terça-feira, 28 de setembro de 2010

Por dois motivos (texto)

Então, estou aqui agora por, pelo menos, dois motivos: primeiro para agradecer as preces feitas para o meu amigo. Ele fez a cirurgia na quinta-feira, retirou uma parte do tumor. Está bem, ainda no hospital, aguardando o resultado da biópsia para os próximos passos do tratamento.
Depois para falar sobre a I Mostra de Filmes sobre a Diversidade Sexual em Cascavel que começou na segunda dia 27 e vai até o dia 02 de outubro. Hoje pude participar da discussão em torno do filme Orações para Bobby conduzido brilhantemente por uma amiga,  Ester, professora do curso de filosofia.
A participação do público tb foi interessante. Tô feliz por isso, estou feliz pelo meu amigo. Estou feliz porque estou feliz.
Um grande abraço e muitos beijos.

sábado, 25 de setembro de 2010

A FOME DE MARINA (por José Ribamar Bessa Freire*)

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.
Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.
Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.
Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.
De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.
A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!”.
Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?
O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.
Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.
Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.
Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.
Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.
Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta”.
Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”.
Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem… e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?
Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”.
O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil…
Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.
Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.
(*) Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ)e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)


José Wagner do Nascimento*
Graduado em Pedagogia e
pós-graduando em Educação e Teologia

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Luz e mistério (texto)

Os amigos de fé, esses que passam por aqui vezinquando, peço um pouquinho do seu tempo. Uma oração para um amigo, Júnior, que passa por momentos difíceis de saúde. Amanhã à tarde ela fará uma cirurgia para a retirada de um tumor na cabeça, descoberto recentemente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Gota de Sangue (Angela Rô Rô)

Não tire da minha mão esse copo
Não pense em mim quando eu calo de dor
Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor
Não se perturbe nem fique à vontade
Tira do corpo essa roupa e maldade
Venha de manso ouvir o que eu tenho a contar
Não é muito nem pouco eu diria
Não é pra rir mas nem sério seria
É só uma gota de sangue em forma verbal
Deixa eu sentir muito além do ciúme
Deixa eu beber teu perfume
Embriagar a razão, porque não volto atrás?
Quero você mais e mais que um dia
Não tire da minha boca esse beijo
Nunca confunda carinho e desejo
Beba comigo a gota de sangue final
 
Fazia tempo que não escutava essa música. Muito mesmo. Ela foi lançada no disco Mel de Maria Bethania  em 1979. A letra e a música se casam perfeitamente (se é que há casamentos perfeitos). A composição é da es-pe-ta-cu-lar Angela Rô Rô.
Dia desses, no Canal Brasil, assisti ao programa O Som do Vinil apresentado pelo Titã Charles Gavin que estava entrevistando a Ângela, um show de bom humor, além é claro de falar do seu primeiro disco tb de 1979.

domingo, 19 de setembro de 2010

Da séria Contos Mínimos

A conversa começou sem nenhuma pretensão. Perceberam, num minuto, tanto em comum. O mundo era apenas os dois. Mas (sempre há um mas) suas almas buscavam sempre além e não tinham, naquele momento, tempo para o outro.

Pensamento do dia

As pessoas deviam saber apenas o que a gente conta.

sábado, 18 de setembro de 2010

Um posta de carne com dois olhos (texto)

Minha avó dizia que as pessoas eram "uma posta de carne com dois olhos" quando queria destacar o lado inútil de alguém. O alvo predileto dela era o meu avô. Eu me lembro muito bem, durante toda a minha infância e adolescência, dela repetindo diversas vezes que ele era essa tal posta de carne com dois olhos.
Eu não entendia muito bem o que isso significava, sabia, pelo tom da conversa, que só podia ser um xingamento. Além do climão que ficava sempre.
Lembro-me, ou lembro da minha mãe contar, que certa vez meu avô chegou em casa com uma galinha morta para o almoço e a minha avó não comia  galinha de jeito nenhum. Aquilo foi um deus nos acuda. Quando ela descobriu o que ele trazia para o almoço, imediatamente jogou a carne nele e repetiu diversas vezes a sua frase favorita: Este homem é uma posta de carne com dois olhos! Oh homem inútil.
Em casa vivíamos, minha mãe e eu, relembrando e rindo dessas situações.

Revista Veja Indispensável Para o Neoliberalismo (texto)

O título tomo emprestado do livro de uma amiga (Carla Luciana Silva), mas as observações me veem a partir das últimas e novas notícias publicadas pela revista às vésperas das eleições de 2010.
É impressionante como a Revista Veja nesses últimos dias, mês, tem descoberto problemas relacionados ao governo federal. Tantas denúncias envolvendo ministros, parlamentares, políticos próximos ou filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Parece mesmo que a revista anda empenhada em relação às denúncias e à limpeza desse cenário (sujo) político brasileiro. Um empenho que me emociona até. Fiquei aqui pensando que Veja é mesmo indispensável para esse país que queremos. Democrática, verdadeira e neutra. E, sobretudo, independente no que tange às análises efetivadas em suas páginas.
Pra mim, suas páginas não sevem nem para rabiola. Não estou, no entanto, blindando o governo federal, mas a minha surpresa é essa enxurrada de denúncias às vésperas das eleições mais importantes para o país.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Poema Divertido Para o Dia da Avó

Chega de tanta injustiça
de castigo e confusão!
Vou pra casa da vovó,
não tem outra solução!

Estou mesmo decidido
e pra sempre eu me mudo.
Aqui eu não posso nada
e por lá eu posso tudo!

Posso comer chocolate,
posso até me empanturrar.
Posso comer sobremesa
té antes do jantar.

Mesmo que eu faça bagunça,
vovó não briga comigo.
Se eu beliscar o irmãozinho,
vovó não me põe de castigo!

Vou fazer a minha mala,
meu carrinho eu vou levar.
Vou levar o meu cachorro
e o meu jogo de armar.

Vou levar meu travesseiro,
levo também meu pião,
pego os meus livros de história
e o meu time de botão.

Levo as coisas que eu gosto,
pra ter tudo sempre a mão:
levo também o papai,
a mamãe e o meu irmão!

(Ana Canéo)

Só um poema para a minha avó.

FORPRÓ (texto)

Acabei de chegar de Foz do Iguaçu. Participei do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa (FORPRO) das Universidades Públicas do Sul do Brasil. Os três estados estavam bem representados, além dos pró-reitores de pesquisa das universidades estaduais, federais dos três Estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), os representantes dos órgãos de fomentos estaduais e dos órgãos de avaliação dos cursos de pós-graduação (CAPES).
Muito se discutiu sobre as assimetrias entre os estados brasileiros em termos de curso de pós-graduação strito senso, distribuição de bolsas, qualidade dos cursos oferecidos, formação dos professores, contribuição dos cursos de pós-graduação para com a sociedade etc. etc. etc.
Acho que a maior contribuição desse Fórum foi a percepção de que é necessário investir no ensino fundamental e médio se quisermos bons alunos nos próximos anos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Casado ou solterio, mas convicto (texto)

Tenho 45 anos e carrego comigo a pecha de ser solteiro. Claro que para homens e mulheres  a solterice tem peso diferenciado (porque vivemos numa sociedade que produz valores distintos aos homens e as mulheres), mas ser solteiro, de qualquer forma, me parece que produz, socialmente, certa solidão, melancolia, insatisfação, equívoco, engano, estranheza, quando não, desajuste, mau alinhamento, bizarrice etc.
Já fui casado, ou melhor, já morei junto, mas a medida em que o tempo foi passando penso que ficou mais complicado dividir o mesmo espaço.
Além disso, o que não é pouco, não acredito mesmo nessa forma de relacionar-se. Não acredito em casamentos, acho que me faltam referências. Acho mais, que não é a melhor maneira de estar com o outro porque acaba-se dividindo demais (sobretudo, problemas).
Sem falar que liberdade e casamento (na maneira como entendo liberdade, é claro) não podem conviver harmoniosamente no mesmo espaço (a Fátima vai se arrepiar!). Odeio dar satisfação da minha vida e, pior, me sentir vigiado. Odeio ter que dizer a que horas vou voltar ou que vou fazer, por diversos motivos, o maior deles é que nunca sei o que vou fazer quando vou fazer alguma coisa. Ou dar explicações sem que elas sejam realmente necessárias.
Não estou, portanto, falando mal do namoro, adoro namorar (ando meio esquecido dessa prática, é bem verdade), estou, por outro lado, apostando aqui algumas fichas no não-casamento ou no namoro que vira casamento ou se comporta como tal (no sentido de aprisionamento).
Gosto do meu espaço e preciso dele para me sentir bem. Isso quer dizer que tenho a necessidade de estar sozinho, dormir sozinho, ouvir música sozinho, trabalhar sozinho, ler sozinho e é muito complicado fazer com que isso seja entendido, compreendido. Normalmente dizem por aí que respeitar o espaço do outro é fundamental, mas NUNCA tive uma experiência parecida.
Acho mesmo que morar em casas separadas e se encontrar vezinquando (ou mesmo com certa frequência) é a melhor opção. Viva o namoro! Viva o casamento pra quem acha que ele satisfaz!

domingo, 12 de setembro de 2010

Nosso lar (filme)

Não sou um cara espiritualizado, não tenho religião, minha fé não move sequer um montinho de poeira. Tenho muitas preocupações, mas nenhuma delas tangencia o crescimento espiritual.
Rezo pela minha mãe. Rezo por alguns amigos (e para os nem tão amigos tb). Peço sempre para ser uma pessoa melhor, para aprender mais, ouvir mais, mas esses pedidos não são a materialização de uma crença, são, eu acho, maneiras de refletir um pouco sobre a minha vida (e a falta de compreensão em relação a ela).
Ainda que eu peça (sem saber direito a quem), sei que a resposabilidade de quaisquer mudanças é minha. E sei tb que é muito difícil entender, mudar, se desprender de sentimentos pequenos.
Hoje ao assistir ao filme Nosso Lar, baseado na obra psicografada por Chico Xavier (por certa influência do post da Cris), confesso que me senti muito vazio (muito pequeno). Senti a minha vida vazia de conhecimentos espirituais. Senti-me demasiadamente humano, no sentido primitivo.
É claro, não óbvio, que não ser espiritualizado ou não ter conhecimentos espirituais não me faz ser indiferente às pessoas, aos seus sofrimentos, dores, pesares.
O filme é reconfortante quando nos mostra que essa vida terrena é mesmo para aprendermos: a ser mais humanos (agora, no sentido de sermos compreensivos, bondosos e humanitários), a acreditar que a vida por aqui é passageira, a esperar tempos melhores em termos de sabedoria espiritual.
Vale à pena assisti-lo.
Saí melhor do que entrei no cinema, pelo menos acredito que sim.

Parem de falar mal da rotina (texto)

Esses últimos dias têm sido chatos! De volta a Cascavel, voltei tb para uma rotina bastante pesada por conta do trabalho. Tudo bem que fui, por motivos de ordem pessoal, acumulando trabalho e agora num gargalo com saída única, sem volta, preciso me colocar em dia.
Para isso tenho que fazer por dia leituras para o dia seguinte e é claro que isso não é produtivo. Não tem dado sequer para reler textos com os quais preciso um pouco mais de intimidade.
Hoje enrolei o máximo que pude (e ainda estou já que m'encontro aqui postando no blog), mas estou no limite. Preciso apenas de um café para enfiar a cara na leitura.
Prometi a mim que não trabalharia mais nos fins de semana. Tudo furado! Ou faço isso ou passo vergonha no trabalho. Diante dessa (im)possibilidade, melhor ler.
Boa semana para todos.

sábado, 11 de setembro de 2010

Meu Plano (Lenine / Dudu Falcão)

Meu plano era deixar você pensar o que quiser
Meu plano era deixar você pensar
Meu plano era deixar você falar o que quiser
Meu plano era deixar você falar

Coisas sem sentido, sem motivo, sem querer
Andei fazendo planos pra você

Engano seu achar que fosse brincadeira
Engano seu
Aconteceu de ser assim dessa maneira
O plano é meu

Mesmo sem sentido, sem motivo, sem qurer
Andei fazendo planos pra você

Pra você eu faço tudo e um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao lado
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você

Meu plano era deixa você fugir quando quiser
Meu plano era esperar você voltar
Engano meu achar que o plano é passageiro
Engano meu

Acho que o destino antes de nos conhecer
Fez um plano pra juntar eu e você

Pra você eu faço tudo e um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao largo
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você


Ando sem planos. Fiquei hoje pensando que não ando pensando muito no futuro, fazendo planos, pensando em novas possibilidades, novos lugares. Que vidinha sem graça essa que se vai levando sem traçar alguns caminhos. Ando deixando muita a vida me levar (vida leva eu!), mas isso não é e nunca foi a minha maneira de viver.
Esse comodismo tem me incomodado. Preciso, urgentemente, pensar no que quero para o próximo mês, pelo menos. Do contrário o tempo, que não para nunca, nos engole e aí quando a conta vem, vem alta.
Aprendi com algum custo, é verdade, que a vida é minha e sou responsável por ela.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Para um dia de tédio

O que fazer quando você está entediado?
1. Apanhe algumas moscas.
2. Coloque-as, durante uma hora, ao sol para secarem.
3. Quando as moscas estiverem secas, pegue um lápis e papel ... Deixe sua imaginação fluir .
Aqui estão alguns exemplos.. .

Related Posts with thumbnails for bloggerblogger widgets


domingo, 5 de setembro de 2010

Da Série Contos Mínimos

Quase um ano depois ele sentia como se fosse logo ali aquela perda. Além disso, pensava em como os sentimentos se descongelam. Uma imensa dor agora uma enorme saudade.
Sabia que chegaria a sua vez, mas que, diferentemente, a saudade seria outra.
Lia para se ocupar. Escrevia por motivos muito próximos disso. Os dias eram costurados, em princípio sem muita ordem, para fazerem algum sentido depois.

O dia continua lindo em Curitiba (texto)

O dia continua lindo em Curitiba, mas a temperatura caiu bastante (18 graus). Estamos aqui preparando uma moqueca de peixe para um possível almoço. Nesse ritmo iremos jantar.
Eu não estou ajudando, na verdade estou atrapalhando, porque de cinco em cinco minutos digo que estou com fome. Nada que eu diga produz comida. Somente irritação. Melhor ficar quieto. Não, melhor insistir, sei que se ganha, às vezes, pela insistência.
Fora a fome, muito bom estar por aqui com os amigos. Sempre muito riso.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

I Mostra de Cinema da Diversidade Sexual em Cascavel

CAMPANHA PELA VIDA: CADA UM CUIDA DA SUA!


    

Oração para não ficar Rabugento !
Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia.
Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.  Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros. 

Ensina-me a pensar nos outros e a ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando com modéstia a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.

Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos quando não há intromissão na vida deles.

Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá asas à minha imaginação para voar diretamente ao ponto que interessa.

 Não me permita falar mal de alguém.
Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças ...
Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada ano que passa. 

Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir muito.
Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência.

Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado(a) em algumas ocasiões. 
Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.
Mas, sobretudo, Senhor, nesta oração de envelhecimento, peço: mantenha-me o mais amável possível.

Livrai-me de ser santo(a). É difícil conviver com santos !

Mas um(a) velho(a) rabugento(a), Senhor, é obra prima do mal! Poupe-me, por misericórdia.

E proteja-me contra os mal intencionados ...

Assim seja !
Amém !!!



Solidão na velhice...

A solidão na velhice é uma experiência profundamente marcada pela complexidade da existência humana. Com o passar dos anos, os vínculos soci...