Um adolescente teimoso insiste em correr todas as tardes ao redor do Maracanã, ainda que os seus pais lhe digam que não é muito seguro aquela localização. Não tendo mais o que fazer por conta de toda insistência do filho, os pais resolvem o problema retirando o Estádio de onde está e o transferindo para o quintal de casa.
É mais ou menos isso o que aconteceu em uma escola estadual, Colégio Estadual Vicente Rijo, no interior do Paraná, em Londrina, para não enfrentar o problema da intolerância sexual, na escola, o diretor resolve criar um banheiro para o público LGBT. Bem mais fácil do que educar, né não?
O assunto dividiu
opiniões nesta quarta-feira (8), primeiro dia de aula. O colégio
destinou um banheiro que era pouco usado e outro, que até então, era
exclusivo dos professores, para os alunos LGBTs.
A medida, segundo o diretor Donizetti Brandino, foi adotada porque alunos reclamaram de constrangimento no sanitário masculino e foi aprovada pelo Conselho Escolar.
A medida, segundo o diretor Donizetti Brandino, foi adotada porque alunos reclamaram de constrangimento no sanitário masculino e foi aprovada pelo Conselho Escolar.
Um estudante de 17 anos que não quis se identificar afirmou que aprova a
medida. “Meninos ficam olhando com cara feia”, afirmou o jovem. Ele
contou que em 2011 uma inspetora do colégio o flagrou dentro do banheiro
feminino e o encaminhou para a direção do colégio. O rapaz disse também
que foi pedido para que ele usasse o banheiro dos professores para
evitar constrangimentos para as meninas.
Na avaliação dos professores e da direção da escola, a medida não é
discriminatória e não visa isolar os homossexuais, mesmo assim, afirmam
que não pretendem estimular que mais alunos utilizem os banheiros já
denominados de alternativos. “O nosso objetivo é a educação. É
conscientizar para que essas realidades possam ser trabalhadas de forma
que todos tenham direitos”, declarou o diretor Donizetti Brandino.
A opinião, entretanto, não é compartilhada por Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AGLBT). Segundo ele, ainda que tenha sido para beneficiar os homossexuais, a atitude representa uma solução simplista que não se aprofunda na questão do respeito.
A opinião, entretanto, não é compartilhada por Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AGLBT). Segundo ele, ainda que tenha sido para beneficiar os homossexuais, a atitude representa uma solução simplista que não se aprofunda na questão do respeito.
Não podemos fazer essa segregação"
Toni Reis, presidente AGLBT
“Nós queremos uma escola inclusiva que respeita a diversidade na
biblioteca, na sala de aula e banheiros”, disse o presidente da AGLBT
que também é doutor em educação. Toni Reis afirmou ainda que é preciso
sensibilizar a comunidade escolar e capacitar os profissionais para que
haja o entendimento de respeito a individualidade. “Não podemos fazer
essa segregação”.
Flávio Arns, secretário estadual de Educação, disse desconhecer a existência banheiros alternativos para homossexuais nas escolas e vê com cautela a medida. “Consideramos completamente desnecessário. Não é importante, não é necessário. Nós temos, sim, criar na escola um clima de respeito à diversidade”, disse o secretário.
Flávio Arns, secretário estadual de Educação, disse desconhecer a existência banheiros alternativos para homossexuais nas escolas e vê com cautela a medida. “Consideramos completamente desnecessário. Não é importante, não é necessário. Nós temos, sim, criar na escola um clima de respeito à diversidade”, disse o secretário.
Ainda nesta quarta-feira, a AGLBT vai encaminhar um ofício para a
Secretaria Estadual de Educação solicitando uma intervenção na escola
londrinense. A ideia, de acordo com Reis, é suspender a medida e evitar
que ela seja replicada em outras unidades de ensino. Caso o pedido não
seja atendido, a Associação pretende recorrer ao Ministério Público
(MP).
acredito que isso só aumenta o preconceito por que o que parece é que um homossexual não pode conviver no mesmo ambiente de um heterossexual, se a homoafetividade fosse vista como algo normal não se teria tais constrangimentos
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