sábado, 29 de junho de 2024

É preciso estar atento

Se você insiste em uma situação que está perdida, você perde a oportunidade de começar algo que pode ser diferente. Uma coisa é saber o que você tem e como isso funciona, outra coisa é o novo que não necessariamente vai ser melhor, mas que certamente será diferente.

Tenho pensando muito nisso. As oportunidades estão em muitos lugares e precisam ser, pelo menos, vistas. A questão é que para vê-las, a gente precisa estar aberto e atento às oportunidades. O nosso olhar (e coração) nem sempre vê o que ali está (se) passando justamente porque está linkado ao que está perdido.

Não é fácil. Nada é fácil. Arriscar-se também não é.


terça-feira, 18 de junho de 2024

Da Série: Contos Mínimos

Ele ia contar para si que o dia não tinha sido dos melhores: ficou preso a um fato desagradável. Porém, percebeu o tanto de coisas outras que encheram os olhos de alegria.


domingo, 12 de maio de 2024

Porque a gente acredita, mesmo não acreditando muito, que vc está me protegendo


Faz quinze anos que vc nos deixou! Eu já era um homem. Vivia há um longo tempo longe de vc. Tive a sorte de conviver contigo por 44 anos. Um presente. Uma sorte Tê-la como mãe. Éramos bons amigos. Falávamos sempre por telefone: eu arrumava um motivo qualquer para ligar: - Mãe, como eu tempero peixe? - Mãe, e feijão? E vc respondia: - Garoto, já lhe expliquei mil vezes isso. Acho que vc tem algum problema.

Não sinto mais aquela tristeza ao pensar em vc. Sinto saudades. Tenho sonhado contigo nesses dias, mas não lembro do sonho além de saber da sua presença nele.

Não sei se acredito que vamos nos encontrar um dia: eu quero acreditar que sim. Queria ter sido um filho melhor. Sei que a senhora não se envergonharia do que sou hoje: levo comigo os seus princípios de respeitar todas as pessoas. Sou um cara honesto. Vivo a minha vida sem me preocupar com a de ninguém: se não posso ajudar, não atrapalho. Aprendi isso vendo. Mais importante do que qualquer teoria.

Nunca me senti tão sozinho quando vc se foi. Fiquei pensando: agora não tem mais ninguém. Pra quem vou ligar se estiver triste? Com quem vou compartilhar as minhas alegrias? A gente aprende a viver sem a mãe porque lá no fundo a gente ainda acredita que ela está nos protegendo, torcendo, nos guiando.

Feliz dias das mães, D. Heloisa.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Uma aposta que se perde!

A gente aprende a lidar com a ausência quando só há ausência. Se a presença é escassa, se não há reciprocidade, se é preciso implorar a companhia, se a relação é pautada na mentira, se o outro sabe dividir apenas as vantagens, se vc não é prioridade. E aí vc se dá conta de que havia apenas interesses outros e vc não estava incluído. Em geral está na cara! A gente vai protelando. Finge que não vê. Finge que não ouve. Abre mão do que considera importante para manter o pouco que o outro lhe oferece. Até concorda com algumas regras mesmo não querendo. Por fim se dá conta de que ali não existia absolutamente nada.

Fim de relacionamento nunca é fácil. É uma frustração! É uma aposta que se perde. 



sábado, 20 de abril de 2024

Da séria: Contos mínimos

A conversa era narcísica. Ele me dizia o que eu queria ouvir porque amava ser amado. Havia um time de futebol apaixonado por ele e havia gozo nisso. Entre nós havia o rio Estige, uma autoimagem imagem adorável, um mergulho. Um fim.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Embora

Indo embora depois de um mês no Rio de Janeiro. Foi bom estar por aqui: encontrei amigos, descansei,  me diverti um pouco. Vivi dias absurdamente quentes: temperaturas nunca experimentadas por mim em qualquer outra época. Um dia, em especial, achei que minha cabeça ia torrar. 

Caminhei muito. Tentei manter uma regularidade de andanças pela cidade. Andar pela cidade é uma atividade que merece mais do que essa frase acima: vez em quando, na caminhada, a gente se depara com uma galeria, uma loja, um banco que vai refrescando a nossa passagem. Saímos de um calos de 200º para uma tempetura agradável por uns poucos passos.

Além disso, é muito divertido andar pela cidade. Entre uma esquina e outra, entre trabalhadores, entre um automóvel e o VLT, entre um táxi e um carro comum, entre uma bicicleta e um transeunte, a gente encontrar uma mercadoria, um doce, um mate gelado, um sorvete Itália para consumir.

O Rio está bem mais tranquilo do que imaginei, do que vi pela TV um mês antes de viajar. Arrastão em Copacabana, assaltos pelo Centro da Cidade etc. Andei por aqui sem medo.

Bem, amanhã estarei em casa.

TRUMP: gestos nazistas, postura excludente, supremacistas, discurso de ódio contra as minorias etc etc etc.

A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro de 2017, foi marcada por declarações controversas que mostram u...