Chegando lá, a cidade oferecia o que se esperava: lojas repletas de vinhos a preços interessantes, o que ao menos justificou um pouco o esforço para cruzar a fronteira. A escolha foi certeira, e conseguimos levar bons rótulos, o que, de certa forma, compensava a parte burocrática da viagem.
A fome bateu, e foi aí que veio o verdadeiro golpe: os preços dos restaurantes estavam simplesmente absurdos. Um bife de chorizo custando 120 reais, sem qualquer acompanhamento, parecia mais uma pegadinha do que uma experiência gastronômica. O absurdo do valor tirava até o prazer da refeição. A carne estava muito boa, é verdade, mas por esse valor almoçaríamos no Brasil com mais qualidade.
Se a entrada no país foi lenta, a saída foi ainda pior. Duas horas para sair de lá, debaixo do mesmo calor insuportável, sem qualquer estrutura para tornar o processo mais suportável. O cansaço, a demora e a sensação de ter pagado um preço ridículo por um prato de carne deixaram um gosto amargo na viagem. Sem falar na grosseria da funionária argentina com um amigo que estava dirigindo.
No final, o saldo foi claro: bons vinhos, mas um desgaste que fez a experiência parecer muito mais trabalho do que prazer. Tirei definitivamente Puerto Iguazú da lista de viagens. Não valeu à pena tanta espera, mesmo diante dos bons vinhos...