domingo, 1 de março de 2009

444 (texto)

Hoje, Primeiro de Março, aniversário de São Sebastião do Rio de Janeiro, estou morrendo de saudades, vontade de estar na Lapa e almoçar no Nova Capela (ou no Bar do Gomes), estar na companhia de Vanise e depois andar por Santa Teresa para um cafezinho (e encontrar a Bebeth e o Pedro). Final da tarde um cineminha em Botafogo com Nanci, mas antes uma passadinha na Praia de Ipanema, na Barraca da Lúcia e do Cláudio. De repente, por ali, encontrar Lulu e Elis e na saída o Juscelino e rir sem parar com as histórias deles todos. A Cidade nem anda assim tão maravilhosa, mas tem seu charme (ela sobreviveu a tantos maus governantes, ao lixo que é jogado pelas janelas dos carros etc.). Basta admirar o Aterro do Flamengo de cima da passarela enfrente ao MAM para saber porque o Rio de Janeiro encanta. Sem falar da Curva de Copacabana voltando do Arpoador ou ainda da vista do Cristo Redentor. Sobre o Botafogo Praia Shopping ver a Baía de Botafogo e seus barquinhos, o Pão-de-Açúcar e os carros que cruzam noite e dia as avenidas largas do bairro. São 444 anos da cidade.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

A beleza não é matemática, é química (texto)

(Deu no Globo.com) "Cirurgias desastrosas transformam famosos em monstros" e a partir daí alguns Antes-e-depois nos são mostrados como prova da transformação monstruosa, no entanto, me pareceu, o fato dos famosos serem vistos como monstros pelo ponto com é quase uma sentença sem saída da monstruosidade. Ou melhor, é como se não tivéssemos saída e devêssemos, então, vê-los feios, horrorosos, abomináveis etc.
Não é assim, ninguém se vê da forma como é visto, e mais, beleza não deve mesmo ter forma, padrão, encaixe. Quem disse que o fato de não se parecer com Brad Pitt ou Angelina Jolie (últimos exemplos de beleza masculina e feminina em quase todas as mídias) significa se ver feio? Significa ser feio? Quem disse que depois dos 50 não se tem mais saída? Beleza é mais do que ter vinte anos, muito mais do que corpos sarados e plásticos (não que não seja bonito, para alguns), vai além dos padrões pré-estabelecidos nas novelas globais das 20h/21h, dos telejornais, dos anúncios veiculados em quase todos os canais (abertos ou não). Ela não se explica e muito menos se aplica numa fórmula fechada, a beleza não é matemática, é química.

Ronaldo, Ronaldinho, Ronaldão (texto)

Que coisa chata essa imprensa o tempo todo ocupada com Ronaldo. É sempre a mesma história, se ele está transando com isso ou aquilo e/ou se já se separou da mulher, se pegou outro traveco, se não compareceu à concentração porque estava com garotas de programa, ou se estava com garotas de programa e por isso não compareceu à concentração. Parece que não tem nada mais para ser dito, vai ver não tem mesmo, e vai ver também que RoRoRonaldinho faz com que a gente abra o jornal, tecle na notícia, para diante daquela revista, fique imóvel ajeitando os ouvidos para a TV e rádio. Não aguento mais saber se o joelho direito ou se a ponta dupla dos seus cachos (e se ele tem a cabeça raspada?) estão em intenso tratamento, imagine saber a vida sexual do jogador de futebol: viramos, todos nós por extensão, vigias da genitália alheia. Cuidar da própria vida sexual já é uma complicação, já pensou se agora antes de mais nada preciso saber a quantas andam as trepadas do Fenômeno?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Entre o México e os EUA (texto)

Hoje, sem querer, através da Globo.com, vi algumas fotografias da mexicana radicada nos Estados Unidos Maria Teresa Fernández que vem documentando, nos últimos 17 anos, a vida na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Fazia tempo que eu não me sentia tão tocado diante de fotografias. Elas estão disponibilizadas no endereço abaixo. Todas elas mostram algum tipo de muro que separa os dois países e a forma como mexicanos dos dois lados dessa cerca se relacionam. São fotos tão impactantes e sensíveis que fiquei um pouco sem palavras ao vê-las. São retratados, dos dois lados, familiares que se (re)encontram. Maria Teresa descreve da seguinte maneira as suas fotografias: "A cerca muda o tempo todo. Cresce, se deteriora, é reconstruída, aumentada, retirada. Com minhas fotos, tento mostrar este organismo vivo e como ele afeta aqueles cuja realidade gira ao seu redor."
Vale à pena ver esse trabalho.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090220_galeria_cercamexico_ba.shtml

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Depois dos 40 (texto)

Depois dos 40 fiquei mais impaciente em relação a alguns comportamentos, principalmente, àqueles que me reportam à adolencência. Sendo mais claro: faz algum tempo e talvez isso se deva aos meus relacionamentos (em todos os níveis, ou seja, não tenho amigos que se comportam como crianças porque não são crianças) não passo mais pela delicada situação de ter que me explicar porque alguém disse que eu disse alguma coisa. Não tem nada que me aborreça mais do que disse-me-disse, e mais, não tem nada que me irrite mais do que alguém atribuir a outra pessoa àquilo que gostaria de dizer e não tem coragem ou não é homem (adulto) suficiente para isso. Acho deprimente, acho sujo, acho que quem se comporta dessa maneira merece o desprezo.
Sempre acho que a idade não importa muito, mas tenho acumulado decepções.
Não diga que não disse alguma coisa que tenha falado e nem que eu tenha dito algo que realmente eu não tenha dito porque vc estará correndo um grande risco de não mais falar nada para mim.

Força Estranha (música)


"E a coisa mais certa de todas as coisas não vale um caminho sob o sol."
(Força estranha - Caetano)

Rain Man (texto)

Quanto tempo não chove em sua rua, bairro, cidade, estado, país, continente? Se mais de 3 dias, me contrate, sou o homem-chuva. Por onde eu passo cai toda a água do céu. Não sei se fiquei devendo alguma coisa à Iemanjá, a Oxum, a Obá, a Logunedé, a São Pedro, à Inaê, à Janaína, mas sei que faço chover. Estive em três estados e em quatro cidades nesses dois últimos meses e bingo: choveu por onde passei. No Rio de Janeiro, chuva; em Santa Catarina - Florianópolis - chuva; em Curitiba (tb não seria novidade), chuva e agora de volta a Cascavel mais chuva. Por favor...

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...