quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Luz e mistério (texto)

Os amigos de fé, esses que passam por aqui vezinquando, peço um pouquinho do seu tempo. Uma oração para um amigo, Júnior, que passa por momentos difíceis de saúde. Amanhã à tarde ela fará uma cirurgia para a retirada de um tumor na cabeça, descoberto recentemente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Gota de Sangue (Angela Rô Rô)

Não tire da minha mão esse copo
Não pense em mim quando eu calo de dor
Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor
Não se perturbe nem fique à vontade
Tira do corpo essa roupa e maldade
Venha de manso ouvir o que eu tenho a contar
Não é muito nem pouco eu diria
Não é pra rir mas nem sério seria
É só uma gota de sangue em forma verbal
Deixa eu sentir muito além do ciúme
Deixa eu beber teu perfume
Embriagar a razão, porque não volto atrás?
Quero você mais e mais que um dia
Não tire da minha boca esse beijo
Nunca confunda carinho e desejo
Beba comigo a gota de sangue final
 
Fazia tempo que não escutava essa música. Muito mesmo. Ela foi lançada no disco Mel de Maria Bethania  em 1979. A letra e a música se casam perfeitamente (se é que há casamentos perfeitos). A composição é da es-pe-ta-cu-lar Angela Rô Rô.
Dia desses, no Canal Brasil, assisti ao programa O Som do Vinil apresentado pelo Titã Charles Gavin que estava entrevistando a Ângela, um show de bom humor, além é claro de falar do seu primeiro disco tb de 1979.

domingo, 19 de setembro de 2010

Da séria Contos Mínimos

A conversa começou sem nenhuma pretensão. Perceberam, num minuto, tanto em comum. O mundo era apenas os dois. Mas (sempre há um mas) suas almas buscavam sempre além e não tinham, naquele momento, tempo para o outro.

Pensamento do dia

As pessoas deviam saber apenas o que a gente conta.

sábado, 18 de setembro de 2010

Um posta de carne com dois olhos (texto)

Minha avó dizia que as pessoas eram "uma posta de carne com dois olhos" quando queria destacar o lado inútil de alguém. O alvo predileto dela era o meu avô. Eu me lembro muito bem, durante toda a minha infância e adolescência, dela repetindo diversas vezes que ele era essa tal posta de carne com dois olhos.
Eu não entendia muito bem o que isso significava, sabia, pelo tom da conversa, que só podia ser um xingamento. Além do climão que ficava sempre.
Lembro-me, ou lembro da minha mãe contar, que certa vez meu avô chegou em casa com uma galinha morta para o almoço e a minha avó não comia  galinha de jeito nenhum. Aquilo foi um deus nos acuda. Quando ela descobriu o que ele trazia para o almoço, imediatamente jogou a carne nele e repetiu diversas vezes a sua frase favorita: Este homem é uma posta de carne com dois olhos! Oh homem inútil.
Em casa vivíamos, minha mãe e eu, relembrando e rindo dessas situações.

Revista Veja Indispensável Para o Neoliberalismo (texto)

O título tomo emprestado do livro de uma amiga (Carla Luciana Silva), mas as observações me veem a partir das últimas e novas notícias publicadas pela revista às vésperas das eleições de 2010.
É impressionante como a Revista Veja nesses últimos dias, mês, tem descoberto problemas relacionados ao governo federal. Tantas denúncias envolvendo ministros, parlamentares, políticos próximos ou filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Parece mesmo que a revista anda empenhada em relação às denúncias e à limpeza desse cenário (sujo) político brasileiro. Um empenho que me emociona até. Fiquei aqui pensando que Veja é mesmo indispensável para esse país que queremos. Democrática, verdadeira e neutra. E, sobretudo, independente no que tange às análises efetivadas em suas páginas.
Pra mim, suas páginas não sevem nem para rabiola. Não estou, no entanto, blindando o governo federal, mas a minha surpresa é essa enxurrada de denúncias às vésperas das eleições mais importantes para o país.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Poema Divertido Para o Dia da Avó

Chega de tanta injustiça
de castigo e confusão!
Vou pra casa da vovó,
não tem outra solução!

Estou mesmo decidido
e pra sempre eu me mudo.
Aqui eu não posso nada
e por lá eu posso tudo!

Posso comer chocolate,
posso até me empanturrar.
Posso comer sobremesa
té antes do jantar.

Mesmo que eu faça bagunça,
vovó não briga comigo.
Se eu beliscar o irmãozinho,
vovó não me põe de castigo!

Vou fazer a minha mala,
meu carrinho eu vou levar.
Vou levar o meu cachorro
e o meu jogo de armar.

Vou levar meu travesseiro,
levo também meu pião,
pego os meus livros de história
e o meu time de botão.

Levo as coisas que eu gosto,
pra ter tudo sempre a mão:
levo também o papai,
a mamãe e o meu irmão!

(Ana Canéo)

Só um poema para a minha avó.

Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...