Ela devia ter aproximadamente 3 anos. Eu conhecia apenas a sua voz que invadia o meu quarto nos finais de semana. Brincava quase todo o tempo. Cantava, contava histórias. Teimava com a mãe que lhe ameaça bater. Pedia doces, quebrava seus brinquedos. Corria. Sua vida era (para mim) uma diversão.
ossǝʌɐ op: É UM ESPAÇO PARA EU ESCREVER SOBRE O QUE GOSTO E NÃO-GOSTO: FILMES, DISCOS, LIVROS, FOTOGRAFIAS, TV, OUTROS BLOGUES, PESSOAS, ASSUNTOS VARIADOS. NENHUM COMPROMISSO QUE NÃO SEJA O PRAZER. FIQUEM À VONTADE PARA CONCORDAR OU DISCORDAR (SEMPRE COM RESPEITO E COM ASSINATURA), SUGERIR OU OPINAR. A CASA É MINHA, MAS O ESPAÇO É PARA TODOS.
domingo, 30 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Todo trabalhado no embromation (texto)
Estar em Cascavel tem tb as suas desvantagens (quais são as vantagens mesmo? devem estar no post anterior). A maior delas é não ter o que fazer sem o trabalho. Digo, sem aquele trabalho que cumpre horas na universidade e que durante o expediente sempre aparecem muitas coisas por fazer (sobretudo se vc tem como chefes o João, a Cida e a Sanimar. Gente, não é muito cacique pra pouco índio?).
Acabei de ler a dissertação de uma aluna. Fiz meu plano de ensino. Preparei as primeiras aulas e ainda me resta muito tempo pela frente. Não dá pra fazer mais sem conhecer os alunos que estão chegando.
Fui ao cinema ver O turista por falta de opção, mesmo. Não fiquei afim de pagar pra ver. O filme não é bom, ainda que Angelina Jolie esteja (mesmo magérrima) linda e apareça quase sempre numa superprodução, ainda que o filme se passe numa Veneza impecável...
Almocei com uma amiga durante esses dias. Rimos bastante, mas acabo ficando sozinho a maior parte do tempo inventando o inventável. Pena que não exista ainda um teletransporte, daqueles que vc entra (sem uma mosca, é claro) e ressurja num lugar qualquer por alguns dias ou horas. Isso seria uma mão na roda, ainda que mão na roda não combine muito com teletransportes.
Eu iria encontrar a Aline, na Escócia, para um almoço. Depois o João em Londres para o jantar ou um pub. Na sequência dormiria em NY e encontraria o Pedro. E tomaria o caminha da roça.
Tá vendo a vida bem mais fácil. Fico indignado com essa tecnologia de ipad, iphone. Besteiras que não servem pra quase nada.
Esse texto tb não serve para quase nada, mas é o que tenho pra hoje. Fico me perguntando, como é que se consegue escrever tanto sobre coisa alguma? Tô todo trabalhado na enrolação no Embromation.
Obs.: mas tenho certeza de que não sou o único.
Obs.: mas tenho certeza de que não sou o único.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Estou de volta (texto)
Ainda tenho alguns dias de férias, elas acabam dia 03, mas já voltei pra casa (TRIP - viagem nota 10!). Hoje acordei às 11h, sem culpa, sem compromisso, sem ter o que fazer além de colocar em ordem a vida que ficou parada aqui em Cascavel (ah, e ler a dissertação da Ju).
É claro que estar no Rio sempre é bom: cinema, samba, praia, amigos, paqueras, Lapa, Circo Voador, Preta Gil , TV Bar (não nessa ordem, é claro). Por outro lado, aquele calor insuportável da Cidade Maravilhosa e eu num ventilador assassino. Sem falar no Juscelino que é silencioso como um filhote de labrador (rs).
Aqui, Seu Jorge não para de cantar. Vai ver meus vizinhos querem minha cabeça, mas não consigo parar de ouvir Burguesinha.
Ah, Nanci, te amo muito! Como é bom estar por aí. Na próxima quero vir como vc, só que homem, é claro; Vanise, se comporte! Vera, é na esquina da Santa Lusia que vc trabalha (eu apontando para a papelaria)?
domingo, 23 de janeiro de 2011
Da Série Contos Mínimos
Vagou durante dias de biquini pelas ruas do centro da cidade: Avenida Mén de Sá, Largo da Carioca, Praça da República, Central do Brasil.
Percebia-se, a primeira vista, que era uma jovem senhora de fina o trato, nos seus 50 anos, pelas intervenções no corpo: silicone, plásticas, botox, peeling. Um corpo balzaquiano. No entanto, notava-se também que havia muita confusão mental. Supúnhamos, diante de todo esse quadro, que se tratava de uma velha senhora num corpo que há muito não mais lhe pertencia.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Da Série Contos Mínimos
A motivação tinha sido uma frase lida no dia anteior. Nem mesmo a urgência de sanidade foi suficiente para mantê-lo centrado. Porcos voando em rasante sobre sua cabeça. Moscas irônicas puxavam conversa. A avó morta preparava o café. Ele acreditava em um possível equilíbrio.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Da Série Contos Mínimos
Seus mortos chegaram para uma visita: avós, mãe e tios. Nada lhe disseram. Apenas observavam diante de uma grande mesa. Ele sabia (porque sabia) do pouco tempo que restava.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Da Série Contos Mínimos
Apenas uma das duas cadeiras era ocupada na antiga varanda da casa. Tudo ou quase tudo era recordação: o relógio marcava sempre a mesma hora, o calendário a mesma data (poderia ser diferente?), no entanto, o mais evidente era a impressão do tempo vazando.
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