As férias sempre trazem aquela sensação de liberdade, de respirar fundo e sair da rotina, mas também carregam a sombra do retorno. Com o dia 18 de janeiro se aproximando, sinto que não estou pronto para voltar para Cascavel, Paraná. Não que tudo seja perfeito onde estou, mas em Cascavel sei exatamente o que não vou encontrar. A ideia de retornar à rotina, enfrentar o trabalho acumulado e revisitar as demandas diárias é um peso que diminui o brilho desses últimos dias de descanso.
Aqui, no Rio, a relação é de carinho e afeto. É o lugar onde construí memórias importantes e onde meus amigos estão, oferecendo uma rede de apoio que faz a vida parecer mais leve. Mais do que isso, é a distância das obrigações que torna esses momentos ainda mais preciosos. A tranquilidade de não estar enrolado com trabalho, de não ter prazos pressionando ou decisões para tomar, cria um estado que desejo prolongar. O Rio, com toda a sua imperfeição, representa esse intervalo, essa pausa tão necessária.
Se pudesse, prolongaria essas férias por mais alguns dias, apenas para saborear um pouco mais essa liberdade. É o desejo de adiar o inevitável, de me permitir viver sem o peso das responsabilidades, nem que seja por um curto tempo. Mas sei que o retorno se aproxima e, com ele, a oportunidade de encarar a rotina com um olhar renovado, mesmo que ainda não me sinta totalmente preparado para isso. Afinal, talvez parte de estar de férias seja também aprender a valorizar o descanso enquanto ele acontece e carregá-lo como um alívio na bagagem ao voltar para a realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário