quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Saudade

Tem uma saudade dentro de mim que não passa nunca.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tatoo (texto + foto)

A tatuagem ficou quase pronta. Depois de uma sessão de dor intensa (das 10h30 às 15h20 mais ou menos) ela começou a dar o ar da graça. Eu gostei do resultado, mas tão cedo não vou me esquecer da dor que senti. Todo mundo diz (somente as mulheres) que homem é mole demais, não aguenta nenhuma dorzinha sem reclamar. Eu aguentei firme e forte, positivo e operante (mentira, reclamei bastante, mas não vou colocar aqui as fotos com cara feia).
Ficou faltando um arrremate nas linhas, além disso só depois da cicatrização vai dar para ver o resultado (mas tudo isso apenas em julho). Valeu Caco!!!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Primeiro usa o Haiti, depois U.S.A. for Haiti

É claro que não me refiro aos artistas envolvidos com a questão haitina (a regravação de We Are The World - USA for África como forma de ajudar a reconstrução do país). Toda a ajuda sempre é bem-vinda, indamais depois da tragédia do dia 12 de janeiro (um sismo de intensidade 7 que destruiu parte do país), mas não posso esquecer a forma como o governo dos E.U.A. se comportou em relação ao presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide, ex-padre católico, ligado à teologia da libertação.
Ele foi presidente do Haiti em três períodos: em 1991, de 1994 a 1996 e novamente de 2001 a 2004. Foi afastado, primeiramente, por um golpe militar (setembro de 1991) e novamente em 2004, numa situação até hoje mal explicada. Foi retirado do país por militares norte-americanos em um momento em que era iminente um confronto entre integrantes de um levante armado (composto por ex-militares haitianos e tontons macoutes e apoiadores de então presidente na capital Porto Príncipe).
Depois dessa segunda deposição, Aristide refugiou-se na África do Sul. De lá, afirmou que ainda era o legítimo presidente do Haiti, pois não havia renunciado, e que forças dos Estados Unidos o tinham sequestrado para tirá-lo do poder.
Ele foi eleito democraticamente presidente do país depois (não no sentido temporal, ou seja, imediatamente) de dois ditadores, François Duvalier, mais conhecido como Papa Doc (eleito presidente em 1957, onde instaurou um governo terrorista promovido pelos tontons macoutes, que significa Bichos-papões, em português, que pertenciam à sua guarda pessoal; e também na exploração do Vodu). Ao morrer (1971) foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, responsáveis, em grande parte, pela miséria que assola até hoje o povo haitiano.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"10 estratégias de manipulação das elites", por Noam Chomsky (texto)

No didático artigo abaixo, Chomsky lista as "10 estratégias de manipulação" das elites

Chomsky e as estratégias de manipulação
O linguista estadunidense Noam Chomsky, que se define politicamente como "companheiro de viagem" da tradição anarquista, é considerado um dos maiores intelectuais da atualidade. Entre outros estudos, ele elaborou excelentes livros e textos sobre o papel dos meios de comunicação no sistema capitalista. É dele a clássica frase de que "a propaganda representa para a democracia aquilo que o cassetete significa para o estado totalitário". No didático artigo abaixo, Chomsky lista as "10 estratégias de manipulação" das elites. Vale a penar ler e reler:
1- A estratégica da distração.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".

2- Criar problemas, depois oferecer soluções.
Este método também é chamado "problema-reação-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A estratégia da degradação.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em "degradado", sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.

4- A estratégica do deferido.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que?
"Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".

6- Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.

7- Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".

8- Promover ao público a ser complacente na mediocridade.
Promover ao público a achar "cool" pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9- Reforçar a revolta pela culpabilidade.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!

10- Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

ver: Altamiro Borges

domingo, 31 de janeiro de 2010

Parada estratégica (texto)


Últimos dias de férias. Uma pequena parada em Curitiba, uma volta estratégia ao Rio e finalmente em Cascavel na quarta-feira. Se estou com saudades do trabalho? Não! Mas, sinto saudades de estar na minha casa. Não consigo mais sentir que moro no Rio (e não moro mesmo). Por outro lado, sei que sinto falta das salas de cinema, da quantidade de gente familiar pelas ruas, dos encontros inesperados com os amigos, da sensação de pertencimento, quero dizer, de, apesar de não me sentir mais de cidade, não me sentir tb de fora.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ENEM 2009 (Pérolas)

O Aissa (amigo da universidade recebeu, repassou e eu não sou de quebrar correntes). Ainda que as pérolas não sejam do "É NEM", vale à pena ler e refletir.

O tema da redação do Enem 2009 foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão:

 
1) "O problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta." (percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)

2) "A amazônia é explorada de forma piedosa." (boa)

3) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta." (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

4) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (e na velocidade 5!)

5) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)

 
6) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (pleonasmo é a lei)

 
7) "Espero que o desmatamento seja instinto." (selvagem)

 
8) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (o verdadeiro milagre da vida)

9) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta." (também fiquei emocionado com essa)

 
10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)

 
11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas." (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)

12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna." (amém)

13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)

 
14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)

 
15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)

16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

 
17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (o quê?)

18) "Paremos e reflitemos." (beleza)

19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo nessas horas?)

20) "Retirada claudestina de árvores." (caráulio)

21) "Temos que criar leis legais contra isso." (bacana)

 
22) "A camada de ozonel." (Chris O'Zonnell?)

23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor." (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)

24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas sem coração." (para fabricar o papel que ele fica escrevendo asneiras)

25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável." (campeão da categoria "maior enchedor de linguiça")

26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!)

27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio da matemática)

28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes." (red bull neles - dizem as árvores)

29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório" (ótima)

 
30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando." (subindo!)

31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (deve ser a globalização)

 
32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem." (gzus)

 
33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)

34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia." (oh god)

35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)

Coisas que irritam alguém com Tronstorno Compulsivo Obsessivo (TOC)

1. Tapete molhado (no banheiro).
2. Gotas de água sobre a bancada do banheiro.
3. Espelho do banheiro (ou qualquer espelho) embaçado ou molhado.
4. Tapete do banheiro fora do lugar.
5. Qualquer coisa fora do lugar.
6. Pia com louça.
7. Pia sem louça.
8. Pia.
9. Eletrodoméstico que não funciona.
10. Qualquer coisa embaixo da cama.
11. Qualquer coisa embaixo de qualquer coisa.
12. Qualquer coisa sobre o armário do quarto.
13. Roupas penduradas em diversas direções dentro do guarda-roupa.
14. Cabides coloridos.
15. Qualquer coisa assimétrica.
16. CD´s misturados.
17. Qualquer coisa misturada.
18. Comida misturada.
19. Poeira.
20. Geladeira organizada fora da ordem alfabética (acreditem!!!).
21. Roupas espalhadas pela casa.
22.  Fios.
23- Tapete fora do lugar. (Sugestão da Fátima)
24- Quadro torto na parede.
25-  Bolinhas na roupa de quem quer que seja.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...