Chega o fim do ano, e com ele a sensação de que tudo passou rápido demais — ou devagar demais, dependendo de como foi sua jornada. É o momento em que olhamos para trás e enxergamos uma mistura de conquistas, tropeços e aquele tanto de coisa que prometemos fazer, mas ficou pelo caminho. E aquele outro tanto que não prometemos, mas as condições nos impuseram fazer.
Não foi fácil: teve gente que nos decepcionou, gente que se decepciou conosco, teve dias que pareciam intermináveis, e momentos em que o cansaço parecia maior do que a nossa vontade de seguir em frente. Teve semana que passou num piscar de olhos. Segunda-feira que chegou sem que a gente tenha descansado. Mas, de algum jeito, estamos aqui, inteiros (ou remendados), mas aqui.
No meio de toda a correria, certamente aprendemos algumas coisas. Aprendemos que nem sempre a vida vai nos entregar o que queremos, mas que ainda assim temos a força para buscar o que precisamos. Que não importa quantas vezes nos sentimos pequenos, frágeis, sozinhos ou perdidos, sempre há uma faísca que nos faz recomeçar. Talvez tenha sido um sorriso inesperado, um abraço silencioso, um olhar ou até uma palavra dita na hora certa. Entre as agruras, descobrimos que mesmo os dias difíceis deixam marcas que, mais tarde, se tornam histórias de superação.
E agora, enquanto o calendário se prepara para finalizar, não se trata apenas de esperar que o próximo ano seja melhor. Trata-se de reconhecer o tanto que já fizemos, o tanto que resistimos. De nos permitirmos acreditar, mais uma vez, que o que vem pela frente pode não ser novo, mas, visto com uma certa distância, menos dolorido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário