sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de Setembro (texto)

Eu sequer imaginava que aquelas imagens reproduzidas de forma incansável por mais de 100 vezes ao dia iriam produzir tantas histórias.
Histórias tb contadas à exaustão: livros, revistas, vídeos, imagens que se multiplicaram dia e noite sobre verdades diferentes e incontestáveis.
Acidentes postos em xeque, religiões terroristas, homens bombas, armamentos atômicos, culturas exóticas, mulheres reprimidas, miséria humana, vítimas, algozes. Tudo filtrado pela lente norte-americana.
Nunca se viu e ouviu tanto sobre a fragilidadea aérea dos EUA, nunca se falou tanto sobre um presidente motivado por esse acontecimento e os desdobramentos, quase sempre, estabanados produzidos por sua equipe.
Documentários puseram o 11 de setembro em dúvida. Redes de TV foram em buscas das armas de Sadan. Ele foi enforcado. As armas não apareceram. Soldados morreram. Bombas explodiram. Mais mortes só que com menos impácto. Guerra ao vivo e em tempo real. Um show de cobertura. A mídia enfim tinha a oportunidade de expor os seus limites.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Projeto Escola sem Homofobia (texto)

O Projeto “Escola sem Homofobia”, financiado pelo Ministério da Educação e impulsionado pela Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, por meio de recursos aprovados pela Emenda Parlamentar da Comissão de Legislação Participativa, é uma ação colaborativa de organizações da sociedade civil (ABGLT, Pathfinder do Brasil, Reprolatina, ECOS e GALE ), contando com a orientação técnica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação.
A finalidade do projeto é a de implementar ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro.

Recentemente, o projeto finalizou a implementação de cinco encontros regionais em Curitiba, São Paulo, Belém, Brasília e Salvador, que congregaram
representantes do movimento LGBT brasileiro; organizações da sociedade civil; centros acadêmicos de pesquisa; Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, Educação, Justiça e Direitos Humanos; Programas Estaduais e Municipais de HIV/Aids; Grupos Gestores Estaduais, Municipais e dinamizadores regionais do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas; Ministério Público; Câmaras Municipais e Estaduais; Senado; Programa Nacional de HIV/Aids; SECAD; e a imprensa escrita e falada.
Atualmente o projeto está iniciando a implementação de uma pesquisa sobre a homofobia no ambiente escolar em onze capitais brasileiras e a produção e distribuição de materiais educacionais abordando o tema da homofobia.

O projeto está também desenvolvendo uma série de materiais educacionais que farão parte de um “kit” que será distribuído inicialmente para 6.000 escolas dos níveis fundamental e médio do sistema de ensino público brasileiro.

Depoimentos:

“A homofobia está em todas as áreas, parte do professor, do aluno, da família e é reflexo do estereótipo criado na sociedade. Não vai ser fácil. Mas estamos lançando a semente para que nenhum jovem deixe de ir à escola por conta de sua orientação sexual”.
Carlos Laudari, diretor da Pathfinder do Brasil, instituição que gerencia o Projeto “Escola sem Homofobia”.

“A discriminação e o preconceito estão dentro e fora das escolas. Não culpamos o professor, pois a homofobia está na sociedade. Temos de dar instrumentos para que ele saiba lidar com essa questão. E o projeto será um importante instrumento na busca de subsídios para a implementação de políticas públicas”.
Danielly Queirós, técnica da SECAD/MEC.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Na dor com um pouco de humor (texto)

Hoje a minha mãe acordou um pouco melhor: falou algumas palavras, brincou comigo, e disse, à tarde, que não tomava mais soro nem amarrada. Todos nós rimos muito, inclusive ela. Bom ter senso de humor mesmo nas horas mais difíceis, né mesmo? Nos deu uma felicidade enorme vê-la desse jeito.

Estar livre (texto)

Ontem uma amiga, uma grande amiga (os grandes amigos estão por perto nesta hora, ou através de orações, ou através das inúmeras ligações que ando recebendo, isso faz bem.) me disse que eu deveria encarar toda essa situação com a maior serenidade possível. Disse-me que a minha mãe não é apenas o que eu vejo ali deitada numa cama sem andar, falando muito pouco, não se alimentando, mas que ela é muito mais do que eu posso e consigo ver. Disse-me tb que eu preciso pedir tranquilidade para poder ajudar...é o que ando fazendo...
Hoje, bem cedo, assim que acordei, fiquei ao lado dela e ela me disse, bem baixinho, que quer ficar livre.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Jô (texto)

Maringá é uma cidade do Norte Velho do Paraná e fica a, mais ou menos, 300 quilômetros da cidade onde moro, Cascavel. Lá se encontra a Universidade Estadual de Maringá, naturalmente. E nela há muitos professores. Dentre eles tenho, pelo menos, quatro amigos que por lá lecionam. Não vou me arriscar a citar os departamentos porque não os sei de cabeça: acho que em história, geografia e alguma área biológica.

Não os vejo com frequência. Pra ser sincero, não os vejo nunca e os contatos são sempre via e-mail, Orkut, blog. Ainda que eu não os encontre, nem fale, eles estão, vira e meche, nos meus pensamentos porque são pessoas especiais.

Na semana passada pensei muito numa dessas amigas, a Jô. Um evento está se aproximando e, como nos conhecemos numa edição em Maringá, pensei que nos encontraríamos nessa nova edição que acontecerá em Londrina.

Pensamento vai, pensamento fica. Ontem à noite recebo, depois de um ano sem contato, como um ressurgir das cinzas, um e-mail dessa amiga. Fiquei tão feliz com ele. Primeiro, porque soube que ela, apesar de tudo, continua acreditando na nossa amizade e depois porque, tb apesar de tudo, continua acreditando na vida.

Ela é especial pra mim ainda que eu nunca tenha dito isso, por muitos motivos: pela forma como me recebeu, pela educação, sensibilidade para compreender o que se passa no meu coração e, provavelmente, nos corações dos outros tb. Sorte a minha tê-la outra vez por perto.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O que não é meu (texto)

Não é um recado, mesmo! Todos nós podemos apenas até uma parte das coisas. Mais, impossível! Cada um sabe o que deve e pode fazer e mais, cada um sabe aonde a mão alcança. Mas o que não podemos perder de vista é a nossa responsabilidade. Fazemos escolhas e elas produzem consequências. Sair do lugar de vítima e encarar essa história toda. Dizer que não se fica desapontado, mentira (crio expectativas), mas o do outro não é meu e ele que resolva as suas questões.

domingo, 6 de setembro de 2009

Xale vermelho (texto)

Tudo tem a sua história, né? Os objetos têm as suas. O xale vermelho não fazia parte dos meus planos hoje, mas assim que o vi na vitrine de uma loja pensei que talvez ele pudesse produzir um pouco de alegria. Comprei. Despois da compra fiquei pensando em sua história: quem o teria feito, quando e onde? E, o mais importante, ser vermelho e seus sentidos: não sei se a cor vermelha significa mais do que paixão, mas neste momento ela precisa significar vida. Estar apaixonado é se sentir vivo: minha paixão neste momento é poder fazer alguém um pouquinho que seja mais feliz. O xale vermelho vai cheio de fé nessa possibilidade de felicidade.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...