglaterra, e do Instituto de Pesquisas Médicas, dos Estados Unidos, identificaram a maneira pela qual uma proteína do corpo humano consegue frear a multiplicação do vírus HIV. Segundo os autores do estudo, que foi publicado da página da internet do periódico Nature, essa descoberta pode ajudar a criação de novos remédios para tratar pacientes infectados pelo vírus.
O QUE DIZ
Uma proteína presente no organismo do ser humano chamada SAMHD1 é capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV nas células mieloides, que são um dos tipos de glóbulos brancos.


POR QUE É IMPORTANTE
Entender como uma proteína consegue frear a replicação do vírus é fundamental para desenvolver novos remédios ou vacinas que imitem essa ação. Impedir a multiplicação do vírus em determinada célula pode evitar que o HIV se espalhe para outras do sistema imunológico.
Recentemente, cientistas norte-americanos e franceses descobriram que uma proteína chamada SAMHD1 era capaz de impedir a replicação HIV nas mieloides, que são um determinado grupo de células dos glóbulos brancos. Entretanto, os mecanismos dessa proteína para impedir a multiplicação do vírus ainda não haviam sido identificados. “Nossa pesquisa descobriu que SAMHD1 consegue degradar os desoxinucleotídeos do vírus, que são os blocos de construção necessários para a replicação do DNA do HIV nas células brancas”, explica Michelle Webb, coordenadora do estudo.
Segundo os pesquisadores, essa descoberta pode auxiliar o desenvolvimento de novas drogas que imitem esse processo biológico de prevenção da multiplicação do HVI nas células imunológicas. “Se nós pararmos a replicação do vírus, poderemos prevenir que o HIV se espalhe para outras células e, consequentemente, parar o progresso da infecção”, conclui Webb.
“Agora, nós esperamos aprofundar o funcionamento da SAMHD1. Isso irá pavimentar a formação de novas abordagens terapêuticas para o HIV e até mesmo para o desenvolvimento de vacinas”, diz o co-autor do estudo e o médico do Instituto Nacional de Pesquisa Médica, Ian Taylor.

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