Minha mãe tinha uma irmã chamada Maria, Deise Maria (na foto ao lado, a da direita). Ela era a caçula de 7 irmãos. Nós tínhamos, praticamente, a mesma idade. Quero dizer, ela não era assim tão mais velha do que eu, talvez uns onze anos. O que fez alguma diferença enquanto eu era muito novo, mas que hoje em dia não faria mais.
Ela morreu muito nova. Complicações no parto do seu primeiro filho. Durante a infância, a minha infância, quero dizer, ela tomava conta de mim enquanto a minha mãe estudava. Brigávamos como gato e rato. Brincávamos com a mesma intensidade.
Pouco convivemos. Ela desde cedo trabalhava e estudava. Fez física. Eu havia me mudado com a minha mãe para longe. Ela morou com os meus avós até se casar. Até um pouco antes de se casar, porque, como a minha avó não queria que ela se casasse com o Alexandre, este tb era o seu nome. Ela passou uns meses em nossa casa, até que tudo voltasse ao normal.
Não pude aproveitar quase nada dessa nossa possível relação tia/sobrinho. Quando eu poderia estar mais próximo, ela morreu.
Hoje, vi uma senhora, aqui em Lisboa, muito parecida com a minha tia Maria, essa assim que eu a chamava. E aí fiquei pensando nessa saudade. Nessa falta. Na sua sempre ausência na minha vida.
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